Tudo em vão:
O orgulho, a tempestade,
O pescoço esticado,
A voz de trovão!
Depois que a chuva caiu,
A terra bebeu as gotas
Que sumiram no solo...
A métrica desmedida,
A palavra torcida,
O asco, a presunção,
-Tudo foi em vão!
No colo de Deus
Sentar-se-hão todos,
Bons e maus poetas,
Os ricos, os pobres,
Os puros e os pecadores,
Os ateus, os ascetas,
Os que morrem de rir
E os que morrem entre dores.
-Eu morro de rir!
Já vi, tantas vezes, a montanha ruir,
Já vi rios caudalosos,
Ter caladas as suas pororocas
Virando lama nas margens
Onde dormem os caranguejos!
Já vi, entre as docas,
Cobertos de andrajos,
Bebendo da mesma garrafa
Os corvos e os espantalhos!
E eu,
Morro de rir...
E hei de rir de novo,
Ao nos reencontrarmos
No meio do povo
Que habita a Geena,
Na mesma cena!
Lindo o encontro, sentidos e sentimentos desse seu escrito
ResponderExcluirParabéns escrevinhadora escritora professora poeta
Asas e palavras para nós, sendo consideradas, remuneradas ou não, mas sempre com alma e coração
Vamos todos passar pelo mesmo funil, onde o inchaço se dilui, diante da porta estreita e os excessos serão arrancados a duras penas.
ResponderExcluirObrigada Ana, abraços carinhosos
Maria Teresa
Que lindo, amei ler como sempre, seus belos versos que nos dão asas às reflexões e eu amo refletir sobre tudo!
ResponderExcluirAmiga, estou de volta de minhas férias e com energias renovadas vejo tudo ainda melhor, com mais clareza e leveza!
Abraços e obrigada sempre pelo carinho por lá, no meu cantinho!