Passou a vida preparando mil perguntas,
E viu que não havia respostas.
Elaborou mil teorias sobre tudo,
Mas todas eram tortas!
Quis dissecar a borboleta do viver,
Que escapou entre seus dedos...
Tentou passar pela existência sem sofrer,
Mas a dor não deixou!
Compreendeu que só valeu pelo que amou,
Que quem pecou nem precisava de perdão...
E as orações que tanto fez, quem escutou?
O mesmo anjo que assistiu quem não amou!
Não houve nunca aquela porta que fechou,
Nem se feriu a alma que se rebaixou,
E a verdade era tão simples, tão comum,
Que dissolveu-se nas palavras que falou!
Nunca venceu, nunca perdeu, não houve lutas,
Nem as disputas que assim imaginou,
Sob uma capa de silêncio pereceram
Todo o orgulho e a humildade que almejou!
Passou a vida preparando sua defesa
E acusações contra o que achava ser "O Mal"
Mas ao sentar-se cara a cara com a verdade,
Compreendeu que não havia um tribunal!
Ah, vida, ah, vida, ah, vida!
Ruínas do bem e do mal!
Nem sempre justa, nem sempre longa,
Mas sempre vida!...
Oi Ana
ResponderExcluirPassamos muitas vezes tentado justificar, criando desculpas, nos armando para algo que nem sempre vai acontecer.
bjokas =)
Ana Bailune
ResponderExcluirO poema representa uma bem gizada, longa metragem da vida.
Sbraços
Linda reflexão e olhar sobre a vida como ela é! bjs, chica
ResponderExcluirA vida é feita para ser vivida e não adianta querer controlá-la.
ResponderExcluirBelo texto, Ana!
Beijo
ResponderExcluirSe há uma verdade incontestável é a de que ninguém passa pela existência sem conhecer a dor.
Gostei muito da expressão "borboleta do viver".
Grande poema, Ana!
Beijo.