witch lady

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Da Nuvem


Lembranças e imagens que a nuvem do Google Drive me mandou hoje. Entre essas pessoas, muitas já se foram.

Na primeira foto, estamos na Ilha de Paquetá. Eu tinha, talvez, oito anos - hoje tenho 57. Sou a que está de suéter quadriculado, tomando sorvete, encostada em meu cunhado, que naqueles tempos namorava minha irmã. Casaram-se e têm 3 filhos. Ao lado dele, minha irmã, e ao meu lado, minhas duas outras irmãs mais velhas e meu pai. Atrás de mim, a nossa mãe.

As demais pessoas eram vizinhos ou amigos. Não me lembro de todos.






Minha mãe, sentada com a mão na cabeça; eu, meu cunhado, minha sobrinha Rosane (falecida), minha irmã mais velha e minha outra irmã, perto da cadelinha Susie.


Batizado do meu sobrinho Daniel (hoje com mais de 30 anos de idade). As mesmas pessoas de sempre, a não ser pela Natália, minha sobrinha, irmã do Daniel - a que está no colo da minha irmã. Minha irmã Silvia e meu cunhado foram os padrinhos, e minha mãe, embora ela fosse apenas um pouco mais velha do que eu sou hoje, aparenta mais idade do que eu tenho.



O mesmo batizado. Vemos agora o meu outro cunhado, de barba, o Tiaguinho, meu sobrinho (hoje todas essas crianças têm mais de 30 anos de idade) E de pé à direita, a minha falecida sobrinha - a mesma que aparece bem pequenininha na segunda foto.



Aniversário. Nem me mais lembro quem são algumas dessas crianças.



As fotos nos ajudam a lembrar sobre a passagem do tempo, o quanto essa vida é breve, o quanto todos nós estamos fadados a desaparecer. Na foto abaixo, eu, nos dias atuais, durante o trabalho.

Antes da pandemia...




...depois da pandemia. Décadas em dois anos.


Ficam os bons momentos também, as coisas que valem a pena ser lembradas.

Porém, é incrível a gente perceber o quanto os relacionamentos mudam, as pessoas se afastam, crescem, vão embora, morrem... e isso se chama vida.
Na foto abaixo, meu falecido sobrinho e sua namorada. Ele já estava bastante doente aqui.




A história da nossa família começou aqui.
São meus pais.




E só Deus sabe quando ela terminará.








 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

NEGAÇÃO

 



 

No meio da luz cegante,

Entre os raios longos e brancos,

Existe um pequeno ponto

Negro e redondo, crescendo sempre,

Que quase ninguém enxerga

Ou quer enxergar.


 

Existe uma branca cobra

No ponto mais escuro das alcovas,

E ela passa, sinuosa,

Incisiva, silenciosa,

Por sobre o gramado e as rosas,

E sobre os espinhos

Que ela aprendeu a ignorar.


 

Na nuvem mais branca, existe

Um prenúncio de tempestade,

Um pequeno trovão

Que quer crescer, ser ouvido,

Mas alguém aperta o botão do sol

Para que ele fique mais forte,

A nuvem derreta

E a chuva não caia.

 


Descansam no fundo do mar

Naufrágios antigos,

Segredos escondidos por camadas e camadas

De limo e corais.

Os barcos passam por cima de tudo,

Sem escutarem os gritos

Das sereias abissais.


 

-Nunca, nunca mais!

Que fique sempre encoberto

Tudo aquilo que não deu certo,

As dores, os amores fracassados,

A fome da alma anêmica,

A corrupção sistêmica,

Os sonhos malogrados

Que jazem, natimortos,

No solo do passado.






 




 


 


 


 




quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

AS LUZES DO MUNDO

 

(Crônica baseada em um poema de Lucia Bauer)

 



 

Ontem a noite estava cálida. Eu, meu marido e nossos dois cães nos sentamos no jardim, como sempre fazemos quando as noites estão bonitas. Estávamos um pouco cansados, pois tivéramos um dia cheio, apesar de estarmos aproveitando férias. O calor dá essa sensação de termos feito mais do que fizemos.

 

Gosto de me sentar em minha varanda ao entardecer - coisa que não posso fazer fora do período das férias - e ver as luzes das casas lá em baixo se acendendo aos poucos, enquanto os carros passam na ponte em direção às suas casas. Depois, começo a escutar cães latindo alegremente, saudando seus donos, crianças brincando e sons vindos de aparelhos de TV. Em seguida, vem os cheiros de comida: alguém está fritando um bife, cozinhando arroz, temperando o feijão.

