Subiram as cortinas:
Começa o espetáculo!
Apupos e cuspidas,
Fazendas invadidas,
Bezerros arrancados
Das vacas indefesas
E mil tochas acesas
Homens coisificados
Em massas de manobra
De uma certa cobra.
No Champs-Élysées
Sentados às suas mesas
Debatem os artistas
Sem nem ver a dureza
De um cotidiano
Ao qual abandonaram...
-Cafés e chocolates
E a fome do outro lado!
Os ricos e os pobres,
Políticos e elites,
No tapete vermelho,
Atores e suas grifes.
Vermelhos de um lado,
Do outro, os ‘estranhos’
Que clamam por clemência
Na roda desses anos.
E ninguém se adianta
E aponta os hospitais,
Os gritos de angústia
Gemidos e os ‘ais’
De quem morre sem ter
O mínimo cuidado:
O que importa é o palco,
Interesses marcados.
E à roda de tal mesa,
A graça e a nobreza,
Vestidos muito caros,
-A fama que sonharam!
Partilham dividendos,
(E o país, morrendo)
Pedaços arrancados
Por dentes afiados.
Não querem enxergar
A morte do partido,
Os ideais, sem dó
Pra algum lugar, varridos...
Os sonhos de igualdade?
-Mentiras deslavadas
Que já apodreceram
Na beira da estrada!
A Pátria dividida;
Nas redes sociais
Dois povos, que já foram
Um só, e bem iguais...
E o Foro de São Paulo
Bebendo todo o sangue
Alimentando a gangue
De falsos ativistas:
Hienas disfarçadas
Em peles socialistas!
Vivemos momentos complicados, uma divisão no país.
ResponderExcluirHá uma passagem na bíblia que diz:
E, se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir. (Marcos 3.25).
Vamos aguardar!!
bjokas =)
Ana Bailune
ResponderExcluirDizes bem, "Épico".. poema épico. Em sim o poema, numa toada belíssima, é o paradigma do que estamos a assistir. Será depois da tempestade vem a bonança?
Beijos
Muito apropriado...
ResponderExcluirEstamos de mãos atadas,
aguardando a última cartada!
Abraços carinhosos
Maria Teresa
E se no final não dar em nada do que pensávamos encontrar, acho que só falando com Deus minha amiga. Estamos atados entre dois nós cegos.Nossa garganta seca e o nó aperta. Sabe que parece que ninguém gosta desta nação, que todos só querem se dar bem e manter seu status. A pobreza será sempre uma palavra para se galgar o poder. Eu tenho desilusão.
ResponderExcluirSeu texto expressa bem este momento.
Mas como brasileiros vamos esperar e esperar ainda que lambendo o chão, onde eles passam sorrindo de nossa cara.
Um abração.
Bju