witch lady

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segunda-feira, 16 de maio de 2022

ECLIPSE





Entre as folhas, ao erguer dos olhos,

A surpresa entre o risonho girar dos planetas

Que parecem estar sempre parados.

Deito confortavelmente a cabeça na cerca,

Desprendo-me do peso do corpo cansado

Enquanto sonho.


Leve, esta é a palavra,

O meu adjetivo atemporal nesse momento

Que me transporta para bem além do tempo

A um templo onde eu era, antes de ser.

Dissolvo-me morta no pó das estrelas,

Empresto meu sangue ao sonho da lua

Que nele mergulha, e me bebe inteira.





ECLIPSE


O céu ontem estava incrível. Para quem não soube, houve um eclipse total com lua de sangue. Infelizmente, não tenho uma câmera superpoderosa para registrar momentos assim, então a foto acima foi o que consegui para poder registrar aquele momento.

Tem havido muitos eventos no céu em 2022: chuvas de meteoros, eclipses, super luas, luas de sangue. Acho que a bagunça aqui em baixo está tão grande, que já estamos começando a afetar o céu... será?


Para hoje temos previsão da chegada de uma frente fria que derrubará as temperaturas; dizem que teremos neve no sul, geadas em São Paulo e temperaturas baixíssimas na serra fluminense. Tenho sentido os pássaros daqui agitados. Espécies não nativas tem aparecido com frequência - e há algumas que nem consigo identificar. Ontem fotografei esse tucano no meu ipê. A definição está péssima, mas lá está ele.


Também tenho visto pássaros brancos e azuis escuros, grandalhões, parecidos com corvos ou gralhas. Elas gritam bastante e fazem um barulhão nas árvores. 

Enquanto escrevo este texto, uma saíra azul bate contra o vidro da minha janela, e uma borboleta entra na sala, parecendo assustada. Agora, olho para fora e tem um gavião enorme pousado na ponta do telhado do vizinho. 

Efeitos do eclipse?









 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

OS PREPERS NÃO ESTÃO PREPARADOS

 



Devido a uma lição de inglês que eu dei e que mencionava uma classe de pessoas que, basicamente, preparam-se para o fim do mundo – os Prepers – decidi pesquisar mais sobre o assunto. Encontrei vários canais desses sobrevivencialistas no YouTube, que ensinam desde a armazenar comida em garrafas pet a cavar buracos no mar a fim de esconder comida e armas. Existem instruções sobre como sobreviver a ataques nucleares abrigando-se em bunkers (existem bunkers de todos os tipos sendo vendidos nesse exato momento em que você lê meu texto, alguns deles muito luxuosos, que custam milhões de dólares), purificar água contaminada, armazenar medicamentos e produzir eletricidade. 

Seguramente, eu penso que essas pessoas não têm uma verdadeira dimensão do que significaria sobreviver a um ataque nuclear, em um mundo onde quase tudo – plantas, animais, seres humanos – estará morto durante o tempo que restasse de vida aos sobreviventes. Se eu soubesse que uma guerra nuclear de proporções mundiais estivesse a ponto de começar, eu escolheria o lugar mais vulnerável possível para que eu fosse uma das primeiras a morrer. Não quero saber de sobreviver a isso.

As pessoas nos vídeos mostram seus bunkers, geralmente localizados nos porões de suas casas,e as coisas que estão armazenadas por lá e que possibilitariam que talvez eles sobrevivessem, quem sabe, alguns meses após um ataque nuclear. Fazem isso sorrindo, pedindo ‘likes’ e compartilhamentos, agradecendo aos que contribuem financeiramente para que seus canais “possam continuar existindo e ajudando as pessoas a sobreviverem.”

Para onde foi o bom senso da humanidade?

Prefiro dar uma chance ao mundo e às demais criaturas; diante de um ataque nuclear de proporções mundiais causado pela espécie humana, espero que apenas animais e plantas sobrevivam; assim, quem sabe, exista uma chance para o nosso planeta. 

O mundo não precisa de nós. Nós não servimos para nada. Vivemos a nossa existência em meio a superficialidades, intrigas, divisões políticas, ideologias absurdas, competições, invejas, ‘likes’, fofocas, “(des)harmonizações faciais que fazem com que pessoas fiquem se parecendo com bonecos infláveis, e saímos daqui tão sem noção quanto ao entrarmos.

