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segunda-feira, 9 de maio de 2022

OS PREPERS NÃO ESTÃO PREPARADOS

 



Devido a uma lição de inglês que eu dei e que mencionava uma classe de pessoas que, basicamente, preparam-se para o fim do mundo – os Prepers – decidi pesquisar mais sobre o assunto. Encontrei vários canais desses sobrevivencialistas no YouTube, que ensinam desde a armazenar comida em garrafas pet a cavar buracos no mar a fim de esconder comida e armas. Existem instruções sobre como sobreviver a ataques nucleares abrigando-se em bunkers (existem bunkers de todos os tipos sendo vendidos nesse exato momento em que você lê meu texto, alguns deles muito luxuosos, que custam milhões de dólares), purificar água contaminada, armazenar medicamentos e produzir eletricidade. 

Seguramente, eu penso que essas pessoas não têm uma verdadeira dimensão do que significaria sobreviver a um ataque nuclear, em um mundo onde quase tudo – plantas, animais, seres humanos – estará morto durante o tempo que restasse de vida aos sobreviventes. Se eu soubesse que uma guerra nuclear de proporções mundiais estivesse a ponto de começar, eu escolheria o lugar mais vulnerável possível para que eu fosse uma das primeiras a morrer. Não quero saber de sobreviver a isso.

As pessoas nos vídeos mostram seus bunkers, geralmente localizados nos porões de suas casas,e as coisas que estão armazenadas por lá e que possibilitariam que talvez eles sobrevivessem, quem sabe, alguns meses após um ataque nuclear. Fazem isso sorrindo, pedindo ‘likes’ e compartilhamentos, agradecendo aos que contribuem financeiramente para que seus canais “possam continuar existindo e ajudando as pessoas a sobreviverem.”

Para onde foi o bom senso da humanidade?

Prefiro dar uma chance ao mundo e às demais criaturas; diante de um ataque nuclear de proporções mundiais causado pela espécie humana, espero que apenas animais e plantas sobrevivam; assim, quem sabe, exista uma chance para o nosso planeta. 

O mundo não precisa de nós. Nós não servimos para nada. Vivemos a nossa existência em meio a superficialidades, intrigas, divisões políticas, ideologias absurdas, competições, invejas, ‘likes’, fofocas, “(des)harmonizações faciais que fazem com que pessoas fiquem se parecendo com bonecos infláveis, e saímos daqui tão sem noção quanto ao entrarmos.

Como disse Anitta, A Sábia, “Se o mundo acabar, acaba a internet.” E pelo que vejo, para a maioria das pessoas, é só isso que importa.






3 comentários:

  1. Não tiro um ponto uma vírgula naquilo que escreveu.
    Esse tipo de pessoas e peço desculpa se vou ofender
    susceptibilidades, são uns alienados.
    Já ouvi falar desse tipo de grupos e também eu pergunto se não será o caso de eles verem muitos filmes de ficção!
    Que mundo é que eles pensam quer poderiam ter no caso de um holocauto nuclear !
    Penso que em Portugal ja existe um grupo do género.
    Sempre achei que as escolas deviam ter aulas onde nos jovens aprendam a tornarem-se mais auto-suficientes, permitindo-lhes estarem preparadas para algumas alterações no dia-a-dia das suas vidas como por exemplo: desastres, catástrofes, não serem tão dependentes só das tecnologias, mas dai a acharem que podem preparar se para o fim do mundo...so gente com muito pouco amor pela vida e pelos seus.
    Ficar cá para quê??
    Deixo abraço e brisas doces*

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  2. Oi Ana, que bom ver você tocar neste assunto com sua clareza e cultura. Já li sobre esta coisa, que chamo de bobagem, como você, nada me interessa sobre a terra num possível ataque nuclear de grandes proporções. Li a muito tempo nos anos 70 ou 80 creio, o livro de Inácio Loyola (Não verás país nenhum) uma visão sobre a São Paulo devastada e vivendo de tudo reciclado, inclusive a agua seria de urina purificada e dividida por classes. Assim li sua crônica e assino amiga.
    Perfeita visão e sentimento de mundo.
    Meu carinhoso abraço e bom fim de semana.

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  3. Sobreviver a um ataque nuclear? Meu Deus nem se pode imaginar... Estas teorias de sobrevivência parecem-me tão absurdas. É bom se sobrevivermos a cada dia que passa e da melhor maneira. Gostei de ler o seu texto.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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