 

Antes de entrarmos em casa, costumamos colocar os cachorros para dormir; sim, eu sou aquela doida que põe os cães para dormir, desejando-lhes boa noite e dizendo "Fiquem com Deus, São Francisco de Assis, São Lázaro e São Roque." A luz da área de serviço onde eles dormem estava acesa, e pedi ao meu marido que a apagasse para que a gente pudesse ver as estrelas. Eu estava olhando para o céu naquele momento e vendo apenas algumas delas, um tanto apagadinhas. Assim que ele desligou as luzes, o céu se cobriu de estrelas cintilantes. 

 

Para ver as estrelas como elas realmente são, com todo o brilho que elas têm, precisamos ficar no escuro. O excesso de luzes artificiais encobre essa visão. 

 

Para realmente ouvir alguma coisa, é necessário que haja silêncio; Para se ter uma visão verdadeira sobre o mundo, é necessário antes olhar para dentro e compreender (mesmo que parcialmente) o que vemos, quem somos. É necessário admitir erros, falhas de caráter, medos, invejas. E acima de tudo, desejar, realmente, mudar. E não é através da negação dos nossos defeitos que mudamos. Isso só acontece quando os aceitamos totalmente, sem nos condenarmos exageradamente, mas compreendendo que tudo o que sentimos e somos faz parte do caminho e nos conduz a um aprendizado maior.

 

E só podemos aprender de verdade sobre nós mesmos. De nada adianta querer interpretar a Deus, ou às outras pessoas. Quem sabe, se nos conhecermos, seremos capazes de conhecê-los um pouco também, mas sempre admitindo que podemos estar errados. Porém, quando nos enxergamos como somos, automaticamente a nossa visão sobre as outras pessoas e seus propósitos melhora bastante. Quando reconhecemos nelas um caminho pelo qual já passamos, fica mais fácil entender suas reais intenções.

 

É preciso mergulhar na escuridão para que possamos realmente  ver as estrelas, aqui do lado de fora.

 

É  assim dentro da gente também. 

 

 


terça-feira, 10 de janeiro de 2023

EXISTE



 



Existe uma abóbada de vidro acidado

Que não deixa quem eu não quero

Ver do outro lado

Do meu pensamento.


É meu o que eu penso,

E sempre será.


 Existe uma estrada

Entre o que quero que saibam

E o que eu não quero,

E ela está, quase sempre,

Fechada.


Quem passa e me olha

Pensando que sabe

De tudo o que eu sei,

O olhar se desfolha.


Meu pensar é livre,

Mesmo que eles falem.


Tenho esse direito

O de ver o que eu vejo

E pensar o que eu quero,

Mesmo que me calem.




 


 




domingo, 8 de janeiro de 2023

ENVELHECER





ENVELHECER

 

 

Me inscrevi em um canal no YouTube cuja proposta pensei ser, inicialmente, falar sobre o envelhecer.

 

Cancelei a inscrição após um dia.

 

O canal é uma sucessão de vídeos sobre mulheres velhas ou muito velhas dizendo que não estão velhas, que a velhice está apenas na cabeça. Elas usam maquiagem pesada e saem para dançar usando roupas de bailarinas de cabaré, afirmando sempre que a velhice não existe. Nos vídeos, a maioria das pessoas nesses grupos são de mulheres, e elas fazem questão de mostrar a quantidade de álcool que consumem durante seus “brindes à vida.”  Há poucos homens, o que faz com que elas acabem tendo que dançar umas com as outras durante o baile. Acho isso um espetáculo triste.

 

Nos comentários, algumas pessoas usam adjetivos que, ao meu ver, são muito pejorativos: “Vovós danadinhas!” “Isso mesmo, é preciso ter um coração jovem, que gracinha!”

 

Minha mãe frequentava esses grupos e ela me contava sobre as disputas das velhas pela companhia masculina – havia poucos homens – inclusive, minha mãe me contou que chegou a sofrer ameaças vindas de uma das velhas, que a abordou na rua, enquanto ela estava no ponto de ônibus, fazendo um pequeno escândalo e dizendo que ia bater nela se ela dançasse com o fulano outra vez. Minha mãe ficou um bom tempo sem voltar àquele clube. Detalhe: ela tinha mais de 80 anos quando aquilo aconteceu.

 

O que vou escrever aqui sobre o envelhecer é a minha visão, e entendo que há pessoas que enxergam isso de outra maneira, embora eu ache que elas estejam perdendo uma grande oportunidade de verdadeiramente amadurecer.


Não acho que velho tenha que ser triste ou austero o tempo todo, mas negar a velhice, na minha opinião, não é uma decisão inteligente. Imagino essas senhoras chegando em casa do baile, removendo a maquiagem pesada, a peruca, as roupas inadequadas de dançarinas de cabaré e os saltos torturantes, dando um suspiro de alívio ao entrar em um caftan confortável e chinelos macios. De repente, elas se olham no espelho, e nesse momento, pinta o desespero. Quem sabe, a depressão.

