Recatada ou “Empoderada?”
Não quero ser recatada, nem quero me “empoderar.” Sob a minha foto, eu não quero nenhuma legenda, nenhum rótulo que me classifique em um dos lados da idiotia reinante neste país. Prefiro ser simplesmente quem eu quiser ser, uma dona de casa, uma professora, esposa, membro da família, amiga, uma pessoa apenas, e que não quero nem saber se me acham recatada ou “empoderada.”
Mas, se eu fosse escolher um dos lados, eu certamente preferiria ser recatada a sair por aí tirando as calças no meio da rua para defecar sobre fotografias de políticos ou seja lá de quem for. Prefiro ser “do lar” a cuspir no rosto de outra pessoa. E acima de tudo, prefiro não aparecer em fotografias segurando garrafas de bebida alcoólica e me comportando como um homem imbecil, achando que assim estarei assegurando meu “direito de ser livre e de ser mulher.”
Precisamos abrir os olhos e perceber que estamos adentrando o palco do ridículo, e que a plateia que está aplaudindo perdeu completamente a noção de tudo.
O equilíbrio e senso de ridículo estão faltando !Cada uma!bjs, chica
ResponderExcluirO mundo perdeu, de vez, o senso e a noção de tudo.
ResponderExcluirNossa, estou por fora destes títulos,rsrs, "empoderadas" ou "recatadas"!
ResponderExcluirAprendi aqui!
Abraços linda amiga!
Pior é saber que ainda existe público pra tais coisas.
ResponderExcluirporralouquices.blogspot.com.br
Wow...life's absurdities taking the place of sense?
ResponderExcluirThis is brilliant, Ana...I found it totally absorbing...and it certainly made me stop and think!
Have a great day.:)
É claro que também repudio tudo isso que você citou, as pessoas perderam o senso do ridículo. Mas estamos falando apenas da parte final da coisa, tudo isso começou em 2014 após as eleições. Cada pessoa que ficou destilando ódio, principalmente nas redes sociais, tem culpa nisso, é parte integrante nisso, nessas cusparadas e defecadas. Repito, sou contra, mas, indepentendemente de partido político, time de futebol ou religião, se eu estivesse com minha esposa, namorada, irmã, e alguém que nunca vi na vida, a xingasse do jeito que xingaram, me chamasse de ladrão... íamos os dois para a cadeia , eu não cuspiria, , pois daria logo uma porrada na cara, mesmo que ele me desse dez porradas depois porque nem brigar eu sei, e eu nem gosto de violência, mas tenho sangue na cara. Nesse caso específico estou com o José de Abreu, e nem sou fã dele porque não gosto de novela, novela é fator de alienação. Sobre as mulheres... prefiro belas... não tão recatadas... e do “bar”.
ResponderExcluirEstou lutando por respeito, não por títulos, muito menos rótulos, sejam eles quais forem.
ResponderExcluirSe nós, mulheres em situação de risco, aceitarmos caladas, o que alguns "homens" estão fazendo conosco, seremos enterradas em pouco tempo.
Pelo que falam de mim, não sou bela, nem recatada, mas isso não me impede de querer viver de maneira digna, denunciando o MP que se omitiu, quando denunciei os abusos praticados contra minha pessoa.
Fui muito maltratada, torturada e violentada, nem por isso me despi, cuspi ou sujei a rua ou o que seja.
Não quero títulos, quero respeito, como um ser humano que viveu no inferno, mas luta para se levantar, luta pelo direito de viver livre e em paz!
Clamo para que a Justiça não seja cega, negando nosso direito à vida! Ninguém merece ser agredida e a Justiça se omitir como se não houvesse nada.
No quadro político, estão tentando de todas as formas, desmerecer as mulheres e isso está evidente. Não podemos nos deixar levar por onda revanchista.
Todo cuidado é pouco nesta hora.
Luto por respeito, a quem for diferente, em qualquer aspecto! Não é justo nos condenarem, simplesmente, por ser mulher!
Obrigada, Ana, sempre muito sensata em seus textos, feliz semana, abraços carinhosos
Maria Teresa
Parece que a gente tem que ter uma posição, um rótulo. Bem. temos que ter liberdade, mas essa liberdade se adequa a um padrão! É ambíguo como o batom vermelho - liberdade sexual, mas por outro lado continua sendo um padrão. Amei, seu texto me representa!
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