Às vezes
Dá vontade de fechar as janelas,
Dizer que não estou,
Trancar as tramelas.
Sobre os ombros,
O cansaço de mil anos
Em que nada fiz,
Em que, por um triz,
Escapei de viver
Nessa turba infeliz.
Olho em volta:
Nas voltas que o mundo dá,
As pessoas envelhecem
E ficam tontas,
Antes do tempo.
Às vezes,
Eu sinto um cansaço
Com gosto de asco;
E então, eu me tranco,
O tronco encolhido,
De olhos fechados.
Ana Bailune
ResponderExcluirQue nunca te canses de nos presenteares com a beleza que sabes dotar as teus poemas.
bjs
Continuo a dizer que és uma poetisa com grande talento e que muito te aprecio.
ResponderExcluirUm beijo, querida Ana.
Sao momentos maus, mas, felizmente, apenas ocorrem "às vezes".
ResponderExcluirGostei muito desse jogo de palavras. Que bem as combinaste! Que bem!
Beijinhos
Você é ótima cronista e uma poeta muito sensível. Às vezes também me dá um cansaço de tantas coisas, de tanta gente...
ResponderExcluirbj
Que lindo poetar por aqui, sim, muitas vezes sentimos um cansaço que nem sabemos bem se é da alma ou do corpo e aí minha linda, dá vontade de dormir e muito!
ResponderExcluirSeus versos estão bem elaborados, que nem dá vontade de sair daqui, ler e reler, pois tens muito a nos dizer!
Abraços bem apertados linda poetisa!
Desistir nunca Ana ... com certeza por momentos me sinto cansado também ... mas passa ...
ResponderExcluirBeijão
Que você nunca se canse de escrever.
ResponderExcluirAndo cansada tb, mas busco forças todos os dias.
bjokas =)
Olá Ana
ResponderExcluirCansaço, o abatimento de quem faz, de quem tenta, de todo aquele que luta contra a inércia, contra a estagnação
É muito bom quando somos agraciados com visões póeticas como esta Canção do cansaço, que nos despertam a reflexão, trazem à tona sentimentos e, principalmente, nos fazem ver que não estamos sós em nossos cansaços
Abraços
Um poema bonito que vem do fundo da alma. O cansaço vem, mas não podemos abraçá-lo demoradamente... Abrir as janelas é preciso!...
ResponderExcluirUm abraço