No dia seguinte, elas vestem novamente suas fantasias de jovens, chamando umas às outras de “Meninas” e recomeçam seu jogo de negação. Acho isso triste.

 

Penso que isso tem mais a ver com desespero do que com aproveitar a vida.

 

Sei que aos 58 anos eu tenho muito mais chão atrás de mim do que terei pela frente. Eu quero poder ler os livros que ainda não li, tentar me preparar mais para o meu grande encontro com a morte – sim, não há nada de mórbido nisso, pois a morte é um fato da vida – viajar, estar com as poucas pessoas que ainda consigo suportar, assistir aos meus filmes favoritos, e por que não, dançar, se a ocasião for propícia, sem forçar a barra ou ter que me fantasiar de dançarina de cabaré, o que seria ridículo. Eu quero tentar entender, mesmo que seja difícil, essa pessoa que sou eu, essa mulher na qual eu me tornei. Quero ter uma alma velha, antiga. Quero ser a tia meio bruxa, quem sabe, meio reclusa, que estuda muito e fala bem pouco.

 

Não vou aqui tentar recuperar o tempo perdido, pois o que foi perdido não pode ser reencontrado, pelo simples fato de que não há caminho de volta, nem nunca houve. É daqui para frente. É fazer o melhor que eu puder agora e viver uma vida que seja de verdade. Não quero jamais me tornar uma caricatura de mim mesma. Não vou tentar me infiltrar em grupos de pessoas mais jovens ou me enfiar em grupos de  “Melhor idade”, “Terceira idade” ou seja lá como for que os chamem. Prefiro ficar entre as pessoas que eu gosto, as que sempre conheci. Não me interessa fazer novos amigos, mas se acontecer naturalmente, por afinidade, por que não?

 

Eu gosto mesmo é da minha casa e de estar perto da natureza. Gosto de conversar com as árvores, admirar as plantas e os bichos e aprender sobre eles. Adoro estudar sobre assuntos que remetem à espiritualidade, e não tento impor minhas crenças a ninguém. Amo ler e escrever. Ainda trabalho, e amo o que eu faço. Vivo uma vida tranquila e me considero uma pessoa feliz a maior parte do tempo. Tenho tudo o que preciso e quase tudo o que sonhei. Tenho vivido uma vida com experiências boas, muito boas, ruins e muito ruins, e tento aprender com tudo. Não tento sair dos momentos ruins sem antes refletir e aprender. Tem gente que prefere “passar uma borracha” sobre a tristeza e colocar um sorriso no rosto, mesmo que seja falso.

 

A ditadura da felicidade, tão propagada nas redes sociais, também tem sido aplicada ao envelhecer. Lembro de uma Instagrammer de mais de 80 anos de idade, ex modelo, que postava fotos de biquine nas suas redes sociais, super maquiada, calçando saltos altíssimos que, com certeza, ela não conseguiria usar para caminhar. Eu sempre pensava: o que essa criatura está tão desesperadamente tentando provar? Que ainda é jovem? Que ainda é bonita e sensual? Que ainda “está podendo?” Seja o que for, ela falhou.

 

Não quero o “ainda.” Jamais me esforçarei para provar que eu “ainda.”  Quero o que é possível, sem me submeter a papéis ridículos. Quero ser respeitada, e não ser chamada de “gracinha,” “fofinha,” ou seja lá o que for. Não quero que me digam que eu não aparento a minha idade. Nunca vi isso como um elogio. Tais comentários só afirmam que, apesar das aparências, você envelheceu.

 

Não vou negar a minha idade, não porque eu ache que a velhice seja a melhor idade, ou a melhor fase na vida de uma pessoa. A melhor fase é entre os 15 e os 30 anos, pelo menos é o que eu acho. Envelhecer é ruim. Envelhecer dói, significa perder a beleza física, ter que lidar com possíveis problemas de saúde, perder a vitalidade, preferir ficar em casa a ir à uma festa simplesmente porque se sente cansada.

 

Envelhecer significa ter que lidar com vários tipos de julgamentos e preconceitos, trocas de olhares entre pessoas mais jovens toda vez que você esquece uma luz acesa, não consegue se lembrar do nome de alguém ou queima a comida, mesmo que essas sejam coisas que acontecem frequentemente entre os jovens. Talvez por isso essas senhoras dos vídeos tentem fingir que ainda são jovens. Talvez venha daí o desespero de mostrarem que ainda podem, que ainda conseguem, que ainda estão na moda: o medo dos mais jovens. O medo de serem confinados em casas de repouso pelos membros mais jovens da família. O medo de estarem quietinhos lendo um livro e serem classificados como depressivos.

