ELLE
Diretor: Paul Verhoeven
Com: Isabelle Ruppert, Laurent Lafitte, Anne Consigny e outros.
Lançamento: 17/11/2016
Gênero: suspense
Sonny Pictures
Nacionalidade: Franco-alemã
Premiado com o César em 2016 nas categorias melhor filme e melhor atriz (Isabelle Ruppert)
Michèle Leblanc, brilhantemente interpretada por Isabelle Ruppert, é um caso a se pensar. E pensar muito! Ela é o tipo de pessoa que adoramos ver em um filme, mas que raramente suportaríamos ter em nosso círculo de amigos (ou de inimigos) na vida real.
Ela é um poço de controvérias: extremamente moralista em relação à mãe, mas dorme com o marido de sua melhor amiga e sócia; sofre um estupro dentro da própria casa, mas ao invés de reportar o caso à polícia, torna-se amante de seu estuprador; não quer mais saber do ex-marido, embora sejam amigos, mas morre de ciúmes de sua atual namorada. Michèlle Leblanc, cujo pai está na prisão há quase 30 anos por ter matado em uma só noite 27 pessoas, seis cachorros e dois gatos (mas estranhamente, poupando um hamster) traz na veia algumas gotas de maldade. Herança genética?
Apesar de estar classificado sob a categoria “suspense,” o filme Elle me fez rir muitas vezes. Porque o bizarro surpreende, distrai, enfim, o filme é uma viagem de mais de duas horas pela vida de uma personagem egocêntrica que tem certeza que o mundo gira em sua volta – e ele gira, na verdade. Ninguém pode prever qual será a atitude dela diante dos fatos que se desenrolam. Quando esperamos por uma determinada reação, ela dá a volta e faz coisa totalmente diferente. Implacável diante das pessoas de quem ela não gosta, Michèle é capaz de humilhá-las da maneira mais sutil, de modo que só elas mesmas possam perceber, enquanto os demais estão distraídos e totalmente envolvidos pela sua personalidade forte, extremamente sexy e absorvente. Cenas que nos fazem gargalhar, mas apenas quando as presenciamos através de uma tela. Pessoas como Michèle, na vida real, são intoleráveis.
A cena da festa de natal vale ser vista mais de uma vez. O filme todo merece ser assistido mais de uma vez – e eu o fiz duas vezes, dois dias seguidos. Não é muito fácil rever, logo no dia seguinte, um filme que tem mais de duas horas de duração. Na verdade, isso nunca me aconteceu antes. Mas existe alguma coisa em Michèle que nos atrai e nos repudia com a mesma força. É possível adorá-la em uma cena e odiá-la cinco minutos depois. Quando o filme terminou, eu fiquei olhando para a tela, lendo os créditos, ainda tentando entender o que eu tinha acabado de assistir. A história é uma mistura de encantamento, indignação, surpresa, raiva, e muitas, muitas gargalhadas.
O final é impactante. Mais impactante ainda, é a postura de Michèle diante do que acontece. E é claro, no fim de cada história, ela sempre consegue afirmar seu fascínio sobre as outras pessoas, não importa o que ela faça. Embora não tenha estudado psicologia, pude sentir ali alguns traços de psicopatia, alternados e emaranhados a sentimentos de ternura bizarros – ou dissimulados?
Um filme imperdível, embora esta frase seja um clichè.
Gostei da dica! Feliz 2018
ResponderExcluirOlá Ana! Obrigado pela sugestão! Não conhecia e será um dos primeiros filmes que assistirei em 2018!
ResponderExcluirAbreijos e votos de um Feliz e Próspero Ano Novo! :D
Deve ser um filme muito bom!! Vou tentar ver nas férias.
ResponderExcluirAna, um feliz Ano Novo, que Deus possa lhe abencoar ainda mais, muita paz, amor e felicidade, que nesse ano que se aproxima possamos fazer de cada dia um novo começo, lutando sempre para sermos melhores e que a cada dia possa viver sempre esse recomeço. Tudo de melhor!!
Puxa! Fiquei curiosa para assistir.
ResponderExcluirOlá.
passando para agradecer sua amizade.
Hoje a mensagem será igual para todos os meus amigos pois o que desejo a você, desejo para todo o Universo. E o motivo é muito forte e belo: somos todos filhos do mesmo Pai Maior.
Desejo a você e sua casa, um Ano Novo cheio de Paz, Amor e Benevolência.
Feliz Ano Novo!
Interessante Ana com sua analise e resumo.
ResponderExcluirMas ver duas vezes seguidas creio ser arte mesmo.
Em tempo meu muito obrigado pela companhia nas redes e fechar mais um ano de sintonia desde de 2010 lá e aqui e agora acolá no Instagram.
Feliz seja de verdade o 2018 com novas atitudes e esperanças de uma mudança neste país que faça voltar o riso, a dignidade.
Abraços.
Bjs de paz.
Te desejo Feliz Ano Novo para você e sua família!!!! Que 2018 venha cheio de boas surpresas! Que seja um ano de paz, saúde, amor, fé, união, alegria, compreensão, respeito, perdão, prosperidade, conquistas e temor à Deus que é o princípio da vida e da sabedoria!
ResponderExcluirPelo resumo aqui feito, deve ser excelente. A ver se não perco.
ResponderExcluirUm de 2018 muito bom.
Uma boa semana.
Beijos.
Li ótimas críticas deste filme, a Isabelle Huppert ganhou um Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar por esta atuação, então já deve ser um ótimo filme, vou assistir na primeira oportunidade que eu tiver. Aproveito aqui para desejar um 2018 repleto de grandes realizações, saúde, sucesso e amor!
ResponderExcluirTenha uma ótima semana.
Lamento, mas não aprecio 'thrillers'...
ResponderExcluirPorém, embora tenha percebido que não gosta de 'passagens de ano' quero desejar-lhe um ótimo 2018...
Saudações amigas.
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Gostei muito da dica.
ResponderExcluirQue esse ano seja venturoso e abençoado! Agradeço seu carinho aos meus espaços e que continuemos nesse caminhar construtivo e que faz bem demais, amigos é preciosidade.
Beijos no coração!
Depois de um breve recesso estamos de volta.
ResponderExcluirFeliz 2018!