O que ficou preso
Nas tramas do tempo
Jamais se foi,
Não se perdeu.
Descansa em silêncio
Sob os cotovelos
No peitoril da janela,
Desce com a chuva
Pelas telhas,
Está entrelaçado
Nas tramas da colcha,
Nos olha feliz
De dentro do quadro
Dependurado
Do passado.
Eu posso senti-lo,
Conversa comigo
No véu das lembranças,
As suas risadas
Ainda ecoando
Nos cantos da casa,
Seus passos marcados
Ainda impressos
Na minha calçada.
Mas a vida segue
Longe e perto,
Dentro e fora,
Do lado escondido
Da minha memória,
Em cada palavra
Da qual se compõe
A minha,
A tua,
A nossa história.
Lindo e quantas saudades há nas tramas do passado...beijos, chica
ResponderExcluirO que quer pode nos revelar as memórias Ana é mesmo uma infinidade. Lindas metáforas com sua arte elegante do poetizar.
ResponderExcluirGostei.
Abraços com carinho na feliz semana.