 

Esta não é a primeira vez que escrevo sobre isso – tem um outro texto na minha escrivaninha do Recanto das Letras onde abordo o mesmo assunto. Mas lendo o que escrevi naquela ocasião e o que escrevi hoje, vejo que minha opinião não mudou. Fui procurar o texto e descobri que foi escrito há quase exatamente dois anos, no dia 09/01/2021. Muita água já rolou por baixo e por cima do meu telhado desde então. E não me arrependi de nada que foi escrito naquele dia.

 

 

 

 

 

 



segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

QUEM NUNCA?


 



Quem nunca se sentiu

Idiota,

Motivo de riso,

Chacota,

Presa na linha de partida

Da vida?


 Quem nunca se viu

Na ponta de uma língua

Bipartida,

Diante de si, o nada,

Sem ter uma linha

De chegada?


 Não se iluda:

É sua a culpa,

Ter boa vontade

Não basta,

Falar a verdade

Desgasta!


 E o que resta?

Recolher os restos

Da festa,

Respirar bem fundo

E partir,

Criar para si

Novo mundo,


 Ter ambos os olhos

Abertos,

Ter todo cuidado, enfim,

Ser bem mais esperta,

E pensar

Bem antes de tudo,

Em mim!





 


 






sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ALERTA


 




Algumas coisas

Deveriam deixar-te sempre

Em estado de alerta:

Um sorriso

De quem geralmente te ignora,

Palavras doces

Vindas das bocas da escória,

Aplausos repentinos

Entre as palmas de quem antes

Te esmagava.


 Preste atenção, erga tuas travas

Todas as vezes em que, entre salamaleques,

Uma boca se cobrir com o leque

Enquanto o olhar malicioso te devora!

Esteja atento

Quando alguém que antes, só te magoava,

Subitamente, te estende uma braçada de flores;

-Não as leve junto ao peito!

Deite-as fora!


 Certas pessoas nunca mudam,

Apenas fingem mudar

Conforme o tamanho da necessidade

Ou enquanto duram os interesses.

Há muita maldade escondida entre a suposta bondade,

E certas almas não nasceram para ti;

Olhe para trás, e lembrarás

Que a única vontade que sempre as motivou

Foi que tu sofresses. 


 Algumas coisas

Deveriam fazer-te tremer!

A ingenuidade é a estrada

Que traz de volta, sempre

Aquele que porta a adaga

E a crava novamente, com vil intenção,

Dentro do teu sempre inocente

Coração.





 


 




 


 


 



sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL - Luxo é ter Amor



 Este poema foi feito a convite da Rosélia, amiga blogueira, e fará parte de uma interação Nataliana para a qual ela me convidou. O tema foi proposto por ela: 

"Posso passar o Natal com você?"



Luxo é Ter Amor


 Na casa enfeitada, tão dourada,

A parte mais linda é o quintal...

Lá, onde nos dizem não ter nada,

Repousa o espírito do Natal.


Um cedro de plástico, na sala,

Ocupa um lugar especial...


Lá fora, a beleza em cena rara:

As aves enfeitam um pinheirinho

No topo, uma estrela lá do céu

A recordar-nos: “Tu não estás sozinho!”


 Natal é amor amealhado,

E conta uma história de paixão.

Natal de verdade só acontece

Se aquele que é homenageado

Está dentro do seu coração.







 


 


 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

É SOBRE O TEMPO

 


 


 


 




E tudo isso é sobre nós,

Sobre o tempo que temos vivido,

O tempo que tem nos atravessado

E arrancado, aos poucos,

As nossas tintas.


É sobre a vontade, e sobre a vida,

A maneira como nos torcemos

Tomando formas mais sofridas,

Tentando ter o que não temos,

Ser o que não somos,

Saber o que não podemos.


 E tudo isso assim tem sido,

Desse jeito, exatamente,

E a mente cria correntes,

Obstáculos intransponíveis

Que nos mantém tão sem nós,

Tão sem voz,

Tão sem tempo...






 


 




segunda-feira, 28 de novembro de 2022

VOZ

 




 



Voz que viaja, se erguendo

De sustenido a sustenido

Mas nunca chega a um par de ouvidos.

 

Voz que se eleva, e que grita,

Aflita, inflama as amídalas,

Faz racharem as xícaras

E os copos

Na cristaleira de vidro.

 

Voz que ecoa, e se ergue

Com força

Num peito vazio,

Onde os ecos se sobrepõe,

E se repetem, incontidos.

 

Voz que chora, e se desfolha

Qual margarida entre os dedos

De alguém indeciso.

