Chora, copiosamente
Pela dor de ter perdido
O que nunca foi real,
Fruto da mente carente,
O que não foi possuído!
Chora, por desilusão,
E nem sabe que implora
Pela volta impossível
De um personagem lúdico,
Que foi sem nunca ter sido!
Chora, pelo que amou,
E diante do tal vazio
Que ficou, quando as cortinas
Se fecharam, de repente,
E a luz se apagou!
Chora, urrando de saudade
Ao ver morrer sua libido,
Por jamais ter conseguido
Satisfazer a vontade...
-E hoje, o sonho acabou!
Chora, e segue derramando
Pelo chão lúgubre e frio
Rios de lágrimas quentes
Mil preces benevolentes
Sobre um túmulo vazio...
Me recuso a chorar pelo que nunca foi,
ResponderExcluirquero mais é recuperar meu tempo perdido.
Gozar a liberdade conseguida,
agradecendo,
pela nova chance de vida.
Não quero chorar Ana, estou tão feliz vivendo, lindo, mas não para mim,
Abraços carinhosos
Maria Teresa
Bom dia Poetisa. Seu poema causa reflexão quando sem querer (de certa forma e em dados momentos), todos somos platônicos. Os devaneios são fugas da realidade. Poetas quase sempre criam mundos sofridos e realidades distorcidas e com a dor que causa sofre junto. Consegue extrair beleza de notas tristes, encantar com desencantamentos, amar apaixonadamente o que sequer existe, chorar por um bem querer que nunca veio e nunca se vai.
ResponderExcluirChoro reflexivo! Um derramar exclamativo e doloroso...
ResponderExcluirAbraços e abçs
O que não é real também tem expressão, assim não fosse poucos voos seriam permitidos, como nas "tramas fortes", sempre febrilmente significativas, e nada impede que o irreal um dia possa se realizar. Muito bom Ana seu voo livre. Abraço, Celso
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