Escrevo em letras vermelhas
Nas linhas azuis do papel.
Derramo o sangue do passado
Sobre o verde e o amarelo.
Para mim, não há mais nada
Que eu considere belo,
Desenhei, com nanquim preto,
Uma mancha na paisagem.
Desejo deixar a marca
Do meu rosto, na passagem,
Ser um ícone da história
Sangue derramado em glória!
-Eu não consigo esquecer,
Não consigo perdoar
O que me fizeram morrer,
O que me fizeram matar!
As bandeiras que eu levei
Sobre os ombros, já queimadas,
O poder que eu ansiei
Finalmente conquistado,
Foi o meu maior legado,
Meu pedaço de esperança
A arena, onde tracei
O meu plano de vingança!
Tirarei deste país
Tudo o que me foi tirado,
E dividirei o povo
Entre presente e passado!
Minha cor é o vermelho,
O meu símbolo, uma foice.
Meu desejo de poder
Cheira à morte e iniquidade!
A maldade, eu pagarei
Com o sumo da maldade,
Para todos mentirei
Que tenho boa vontade...
Direi: “Nunca na história
Deste país desgraçado
Houve ou haverá tal circo
Com palhaços mascarados!”
E o que sobrar depois,
Será dado por legado
Em partes bem dividas
De um país naufragado!
Nada mais a acrescentar. Traduziu de forma completa todo o meu sentimento. Esta vitória definitiva será nossa.
ResponderExcluirCompartilhei ...
Bom fim de semana para nós com muita alegria pela vitória que alcançaremos nesta primeira fase da luta ...
Beijão
#foracanalhas
Disseste tudo, assim anda o coração de todos os brasileiros, em estado de tensão e desalento!
ResponderExcluirAmei o novo visual, sempre lindo por aqui!
Abraços amiga Ana!
Ana, que rico desabafo! Essa é a visão de muitos que, como nós, estamos vivendo um diário desalento. Bjs.
ResponderExcluirMatamos os nossos sentimentos e,
ResponderExcluirestamos morrendo em total desalento.
Há que aparecer alguém,
que nos livre desse tormento.
Estamos à deriva, Ana!
Expressastes muito bem
o que estamos vivendo...
Abraços carinhosos
Maria Teresa