Ela era fina sobre a superfície,
Qual pena de cisne em lago de nenúfares,
Refletia o céu nas pupilas oblongas
Quais as da serpente, quando se arrufa.
Ela era fina e escorregadia,
Não se dava conta de sua alma vadia...
Ela era tão fina, e no entanto, demente,
Fruto apodrecido da mais vil semente.
Ela era fina, mas se abria a boca,
O ar se cobria de odor nauseabundo:
Da sua malícia e maldade, brotavam
Palavras torcidas que arranhavam o mundo.
Ela era fina, pregava moral
Discursava sempre sobre o "bem" e o "mal..."
Mas suas verdades tão fracas, tão frágeis,
Não sobreviviam a um outro arrebol.
Ela era tão fina, que enganava a muitos...
Apontava o dedo com a unha suja
Do que há segundos, ela retirara
De um local escuro, fétido e profundo...
Fina flor da hipocrisia. Isto me lembra tanta coisa atual...
ResponderExcluirHá gente assim, minha amiga, se há.
ResponderExcluirVou estar algumas semanas ausente da Net
e quero desejar-lhe a si e sua Família
um Feliz e Santo Natal.
Bjs.
Irene Alves
Somos todos com nossas ambiguidades.
ResponderExcluirbjokas =)
Como é triste encontrar pessoas assim!! Um belo poema, Ana! Bjs.
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