Choveu muito aqui no domingo, no finalzinho da tarde. Deitada atravessada na cama, enquanto meu marido assistia a algo na TV, eu de repente comecei a prestar atenção nas gotas de água que se formavam nas pontas das telhas e iam engordando até cair. O vento fustigava os galhos do cedro, e passava zumbindo pela greta da janela. Lembrei-me de que, quando eu era pequena, adorava fazer exatamente aquilo quando chovia: deitar na cama e ficar olhando as gotas caindo das telhas, o céu de chumbo por trás. O pensamento vai longe... quando nos damos conta, ele está muito além das gotas, e as memórias é que começam a engordar e cair.
Passei pelo tempo. O telhado é outro, a casa é outra, minha aparência é outra -estou bem mais velha. Mas a chuva é a mesma: é a água que evapora do chão, lagos, rios e mares, e volta a cair. Em outra casa, em outro tempo, uma menininha que estava dormindo despertou, olhou o mundo e voltou a dormir.
Ana, que passagem mais linda essa, contada assim com tanta saudade e beleza que me fez emocionar (tanto).
ResponderExcluirbacios, boa noite.
As lembranças que nos trazem num simples olhar,
ResponderExcluirvivenciamos momentos que são eternos em nossos
pensamentos. Ana, a menina que muito sonhou, está
sempre presente lhe enchendo de vida, lindas suas
memórias. Agradeço, abraços carinhosos
Maria Teresa
Oi Ana. Uma das mais lindas lembranças são as de criança mesmo não acha? Tudo aqui é maravilhoso. Sua alma de casa, é um espaço encantador
ResponderExcluirbjs iluminados
de:sempreLuZ.
LuísaZacarias ou(LuZ.)
memórias que ficam e que é sempre bom lembrar.
ResponderExcluirbom fim de semana.
beijo
:)