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terça-feira, 3 de março de 2015

Viver a Vida Plenamente




Sou adepta do silêncio e dos pequenos grupos de pessoas. Gosto de escutar música, caminhar, brincar com cachorros, ler e escrever. Minha personalidade é mais para introvertida. Gosto de viajar, mas não faço questão de estar sempre viajando, pois adoro a minha casa, o meu cantinho. Amo estar no meu jardim, ou em lugares próximos à natureza, gosto de cuidar da casa, e quando tiro fotografias, prefiro retratar paisagens. Resumindo: ser assim, é considerado ser chato pela a maioria das pessoas, mas eu não me importo.

Hoje se fala muito em viver a vida plenamente; e isto seria: sair muito, ir para a balada todo final de semana, comparecer a e dar muitas festas, viajar pelo menos duas vezes ao ano, ter centenas e centenas de amigos em redes sociais e postar dezenas de fotos com amigos posando de braços abertos, dando gargalhadas,  e tirar muitos "selfies" sorridentes.

Acho muito válido para quem realmente aprecia tais coisas. Se a gente está fazendo aquilo que gosta, está vivendo plenamente. Mas acho necessário parar e pensar se fazemos as coisas que fazemos porque nós queremos de verdade, ou porque é o que os outros esperam que façamos. 

Quem vive plenamente faz o que gosta e não se importa com o que os outros pensem, mesmo que seja considerado um chato ou careta. E quem acaba colocando aquela foto sorridente, de braços abertos, muitas vezes está com medo de que os outros pensem que ele (a) é infeliz ou não vive plenamente. Para mim, o pior tipo de escravidão é quando uma pessoa precisa ser como os outros acham que ela deve ser. Já passei por isso, e é terrível acordar todos os dias pensando em passar uma boa impressão, ou, ao comprar roupas, pensar se tal e tal pessoa aprovarão a nossa escolha. Ter sempre cuidado antes de dizer alguma coisa, pensando se aquilo seria o 'adequado', ou seja, o que os outros desejam ouvir. Sentir-se arrasado diante de uma opinião negativa ou maldosa a nosso respeito. É terrível! Chega-se a um ponto em que nós nos procuramos e não nos encontramos mais, sufocados que estamos sob conceitos, regras e opiniões alheias. E medo, muito medo.

As pessoas tendem a achar que, se os outros não agem como elas, estão errados. Dentro de sua redoma de orgulho, não enxergam que cada um é feliz à sua maneira, e contribui como pode e como sabe para a sociedade, e que nem todas as pessoas tem a mesma forma de agir ou de colaborar que elas. É comum ouvir frases como: "Fulano é um fracassado," pois não tem muitos amigos, ou então "Sicrano tem um emprego medíocre," pois não trabalha doze horas por dia em uma multinacional ganhando um salário exorbitante. Tudo isso são apenas rótulos. Rótulos de papel e cola, que não resistem à primeira chuva: desbotam e derretem, deixando exposta a verdadeira superfície e o conteúdo da garrafa. 

Uma etiqueta famosa em uma camiseta não torna mais inteligente aquele que a usa; um símbolo famoso em um smartphone não garante sucesso e reconhecimento reais. Aquilo que cada um é está abaixo da superfície e descansa intocado sob rótulos, etiquetas famosas e fotos sorridentes.A maquiagem social é apenas uma máscara criada pelo desespero.




6 comentários:

  1. Nossa forma de pensar é muito parecida, por isso apreciei muito este seu post.
    Beijos.

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  2. Muito legal e concordo contigo. Eu posso viver intensamente de chinelo de dedo e dentro de casa,sem a mínima frescura,rs bjs, chica

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  3. Amei ler aqui, concordo contigo, sou meio parecida, adoro minha casa, minha vida, só faço o que gosto independente de tudo ou de todos, não gosto nem de festas, acho que as pessoas nem sempre se divertem levemente.
    Amo viajar, mas aonde gosto, praias, campos, natureza me deixa leve e feliz da vida!
    Gosto de ser feliz ao meu jeito, bem assim como dizes aqui nesse texto que me deu a oportunidade de te conhecer um pouquinho mais, que bom!
    Abraços linda amiga, tenhas uma linda noite!

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  4. Oi Ana
    Eu sempre amo de verdade os seus textos, e dessa vez não foi diferente! Não sei porque, mas sempre tive a impressão que vc era realmente introvertida, agora que vc "confessou" isso, só confirmou minhas suspeitas kkkk. Eu sou o tipo de pessoa que dou risada até da minha desgraça, não tem jeito eu sou assim, mas não ignoro quem é o contrário, até admiro, meu marido e meu filho mais velho são assim. Quanto aos rótulos, concordo em número, gênero e grau contigo. Penso que vivemos numa sociedade imediatista e consumista, onde o "ter" é mais importante que "ser", por isso textos como o seu são muito importantes, para pararmos, pois até quem pensa diferente da maioria como eu, quando vê, já está "dançando conforme a música", e não podemos nos acostumarmos com o errado, não, os valores estão invertidos e vc mostrou isso magistralmente. Maravilha de texto. Adorei.
    Bjos.

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  5. Para viver a plenitude da vida, nada mais temos de fazer, do que ser iguais a nós próprios. Temos de convir, por muito que se esmere, ninguém conseguirá agradar a todo o mundo. Então porque não estar em sintonia, ao menos connosco?
    Abraço

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  6. Oi Ana, acredito que viver a vida plenamente, seja viver dentro dos seus princípios e jamais maltratar o seu irmão. Vida plena é cheia de graça, cheia de Deus, não é agradar aos outros, mas estar em sintonia com a natureza, a natureza que Deus nos permite viver. Você, mesmo sem o saber, faz seu papel muito bem, você oferece aos "próximos", preciosidades de seu coração, atiça nosso ego, nos faz repensar a vida. Cada qual com sua missão, que deve ser respeitada, agradeço muito por partilhar seus questionamentos, abraços carinhosos
    Maria Teresa

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