Como disse Anitta, A Sábia, “Se o mundo acabar, acaba a internet.” E pelo que vejo, para a maioria das pessoas, é só isso que importa.






quinta-feira, 5 de maio de 2022

FAXINA MODERNA

 



Finalmente decidi testar os serviços oferecidos por uma firma de limpeza de residências, que conseguiu meu contato não sei como e insistia em enviar-me e-mails e mensagens.

Antes, é claro, fiz uma busca pela internet e cheguei até o site e o Instagram da tal firma a fim de checar sua idoneidade. Tudo certo. Através do site, entrei no ‘chat’ a fim de saber como agendar e ter informações adicionais. A conversa foi mais ou menos assim:

- Bom dia, senhora Ana. Como podemos ajudá-la?

-Bom dia. Eu queria mais informações sobre que tipo de serviços vocês prestam e também sobre valores.

-Então... oferecemos limpeza residencial, e o valor vai depender do que a senhora gostaria que fosse feito. Mas a limpeza básica fica em torno de duzentos e cinquenta reais.

Achei o preço altíssimo, mas como ando precisando de ajuda, decidi contratar a firma.

-Bem... queria alguém que pudesse fazer as coisas que eu não tenho tempo de fazer, como limpar janelas e organizar armários e gavetas.

- Não podemos limpar janelas. A senhora terá que contratar um serviço especializado para fazer isso.

- E quanto aos armários e gavetas?

- Então... não estamos autorizados a abrir armários e gavetas.

-Não? Mas eu tenho uma cama queen size com gavetas e queria alguém para removê-las e limpar sob a cama. As gavetas são pesadas, e...

-Sinto muito. Não poderemos “estar removendo” as gavetas da cama. Como eu já expliquei, não abrimos armários e gavetas.

-Não limpam armários e gavetas e nem janelas?

-Não, senhora.

-Então... quero alguém que retire os tapetes e arraste os móveis para limpar atrás deles.

- Não arrastamos móveis pesados, senhora Ana. E a limpeza dos tapetes é feita com os mesmos no lugar, usando o aspirador de pó.

-Bem, e quanto ao material de limpeza?

-O mesmo é fornecido pelo cliente.

-Ok, deixe eu ver se entendi: vocês me pedem duzentos e cinquenta reais para não limparem minhas janelas, não arrumarem gavetas e armários, não removerem móveis pesados para limpar atrás, não removerem os tapetes para limpar em baixo e eu ainda tenho que fornecer o material de limpeza?

- Bem... hã... nós varremos, removemos o pó e aspiramos os tapetes; limpamos os banheiros com pano de limpeza...

-Não lavam os banheiros?

-Hã... não. Limpamos apenas. O serviço de lavagem dos banheiros seria cobrado à parte. 

- Ok, obrigada, mas para limpar por cima eu mesma faço. Não preciso pagar duzentos e cinquenta reais.

Eis o serviço de faxina moderno.

Dizem que nos Estados Unidos e Europa é assim. Eles nunca lavam banheiros ou limpam janelas. Cozinhas e banheiros sequer possuem ralos para escoamento de água. Nada de passar pano no piso ou tirar as coisas do lugar. 

Será que eu estou exigente demais? Será que não acompanhei a evolução e por isso não percebi que os padrões de limpeza mudaram?






terça-feira, 3 de maio de 2022

MEMÓRIAS



 O que ficou preso

Nas tramas do tempo

Jamais se foi,

Não se perdeu.

Descansa em silêncio 

Sob os cotovelos

No peitoril da janela,

Desce com a chuva

Pelas telhas,

Está entrelaçado 

Nas tramas da colcha,

Nos olha feliz

De dentro do quadro

Dependurado

Do passado.


Eu posso senti-lo,

Conversa comigo

No véu das lembranças,

As suas risadas

Ainda ecoando

Nos cantos da casa,

Seus passos marcados

Ainda impressos

Na minha calçada. 


Mas a vida segue

Longe e perto,

Dentro e fora,

Do lado escondido

Da minha memória, 

Em cada palavra

Da qual se compõe 

A minha,

A tua,

A nossa história. 






quarta-feira, 27 de abril de 2022

FATALIDADE






Todos os caminhos De todas as pessoas De todos os animais De todas as plantas Levam à morte. Cedo ou tarde, Ou na hora certa, Mas quase sempre Na hora errada. Choramos tanto Pelo que vai antes, E seguramos Por entre os dedos O que escapa, Como se ficar Fosse vantagem, Como se quem fica Fosse feliz. E vamos todos Por essa estrada Que ninguém sabe Onde vai dar. E vamos todos, E não há nada A se fazer, De nada adianta Tanto chorar.




segunda-feira, 25 de abril de 2022

ACEITEM-ME!


