Essas almas que me chegam
Com seus corações quebrados
Que eu pego com cuidado
Na concha da minha mão...
A tristeza de saber
Que não posso consertá-los!
Então, eu tento assoprá-los
Para que não ardam tanto.
E elas me falam de tudo
Que se chama desencanto,
E eu empresto meus ouvidos,
E às vezes, as palavras;
(-Saem mais aliviadas
Ou será só ilusão?)
Essas almas que me chegam
Derramando em meus espaços
As tristezas represadas,
E o cansaço dessa vida
Que às vezes, é madrasta,
-No final, todas se vão...
Um dia, eu passo por elas,
E nossos olhos se encontram...
Muitas vezes, nem palavras,
Nem sequer um cumprimento;
Entre o vento que separa
Nossas almas já estranhas,
Um silêncio constrangido
Pelo que foi partilhado
Naquele tempo roubado,
Naqueles raros momentos.
Quando se perde o encanto nada mais nos espera de bom.
ResponderExcluirBeijão
Ana Bailune
ResponderExcluirA forma do poema prende, no entanto e apesar da beleza, e acho marcado por expressões de certo desânimo. Se isso da natureza de vários poetas, não será da tua. Será apenas diversidade de pensamento poético?
Beijos
A poesia e a imagem me agradaram.
ResponderExcluirDesejando que se encontre bem
deixo um beijinho.
Irene Alves