Veja,
Caiu um botão de minha roupa,
Afundou naquele poço,
E não houve nenhum eco...
Olhei para dentro, e não vi
Nem luz, nem brilho nenhum!
Perdeu-se o botão da camisa,
E hoje, a mais leve brisa
Faz com que eu me arrepie
De tanta, tanta saudade!
Veja,
Caiu uma fita do meu cabelo
Dentro daquele rio turbulento,
E a correnteza a levou...
Chorei, ajoelhada à margem,
Olhei-a sumindo nas águas,
E nada pude fazer!
E hoje, a mais leve chuva
Desmancha-me as mechas confusas,
Me faz desejar morrer!
Veja,
As minhas pupilas ficaram
Naqueles olhos fechados,
Na madrepérola fosca
Daquele botão perdido!
No azul que definhou
Daquela fita levada
Que deve estar desbotada
Nas correntezas da vida!
Este poema é profundo, Ana !
ResponderExcluirMas tão belo !...
Destaco o final :
As minhas pupilas ficaram
Naqueles olhos fechados,
Na madrepérola fosca
Daquele botão perdido!
No azul que desbotou
Daquela fita levada
Que deve estar desbotada
Nas correntezas da vida!
Um beijo e parabéns.
Obrigada, João. Editei um dos versos, troquei "desbotou" por "definhou".
ExcluirEstou aqui a ver com meus olhos da imaginação. Lindo ...
ResponderExcluirAna Bailune
ResponderExcluirVerdade que as correntes da vida, desbotam as fitas a fazem sumia qualquer corpo leve, se a poesia regista, a nossa missão é procurar tornas as águas mais tranquilas.
Postagem “Maranhão – Inicio da Colonização”
Veja e comente o post
http://amornaguerra.blogspot.pt/
BRASIL: O SORRISO DE DEUS.
Beijos
Que lindo =)
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