witch lady

Free background from VintageMadeForYou

terça-feira, 1 de março de 2016

A ÁRVORE CAÍDA










As folhas arrastadas pelo vento
Crepitavam no asfalto quente.
Na beira da estrada, o tronco caído.
Galhos murchando de tristeza
Querendo ser novamente sombra, abrigo de aves,
Mãe de muitos frutos,
Origem, flauta de brisa, descanso...

Passei sobre seu manso morrer,
Silencioso e lento,
E o que mais me feriu, foi o seu silêncio,
Que não se queixava, e a ninguém culpava!

Doeu-me, porém, relembrar, e calar, e saber
Que cada um de nós
Ergueu o machado fatal e amputou um galho,
Dia após dia, palavra por palavra,
De olhos abertos, de olhos fechados,
Até a queda fatal, o último talho...





5 comentários:

  1. Destruímos o q é natural e depois reclamamos ... colhemos o q plantamos ...

    ResponderExcluir
  2. Emociono-me sua poesia ... A natureza caída, destruída...
    Um abraço. Élys.

    ResponderExcluir
  3. Na poesia, sempre brilhante, uma verdade inquestionável, Ana. Bjs.

    ResponderExcluir
  4. Bela poesia. Com uma pitada de tristeza e outra de advertência.

    ResponderExcluir
  5. Bonito Ana, buscou lindo e fundo na fenda que seiva escorria.
    Abraços com carinho.

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua presença! Por favor, gostaria de ver seu comentário.

Parceiros

ESTRANHEZA

  Eu sou de outro país, De outra época, há muitos anos, Milênios, talvez. Não sei quem me fez, Mas jamais me esqueci De quem me de...