 

Foto minha, que amo, obtida na Ponte do Brooklin, N.Y, 2018


Antes eu achava que as pessoas tinham que me aceitar e aprovar a minha conduta. "Se não me aceitam," eu dizia, "que pelo menos me respeitem." Mas eu descobri uma coisa libertadora: ninguém tem a obrigação de me aceitar ou de me respeitar. E eu não preciso da aceitação ou do respeito de ninguém. Eu sou livre. Eles são livres.

Só existe um lugar no qual eu posso exigir o mínimo de respeito das pessoas, e esse lugar é a minha própria casa, o meu espaço sagrado. Aliás, a casa de cada pessoa é um espaço sagrado que todos devemos respeitar e pisar devagar, controlando o tom de voz e o entusiasmo exagerado - a não ser que o próprio dono da casa nos convide a fazer o contrário. E se eu pensar melhor, perceberei que na minha casa só entra quem eu quero; portanto, eu escolho convidar as pessoas que respeitam o meu espaço.

Fora isso, eu não preciso do respeito ou da aceitação de ninguém, porque quando impomos estas condições, acreditando que assim seremos mais livres, na verdade, nos escravizamos e escravizamos o outro. Assim como eu tenho o direito de ser como eu sou, o outro também tem. Problema dele se ele não concorda comigo; problema meu se eu não concordo com ele.

Ninguém nunca deve deixar de ser o que é, preocupado em ser ou não aceito pelos amigos/família/sociedade. Se eu estiver fazendo o que eu quero e sendo feliz sem agredir a ninguém, estarei fazendo o que é certo - azar o de quem não compreender isso. Pessoas entram e saem das nossas vidas pelos mais variados motivos, e eu deixo a minha porta de entrada sempre entreaberta, e a de saída, escancarada. E quando a gente é sincero conosco mesmos, quando somos felizes e expressamos aquilo que somos, sempre haverá quem nos ame e nos compreenda exatamente assim, e são estas pessoas as certas para mantermos em nossas vidas. 

O equilíbrio entre sermos aceitos e sermos felizes é muito frágil, pois estamos acostumados a pensar que se fizermos "a coisa certa" (aquilo que esperam de nós) seremos realmente felizes; mas esta felicidade é frágil, é de mentira. Seremos felizes quando formos livres do peso dos julgamentos alheios, que sempre existirão.




sexta-feira, 22 de abril de 2022

A Montanha





 Ela já era antes que eu fosse.

No corpo liso, traz carícias de chuva e limo,

Manchas de veludo verde e marrom.


Viro a cabeça e a vejo lá fora,

Altiva e imponente,

Senhora de pássaros, árvores, nuvens

E corredeiras.


Às vezes, o luar brinca de se esconder

Por trás do seu corpo volumoso,

E a água da chuva a faz resplandecer

Na paisagem noturna.


É possível amar uma montanha

Sem jamais tê-la tocado?

É possível visualizar as alturas

De passos que jamais foram dados?




quarta-feira, 20 de abril de 2022

SACRIFÍCIO




 


Entra em estado de sacrifício todo aquele que age ou pensa baseado no seguinte princípio: "O que vão pensar se eu...?"


 


Existem pessoas que passam tanto tempo preocupadas sobre o que os outros pensam ou pensarão a respeito delas, que acabam se sacrificando a fim de obterem uma opinião positiva de gente que não tem absolutamente nenhum peso real em suas vidas. Isso acontece, por exemplo, quando gastamos uma quantidade de dinheiro que não temos a fim de impressionar supostos amigos, ou então deixamos de dizer o que sentimos ou pensamos para não cair em críticas alheias. 


 


Acho que a maior de todas as liberdades, é viver de acordo com o que nos faz felizes, segundo as nossas posses, quer isto agrade aos outros ou não, sem nos importarmos com o que dirão ao nosso respeito. Se não estivermos prejudicando ou magoando outras pessoas, nada de mal estaremos fazendo ao escolhermos viver de acordo com aquilo que somos de verdade. Aquilo que dizem sobre nós seria dito de qualquer forma, então... que pelo menos falem mal de nós pelos motivos certos.





terça-feira, 19 de abril de 2022

TEMPO PARA LER E ESCREVER

 




TEMPO PARA LER


 


Quando eu era jovem, os livros eram poucos em nossa casa, e a maioria deles era emprestada ou comprada em sebos. Livros eram caros, e por isso, nós os líamos bem mais devagar e líamos várias vezes os mesmos livros. Assim, o conteúdo ficava muito mais solidificado em nossas mentes, e embora lêssemos poucos livros, nós  guardávamos o conteúdo na memória mais facilmente.