Voz que se cala, finalmente,

E que adormece, infeliz,

Em um calado grito

Que estanca, mas desagua em cascatas

Sobre o travesseiro, perdido.




 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

TRISTE VERDADE

 



 

 

Sejamos realistas: algumas batalhas são ganhas e outras perdidas. Ora desse povo acampado em frente aos quartéis voltarem para casa. Não existe nada lá para a Direita brasileira. As pessoas estão perdendo seu tempo alimentando falsas esperanças – muitas vezes, fomentadas por canais do YouTube sensacionalistas em busca de ‘likes’ e seguidores.

No caso de Bolsonaro e das urnas eletrônicas inauditáveis, ele confiou no respaldo das Forças Armadas. Entretanto, já não se fazem mais Forças Armadas como antigamente, e esses generais deveriam trocar suas fardas por pijamas de bolinhas cor-de-rosa. Mas continua o povo iludido nas ruas, acampados em frente aos quartéis clamando por um deus que não existe e achando que esse deus os ouvirá, quando os únicos que poderiam ajudar, se acovardaram.

Não acho que as eleições devessem ser anuladas. Se Lula está lá, é porque o povo merece exatamente isso, e quem sabe, esses quatro anos de PT sejam necessários para que aqueles que ainda acreditam neles se desiludam de vez. Não acredito no acaso.

Porém, existem algumas pessoas que se acham donas do poder, representadas por um ditador que se denominou o proprietário do país, e estas pessoas deveriam ser presas, e as chaves, jogadas no lixo. Para isso – e apenas para isso – eu acho que as Forças Armadas deveriam ter feito uma intervenção, já que o senado não passa de um bando de covardes com rabos presos.

Muitos dirão que isso seria inconstitucional; mas a nossa constituição já está sendo utilizada como papel higiênico há muito tempo. Ela foi reinterpretada, rasurada, amassada, e finalmente, rasgada e queimada.

Não vejo nenhuma solução. Acho que o povo deveria recolher sua esperança e voltar para casa a fim de aproveitarem seus últimos dias de liberdade, pois ao amanhecer de 2023 poderemos nos surpreender com as Forças Armadas rebaixadas à guarda nacional particular do PT e batendo continência ao Lula. Sinto muita pena de nós. Lamento profundamente por um país riquíssimo, que sempre teve tudo para se tornar o melhor do mundo e que nunca conseguiu devido à corrupção e ao egoísmo de alguns.

Concordo com quem diz que é uma luta do bem contra o mal, mas não é como nos filmes, quando o bem sempre vence. Aqui é a vida real. Já vimos o mal vencer e se alastrar inúmeras vezes. Basta ligar a TV ou o YouTube e vemos notícias sobre guerras, corrupção, assassinatos. O Mal venceu, como acontece na maioria das vezes. E isso vai continuar acontecendo enquanto a maioria das pessoas se alinharem com o Mal.

Admitimos que um criminoso corrupto fosse novamente erguido à posição de presidente  desta nação, e agora nada mais há a ser feito. E nem adianta rezar; Deus também se cansa dos imbecis.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

UM DIA INTEIRO

 


 

 

Não consigo dormir até mais tarde, e à medida que envelheço, tenho a impressão de que meus dias estão começando cada vez mais cedo. Hoje, feriado de 15 de novembro, abri os olhos à 4:45 da manhã e não consegui mais dormir.

 

Os sons dos passarinhos na árvore à janela do quarto me atraem feito um ímã. Logo, a luz avermelhada do sol começou a entrar através das cortinas. Peguei meu Kindle e fui sentar-me na varanda para ver o sol nascer – e ele nasceu lindo, entre nuvens pesadas  cinzentas e arredondadas, caprichosamente formatadas pelo vento. Olho para as copas das árvores e vejo que as criaturas da natureza despertaram bem mais cedo do que eu – sabiás na lida, maritacas voando em bandos pelo céu, meu casal de tucanos, que fez ninho em um tronco de árvore morta, se esforçando para alimentar o filhote. Bem-te-vis cantam, trocando mensagens à distância. As cambaxirras andam pelo muro com seu filhotinho, que bate as asinhas pedindo comida.

 

Olho lá para baixo e vejo Mootley, meu cachorrinho, caminhando pelo jardim. Faço silêncio, pois se ele descobrir que já estou acordada, fará um escândalo, e isso acordará minha outra cachorrinha, a Leona, e ambos passarão a latir e esmurrar a porta da cozinha até que eu vá até eles.

