Ah, soldadinho de chumbo,
Não és mais o mesmo!
O azul descascado da farda
De tanto segurá-lo entre as minhas mãos!
Os olhinhos de alfinete
Já desbotaram,
Mas as botas pretas e retintas
Guardam a glória
Que ainda te sobrou!
Ah, soldadinho de chumbo,
Como, nos dias de infância,
Alegraste o meu mundo!
Eu te segurava, e tu andavas
Ao longo do áspero muro
Que circundava minha casa,
E depois, eu te esquecia
Sobre o gramado, e ficavas
Sozinho, enquanto chovia!
Ah, soldadinho de chumbo!
Ainda guardo memórias
De quando éramos unidos!
Eu te punha na cadeira,
Te ensinava uma lição
Enquanto apontava a lousa...
Meu aluno de brinquedo,
Ando pensando em derretê-lo,
Transformá-lo em outra coisa...
Qta saudade! Lembrei aqui dos 3 que eu tinha e que eu os nomeei como os 3 Mosqueteiros.
ResponderExcluirQto lirismo querida amiga.
Beijão
Ana Bailune
ResponderExcluirLer o poema e reler, mesmo tendo, como tema o morto, é uma boa opção, já que a poetisa, também aqui mostra os seu apreciáveis recursos poéticos.
beijos