 


Hoje, temos os livros virtuais, que são bem mais em conta que os livros de papel. É fácil escolher um livro na Amazon, por exemplo, fazer o download e começar a ler imediatamente. Mas a facilidade também trouxe a quantidade, e são tantos livros para ler, que eu às vezes duvido se terei tempo de vida suficiente para todos. Além disso, a leitura é bem mais superficial. Assim, acabamos lendo-os quase sempre sem a reflexão necessária.


 


Com as redes sociais - Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin, etc... - as pessoas passam menos tempo lendo e já não teêm mais paciência para textos longos.


 


No final da semana passada apaguei minhas contas no Instagram. Fiz uma promessa a Deus ao passar por um período difícil, e se minha promessa fosse atendida, prometi apagar minhas redes sociais - com exceção do Recanto e dos blogs. E eu o fiz. 


 


E já terminei de ler um livro e comecei a ler outro. Tenho mais tempo para cuidar da casa, preparar mais material para minhas aulas (dou aulas de inglês pela internet) e ando mais calma e centrada. A concentração melhorou, durmo melhor e me sinto mais calma. A internet é uma invenção maravilhosa, mas com ela, existe muita negatividade no ar, que acabamos absorvendo. Muitas pessoas que nos (per)seguem estão apenas curiosas sobre nós ou sobre como vivemos, e lançam energias de inveja e negatividade sobre nós. 


 


Hoje eu tenho mais tempo para ler e escrever, e aos poucos, estou voltando aos blogs e ao Recanto, mas sem aquela sede de reconhecimento que eu costumava ter. Eu só quero escrever e ler o que me interessa, viver a vida de maneira mais suave e me dedicar mais ao que me traz retorno real - meu trabalho, meus cães e minha casa.


   

segunda-feira, 18 de abril de 2022

MINHA MONTANHA - Sempre a mesma. Nunca a mesma.
























 

PROMESSA



Eu prometi

Desaparecer,

Prometi embrenhar-me ainda mais

Nessa densa floresta dentro de mim

A fim de estender

Uma inevitável despedida.


Mas assim é a vida,

Eu prometi, e hei de cumprir,

Embora nenhuma lei há

Que vá me punir

Se eu quebrar a minha promessa,

Já que nada sou,

Nada represento,

Nada quero ser.


Eu prometi deixar meus dedos

Emaranhados nessas heras,

Subindo pelo muro desta casa,

Pés enraizados no gramado.


Prometi cortar as próprias asas

Para que possa voar bem mais alto

Ao abrir os olhos 

Em outras esferas.





EU TE IGNORO




Eu te ignoro, poema,

Nas noites escuras em que procuras,

Um coração que te faça existir.

Quero poder não te ouvir,

Me reservando o direito

De não te parir.


E quanto mais tu insistes

Nas tristes intromissões

Entre a noite e o meu sonho,

Eu me abstenho de ti,


Mas lá dentro

Guardo a esperança vã

De te encontrar pela manhã.





 


 

terça-feira, 8 de março de 2022

AH, ESSE CÉU IMENSO...






Final de tarde; as nuvens voltam para casa,

Viajando pelo céu bem devagar,

Vestidas de amarelo, branco, alaranjado,

A noite se fecha em volta delas,

Salpicando de estrelas os espaços nacarados.


E eu, da janela, as olho e penso:

-Ah, esse céu, sempre tão imenso,

Pairando em silêncio por cima de mim,

Pano de fundo do meu pensamento!


Tento descobrir meu próprio caminho

Vivendo a ilusão de que ele é meu,

Olhos perdidos nas nuvens que passam,

Sonhos estendidos por sobre a montanha

Sendo recolhidos nos braços

De Deus.





INTIMISTA



 




Falta-me doçura. Acho que meu açúcar, minha casquinha de cobertura doce, branca e suave, ficou presa em alguma cerca de arame farpado. Sobrou-me essa pele grossa, esse olhar crítico, essa necessidade de dizer o que penso sem muitos filtros e, às vezes, com alguns conflitos. Mas mesmo essa necessidade tem me faltado ultimamente.

