Existe uma palavra
Cuja pronúncia faz desabar pontes,
E um sopro de pensamento que a contenha
Fecha todas as janelas,
Tranca todas as portas.
Existe uma palavra morta,
As mãos cruzadas sobre um peito vazio,
Uma palavra que morreu de frio
E fica de cócoras, à beira do caminho,
A assombrar qualquer pessoa
Que tentar chegar.
Existe uma palavra azeda, maldita,
Que vem de um sentimento mortal
Para qualquer relação,
Uma palavra que faz brotar o mofo
Dentro de cada coração.
Não ouso dizê-la – sequer penso nela,
Que esta palavra fique trancada lá fora,
E que jamais chegue a mim
O bafo fétido do seu funesto fôlego,
O trôpego passo do seu andar travado,
Que deixa tudo tristemente abandonado,
E deixa entre os caminhos apenas folhas secas.
Ana menina que bom que estou conseguindo, dia atrás li o magnifico texto sobre a teoria da culpa, mas nada de conseguir comentar, o comentário não ia de jeito nenhum, agora hoje estou conseguindo, este teu poema é forte e reflexivo, deixa-me sem palavras, ler e reler, belo e intenso, bjos Luconi
ResponderExcluirUm dia tudo seca....tudo se transforma.
ResponderExcluirIsabel Sá
Brilhos da Moda
LIndo demais, e como é verdade há palavras que trazem vida e também podem matar. A palavra gera morte e luz, cabe a nós saber falar. Vem ver meu blog
ResponderExcluirAs palavras produzem muitos efeitos.
ResponderExcluirE as folhas podem ser muito sedusas
e um dia ficarão secas.
Bjs.
Irene Alves