Voz que viaja, se erguendo
De sustenido a sustenido
Mas nunca chega a um par de ouvidos.
Voz que se eleva, e que grita,
Aflita, inflama as amídalas,
Faz racharem as xícaras
E os copos
Na cristaleira de vidro.
Voz que ecoa, e se ergue
Com força
Num peito vazio,
Onde os ecos se sobrepõe,
E se repetem, incontidos.
Voz que chora, e se desfolha
Qual margarida entre os dedos
De alguém indeciso.
Voz que se cala, finalmente,
E que adormece, infeliz,
Em um calado grito
Que estanca, mas desagua em cascatas
Sobre o travesseiro, perdido.
A vozes e seus donos, o silencio das vozes que clamam, que gritam pelo mais, pelo bem geral, vozes sufocadas, que explodem nos peitos grávidos de esperanças. São vozes que ecoam.
ResponderExcluirBelo trabalho Ana.
Abraços