Eu sou feliz, aqui no meu cantinho. Vejo poucas pessoas, visito pouco, recebo poucas visitas. Vivo entre as plantas do meu jardim, meu marido, meu trabalho, meus afazeres e cuidados com a casa e meus cães. Não tenho mais grandes sonhos - calma, não sou doce, mas estou bem longe de ser  amarga ou melancólica - porque compreendi que quando a vida sonha para mim, eu tenho muito mais sorte. Gosto de estar sob a minha pele, gosto de mim, da minha companhia, do meu jeito silencioso de ser. Multidões me desagradam e me entediam.

Geralmente, não gosto do que a maioria das pessoas gostam. Não sou nostálgica, não me preocupo com o futuro e nem tenho ansiedades sobre o presente. Meu único medo, que me acompanha desde sempre, é o de um dia passar fome. Creio que não deva existir nada pior do que não ter nada para comer. Algumas pessoas me disseram que isso pode vir de alguma vida passada. Será?

Nos dias de hoje, criei a minha própria moda, meu próprio estilo, uso apenas o que eu gosto. Doo muitas coisas também... vivo esvaziando gavetas, estantes de livros e armários... e depois, encho tudo de novo. Alguém me perguntou: "Por que você não vende?" E eu respondi: "Vender por que?"

Estou ficando velha. Não gosto dos eufemismos que as pessoas usam, "melhor idade, "terceira idade." Gosto de dar às coisas seus verdadeiros nomes. E nesse processo de envelhecer, que eu tanto temi no começo, estou me soltado e deixando de ser tão exigente quanto a mim mesma. Qualquer coisa que me aborreça, aperto o botão de "desligar", a não ser que aquilo que estiver me aborrecendo também me interesse. Afinal, ainda existem coisas lá fora que chamam a minha atenção.

Não fico mais nem cinco minutos lendo um livro ou assistindo a um filme que eu não considere interessante. Antes, eu me forçava a terminar tudo o que começava, mas agora... só se eu estiver me divertindo.

Não faço mais questão de entrar em disputas, de aparecer muito, embora goste das redes sociais, e nem de ser apreciada. Estou me tornando a minha verdadeira imagem. Ando trazendo para fora aquilo que estava socado lá dentro, e jogando fora tudo o que não me representa - e eu mesma me represento.




quarta-feira, 2 de março de 2022

Mentes Rasas ou A Sindrome do Coelhinho Bonzinho

 




Me incomoda a maneira rasa como as pessoas olham para as coisas. O que importa, para eles, não é a quem se mata, mas como. Usar armas de fogo é genocídio, mas impor sanções que poderão levar a morrer de fome todo um povo, é legal. Quando se pensa nas sanções,  enxergam apenas uma pessoa, mas não enxergam que por trás dessa pessoa existe todo um povo que será terrivelmente prejudicado, cuja maioria é  contra essa guerra é cuja etnia está sendo lentamente cancelada por todos os líderes mundiais. Estão tentando varrer da existência todo um povo, virando-lhes as costas, saindo da sala quando eles falam, impondo sanções de fome.

Quando um presidente que não cumpre acordos é manipulado por países "bonzinhos" e levado a uma guerra, todos o defendem, mesmo que o próprio  esteja armando e convocando crianças, mulheres e velhos para lutar em uma guerra perdida, sabendo que a maioria deles vai morrer. "Ah, mas a gente canta "Imagine" na frente da embaixada e resolve tudo.( Canção, aliás,  cujo autor entrava bêbado e drogado em bares e surrava pessoas). E esse mesmo homem pede o apoio de todo o resto do mundo, mesmo sabendo que isso poderia nos levar a todos à destruição total por uma Terceira Guerra nuclear, pois o outro maluco megalomaníaco não hesitaria em apertar o botão. 

Nenhuma guerra é sobre defender liberdades, mas defender egos e interesses econômicos. Se vocês pensam que Putin é o único demônio nesse inferno, precisam tirar os óculos cor de rosa. O Presidente palhaço  não presta. Biden não presta. A União Europeia não presta. Somente teríamos paz se as pessoas, os cidadãos,  enxergassem isso e não mais se deixassem usar como buchas de canhão. 


#guerraestupida

#terceiraguerra

#estupidez

#Ucrânia

#Nowar

#stupidity




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CINCO QUILOS

        No seu conceber, Cinco quilos me separam da esbelteza. Cinco passos, até que eu seja O 'eu' Que você deseja.   Cinco meses, ...