As folhas arrastadas pelo vento
Crepitavam no asfalto quente.
Na beira da estrada, o tronco caído.
Galhos murchando de tristeza
Querendo ser novamente sombra, abrigo de aves,
Mãe de muitos frutos,
Origem, flauta de brisa, descanso...
Passei sobre seu manso morrer,
Silencioso e lento,
E o que mais me feriu, foi o seu silêncio,
Que não se queixava, e a ninguém culpava!
Doeu-me, porém, relembrar, e calar, e saber
Que cada um de nós
Ergueu o machado fatal e amputou um galho,
Dia após dia, palavra por palavra,
De olhos abertos, de olhos fechados,
Até a queda fatal, o último talho...
Destruímos o q é natural e depois reclamamos ... colhemos o q plantamos ...
ResponderExcluirEmociono-me sua poesia ... A natureza caída, destruída...
ResponderExcluirUm abraço. Élys.
Na poesia, sempre brilhante, uma verdade inquestionável, Ana. Bjs.
ResponderExcluirBela poesia. Com uma pitada de tristeza e outra de advertência.
ResponderExcluirBonito Ana, buscou lindo e fundo na fenda que seiva escorria.
ResponderExcluirAbraços com carinho.