 

Gosto de acordar sempre cedo, pois na minha opinião, dormir até tarde é viver apenas a metade do dia, o que significa, no final das contas, viver pela metade. O dia será longo, e haverá muitas tarefas a serem feitas: preciso limpar a geladeira e passar a roupa. Preciso cuidar do almoço e também preparar as minhas aulas para amanhã. E quanto mais cedo eu começar, mais tempo livre eu terei no decorrer do dia.

 

Tive tempo até mesmo de escrever esta breve crônica.

 

Bom dia a todos.

 

 



quinta-feira, 10 de novembro de 2022

VAI, CARAMELO!!!

 


 

Só nos resta rir (enquanto podemos), nesse país onde tias do zap enroladas em bandeiras do Brasil e pessoas de meia-idade são tratadas como nazistas e facistas quando se manifestam, e as quadrilhas do MST que invadem propriedade privada e assassinam gado à pauladas, são a turma do "amor." 

 

Vamos rir, afinal, este é um país onde a Constituição virou papel higiênico e aqueles que deveriam defendê-la, seus usuários.

 

Na verdade, as tias do zap têm mais culhões do que aquele pessoal lá do senado, e também são mais resistentes do que muito cabra macho por aí. Voltem para casa, tias, porque daqui a algum tempo, aqueles que as xingam de nazistas e duvidam da sua capacidade cognitiva, estarão em suas portas, mendigando por comida.

 

Escondam o Caramelo.



segunda-feira, 7 de novembro de 2022

MEMÓRIAS

 



Um pano branco, ou simples névoa,

Um vento solto sobre a relva,

Nuvem passando e indo embora

Apaga os traços da memória.


A gente esquece pra viver,

Porque “Reter é perecer”

Na solidão das águas claras

Flutuam as palavras raras.


E elas brincam de esconder

Entre as montanhas, nuvens, flores,

Guardam consigo as sementes

Do que morreu das nossas dores,


Para que um dia, replantadas,

Na terra fértil que ladeia

As curvas dessa nossa estrada,

Sejam história a ser contada. 




segunda-feira, 31 de outubro de 2022

ERVA DANINHA





A erva daninha crescia, devagar,

Junto ao muro de pedra.

Todos os dias, alguém vinha,

Puxava a plantinha,


Arrancava, sem dó,

A erva daninha.

Mas o que esse alguém não sabia,

É que as raízes cresciam, felizes,


Por baixo do solo,

Se espalhando,

Sem ninguém notar,

Indo crescer em outro lugar.


 E é esta a história 

De nossas vidas.




 




 




sexta-feira, 28 de outubro de 2022

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

 

 


Em 23 de Agosto de 1973, o assaltante Jan-Erik “Janne” Olsson, munido de explosivos e uma metralhadora, entrou na filial do Kreditbanken, na praça de Norrmalmstorg, centro da capital sueca. Após seis dias de sequestro aos funcionários e clientes de um banco, estes começaram a se identificar com os ladrão e seus comparsas. No último dia do sequestro, a polícia conseguiu dominar os bandidos, que estavam sendo PROTEGIDOS pelos seus reféns. A despedida entre eles se deu com abraços. Desde esse episódio, a psicologia identificou a síndrome de Estocolmo, que é a cumplicidade entre vítimas e seus abusadores.

Anos depois, em 1975, Patricia Hearst, a neta de um rico magnata americano, foi sequestrada por um grupo terrorista e ficou dois meses sendo dominada por eles, ameaçada de morte, e muitas vezes, trancada em um armário. Porém, ela passou a desenvolver empatia por seus captores. Para surpresa de seus familiares, ela apareceu sendo filmada durante um assalto de banco junto com os terroristas, portando uma arma, e usando o codinome “Tania.” A polícia então passou a procurá-la, não como vítima, mas como cúmplice, e quando ela foi finalmente capturada, suas palavras foram: “Digam a eles que eu estou feliz. Digam a eles que eu estou sorrindo.” Sendo neta de um milionário, ela conseguiu o perdão do Presidente Jimmy Carter e hoje vive rica e feliz em sua mansão. Na época de sua prisão, a fim de escapar, ela alegou estar sofrendo de Síndrome de Estocolmo, e alegou ter sido forçada pelos terroristas a praticar o assalto.

Nos dias de hoje, eu tenho visto novamente as pessoas sofrendo desta Síndrome de Estocolmo aqui no Brasil. Apesar de terem pleno conhecimento de que o candidato da esquerda é um ladrão, tais pessoas continuam dando a ele suporte e afirmando que votarão nele, e algumas ainda alegam coisas como “Ele não vai roubar muito, pois estarão de olho nele” ou então justificam seu voto com frases vazias como “Bolsonaro fala palavrão,” “Bolsonaro é machista/fascista/nazista,” “Bolsonaro disse que não é coveiro.”

