Conceda-me um corte
Da tua seda
Para que eu teça
Um longo vestido
Para minha alma.
Prenderei as partes
Com lindos botões,
Pequenos feitiços
De madrepérola nacarada.
Pedirei às fadas
Que bordem teu nome,
Pedirei a Baco
Que sirva-me o vinho
Da tua sede.
Dá-me uma medida
De fita dourada
Tirada das beiras
Da tua vida
E cetim branco,
Para minhas anáguas...
Pedirei à Yara,
Rainha das águas,
Que molhe o vestido,
Que o deixe ajustado,
Colado em meu corpo.
E mais um pedido
Eu hei de fazer
Soprando-o no vento
À Nossa Senhora
Das Graças:
Que poupe o vestido
Tecido das sedas
Que tu me cedeste
Dos dentes ruidosos
Das famintas traças.
Lindíssimo, nossa, parece conto de fadas, adorei!
ResponderExcluirO blogue também está lindo, como tudo por aqui amiga Ana!
Abraços bem apertados!
Ana, você se superou!
ResponderExcluirLindíssimo poema, parabéns! Abraço, lu.
Olá Ana
ResponderExcluirLinda e suave.
Bjux
Oi Ana
ResponderExcluirComo sempre um poema sensível e tocante, como tudo que vc escreve. Adorei!
Bjos.
muito sensível e terno...
ResponderExcluir:)
Lindo Ana, vestir a alma de seda é pureza imaculada, amei, abraços carinhosos
ResponderExcluirMaria Teresa