Entre as folhas, ao erguer dos olhos,
A surpresa entre o risonho girar dos planetas
Que parecem estar sempre parados.
Deito confortavelmente a cabeça na cerca,
Desprendo-me do peso do corpo cansado
Enquanto sonho.
Leve, esta é a palavra,
O meu adjetivo atemporal nesse momento
Que me transporta para bem além do tempo
A um templo onde eu era, antes de ser.
Dissolvo-me morta no pó das estrelas,
Empresto meu sangue ao sonho da lua
Que nele mergulha, e me bebe inteira.
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