Mas Bolsonaro não é ladrão. Apesar do fato de que Bolsonaro, mesmo diante de tanta opressão e boicote aos seus projetos, ter sido capaz de nos fazer atravessar uma pandemia e uma guerra e sairmos do outro lado apresentando crescimento, deflação e queda nos níveis de desemprego, ele e seus feitos não são reconhecidos pelos que sofrem da Síndrome de Estocolmo.

 Mas mesmo assim, acho que o simples fato de que ele não é ladrão, deveria ser levado em conta pelas pessoas de bem. Enquanto isso, o outro candidato é tão ladrão, que rouba até mesmo as ondas do rádio.

Simples assim: não vote em Barrabás. Não lave suas mãos. Tome responsabilidade e faça uma escolha sensata, uma escolha que ajudará a você mesmo e ao seu país a não mergulhar na era negra do socialismo e da roubalheira.

sábado, 22 de outubro de 2022

QUEM CONTROLA VOCÊ?

 

Quem controla Você?

 

Existem algumas perguntas no ar ultimamente, e muitas vezes não sabemos como respondê-las. Não sabemos o que é verdade ou mentira, mas temos o direito e o DEVER de apurar antes de compartilhar qualquer coisa que seja. Mesmo assim, promover censura prévia (listinha de palavras ou termos que não podem ser usados) vai contra a Constituição:

 

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

 

Muitos chamam o Presidente da República de fascista, quando na verdade, nem sabem o significado desta palavra. Temem que ele vá implantar a ditadura, enquanto a ditadura está sendo implantada bem diante dos olhos deles usando o Presidente como fator de distração. 

 

Quer saber mesmo quem deseja implantar a ditadura? Então reflita sobre estas palavras:

 

"Se quiser saber quem controla você, é só observar quem você não pode criticar." (Autor desconhecido)

 

 

Descobriu quem manda em você?

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

CALE A BOCA!

 



Cale a boca, Jovem Pan! Vocês estão falando demais, mostrando verdades demais e isso não é recomendável!

Cale a boca, você, eleitor ingênuo, que acha que elegendo o Molusco estará assegurando a sua liberdade de expressão. Hoje, nós somos gentilmente “convidados” a calarmos as nossas bocas; amanhã, serão vocês. Amanhã, quando o caos se instaurar no país, quando não houver comida na sua mesa, quando sua filha de doze anos aparecer grávida, e seu filho adolescente morrer de overdose (pois estas são algumas das pautas Petistas: liberação de drogas, sexualização de crianças e legalização do aborto), você não terá voz para falar. Será calado, assim como estamos sendo agora!

Calem a boca, todos vocês – Jovem Pan, Bárbara Te Atualizei, Brasil Paralelo, Oswaldo Eustáquio, Paulo Figueiredo, Ana Paula Henkel, Augusto Nunes, Adrilles Jorge, Zoe Martinez! Vocês estão mexendo em uma casa de marimbondos de tamanho descomunal, e eles – os marimbondos – estão furiosos e atacando!

Quando um partido político manda calar as vozes contraditórias, isso não é democracia, nem liberdade de expressão. Um partido desses quer dominar você, baixar sua cabeça, calar a sua voz, tirar a sua dignidade através de mentiras e falácias. Um partido que apoia ditatores ao redor do mundo que estão matando de fome as pessoas em seus países, ditadores que estão mandando prender religiosos, não é um partido que prima pela democracia! Quando vocês vão acordar?

Mesmo que você odeie Bolsonaro, será que não enxerga que ele é a única alternativa a transformarmos esse país maravilhoso em uma republiqueta governada por ditadores? É preciso maturidade, é preciso enxergar além! Ninguém aqui está elegendo um amigo para a presidência de um clube esportivo, ou escolhendo marido! É sobre um país inteiro, é sobre mim, é sobre você! É sobre o futuro das crianças e daqueles que ainda nem nasceram!

Quem não levantar a sua voz agora para falar contra essa ditadura, não poderá fazer isso nunca mais! Quem não colocar questões pessoais mimizentas de lado e acordar para o que está acontecendo, em breve vai se arrepender, e será tarde demais. Pois vejam bem, o molusco ainda nem foi eleito, e já tenta fechar meios de comunicação que falam contra ele.

Lembrem-se que ele declarou várias vezes que vai regular a imprensa. Vai calar você.


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

EMPATIA

 



Empatia nos dias de hoje é uma palavra que se tornou antipática, pois tem sido usada para propósitos ideológicos. Desenvolvi uma enorme antipatia pela palavra empatia. 

