A casa é como um corpo em volta do corpo. Assim como o corpo abriga a nossa alma, a casa nos abriga. Somos a alma da casa. Eu às vezes sinto uma preguiça enorme de fazer as coisas, e quando estou assim, eu não me forço; talvez sejam as energias da casa que estão pedindo mais sossego, menos agitação. Logo depois - sempre acontece - parece que me baixa um "Caboclo Faxinador" e começo a tirar tudo do lugar e limpar. É como se a casa acordasse de um longo sono, ou como se ela e eu fossemos parte de uma orquestra que deve tocar afinadamente.
No momento, estamos bem no meio de um sono. A alma da casa quer sossego. Quer silêncio e pouco movimento. Quando eu tento ir contra essa energia, forçando-me a dar conta de uma pilha de roupas ou varrer todo o quintal, o meu corpo reage: começo a suar, minhas mãos e pés incham e minha respiração torna-se ofegante. Se estou com vontade de limpar, tudo flui sem que eu me canse muito, e de maneira mais rápida... não há inchaço, nem cansaço excessivo. Depois, tomo uma boa chuveirada e ambas - eu e a casa - estamos prontas para o que der e vier.
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