Ah, tarde vermelha que entra pela janela,
Salpicada pelos cantos molhados dos sabiás
E pelos cheiros doces das flores e do mel dos colibris!
Ah, tarde, tuas vozes de velhos amores,
Rostos derretidos de gris, na sépia do tempo,
Que já nem aparecem mais nas fotografias!...
Ah, tarde, que me trouxe uma canção distante,
Cheia de lembranças de almas errantes
Que passaram, que se foram para sempre, e antes,
E que nunca, nunca mais aqui voltaram!
Ah, tarde se eu pudesse!... - te prometo, e te juro,
Mergulhava de vez nesse anoitecer escuro
Cujas pontas seguras entre os dedos duros!
O crepúsculo vespertino ganha ainda mais fascínio após a leitura desta maravilha poética que traz refrigério ao coração. Meus aplausos, Ana!
ResponderExcluirA exuberância do crepúsculo ganhando vida e magia nas tuas hábeis mãos de escultora da poesia ao entrelaçar beleza e sentimentos ímpares e belos.
ResponderExcluirUm lindo domingo pra ti
Beijos
Ana, essa tarde que lindamente descreveu, mereceu interpretação melancólica de minha parte. Talvez não tenha sido esse o seu caminho, mas assim o vi. Há tardes escuras que nos escurecem também o coração, reavivando um saudoso sentir. Bjs.
ResponderExcluirOi Ana, sua poesia me encanta, traz um sentimento puro que não vivenciei, talvez por isso não tenha melancolia, mas admiro a sua facilidade em expressar as dores de amar. Obrigada, abraços carinhosos
ResponderExcluirMaria Teresa