Mas antigamente o significado psicológico desta palavra costumava ser colocar-se no lugar do outro e sentir o que ele sente, compreendendo-o melhor. Empatia nada tem a ver com ser doce (conheço pessoas que destilam açúcar pelos poros, mas têm o coração amargo), falar bonito (as maiores falácias saem das bocas de pessoas letradas, envoltas na maciez de palavras cuidadosamente selecionadas para disfarçar suas verdadeiras intenções), ou fazer aquilo que todos esperam que seja feito (mesmo que isso signifique cometer erros a fim de obter a aprovação alheia). 

Hoje, ter empatia significa pertencer ao grupinho “do bem”, que se senta confortavelmente nos restaurantes caros de países estrangeiros a decidir o futuro de um país ao qual eles nem mais pertencem. Empatia significa concordar com tudo o que alguém faz, mesmo que seja errado, mesmo que seja criminoso, mesmo que tudo seja mentira, pois admitir que passou anos acreditando em uma falácia é algo muito difícil de se fazer. Melhor tentar encontrar justificativas para continuar rezando ao santo do pau oco. Ter empatia é acreditar que alguém que passou ANOS predando um país na maior cara de pau, e que foi preso e condenado por isso (mesmo que tenha sido solto através de uma das brechas da nossa (in)justiça falha), possa, de repente, decidir que vai ter caráter daqui para frente.

Sinto muito, se isso é ter empatia, eu não tenho nenhuma.





segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A VITÓRIA DO MAL

 


Ao amanhecer do primeiro turno, acordo com um gosto metálico na boca, cansaço e uma sensação de desânimo. E não, não é covid. Olho em volta e percebo que as árvores estão no mesmo lugar, os passarinhos cantam do mesmo jeito e a minha montanha continua lá, onde sempre esteve, muito antes que eu e minha geração viéssemos a existir. E o céu ainda é essa imensidão misteriosa – hoje coberta por uma macia névoa branca.

Mas essa sensação terrível já me acompanha há algum tempo, é como se eu fosse continuamente seguida por alguém me dizendo o tempo todo: “Não adianta. Essa trégua é temporária.”

Assistindo ao primeiro episódio de O Senhor dos Anéis na Prime Video, muito me impactou a frase de um personagem, uma "elfa" guerreira:

A cena mostra que  ao redor dela havia apenas paz, beleza e cascatas brilhantes caindo em rios cristalinos. Os outros elfos zombavam dela porque, desde a última batalha contra os Orcs que aparentemente, tinham sido derrotados, ela jamais descansava: sempre atenta, sempre de olhos abertos e coração fechado, esperando por algo que todos consideravam exterminado.

Um de seus amigos elfos diz a ela que já estava na hora de relaxar, voltar à paz da Terra dos Elfos, afinal, o Mal tinha sido derrotado. E então ela responde: “Evil never ends. It hides.” (“O Mal não acaba nunca. Ele se esconde”).

Sinto que estamos vivendo exatamente a mesma coisa. Temos aí, iminente, o retorno do Mal. Acho que negligenciamos o poder dele, o tempo todo, achando que por termos vencido uma batalha, tínhamos vencido a guerra. Acreditamos que o poder vem de Deus, que não deixaria coisas ruins acontecerem, quando na verdade, a própria Bíblia nos manda orar e vigiar. Descansamos sobre os louros. Deixamos que o mal comesse pelas beiradas, achando que jogar “dentro das quatro linhas” com quem sempre rouba no jogo nos faria vencer. E estamos perdendo. E vamos perder.

Tínhamos que ter chutado o pau da barraca lá atrás, tínhamos que ter sido mais fortes. Menos falatório e ameaças, mais ação. Não adianta usar verde e amarelo achando que afirmações como “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” nos manteriam a salvo. Não dá para ser bonzinho no inferno, combatendo capetas.

E sabem o que vai acontecer? Bolsonaro vai perder e Lula voltará à cena do crime. Temos pouco tempo para continuar dando nossas opiniões, pois dentro em breve, tudo será censurado. Estamos vivendo o último mês de nossa pseudoliberdade de expressão, que daqui por diante será censurada, simples e diretamente.

Estamos nos aproximando cada vez mais de situações como as que vivem outros países – Argentina, Chile, Venezuela, Bolívia, Nicarágua. Você que ama seus cachorrinhos e gatinhos, esconda-os enquanto pode, pois logo poderão virar comida na sua mesa. Faça um grande estoque de comida e papel higiênico: vai precisar. Não se esqueça de comprar velas, fósforos e um fogareiro para cozinhar.

Acham que eu estou exagerando? Aguardem.

 

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CINCO QUILOS

        No seu conceber, Cinco quilos me separam da esbelteza. Cinco passos, até que eu seja O 'eu' Que você deseja.   Cinco meses, ...