Eu disse adeus abstersa,
Num gesto, deixei de olhar...
Fechei a porta entreaberta
A quem não queria entrar.
Eu disse adeus sem chorar,
Sem dramas, sem rompimentos,
Ficou pairando no ar
O fio de um sentimento.
Eu disse adeus num gemido,
De sopro quase inaudível,
Ficou perdido o sentido
De um sonho não mais plausível...
Eu disse adeus porque quis,
Pés nús sobre o frio chão
Do solo tão duro e gris
Da minha desilusão!
Eu disse adeus sem lamentos,
Parti sem voltar o rosto
A quem cultivou tormentos,
A quem destilou desgoto.
Eu disse adeus em silêncio,
Lamentando a indiferença...
Meus passos soaram tensos
Nas lajes da mal-querença.
Eu disse adeus, e é tudo
O que eu podia dizer...
E quem permaneceu mudo,
Não há de me ver morrer.
Como diz a canção:
ResponderExcluirAdeus ... Cinco letras que choram, num soluço de dor ...
Amiga linda Ana, lindo poema, dizer adeus é muito triste, mas às vezes é preciso, a lembrança do Paulo também é a minha ao ler aqui, me lembrei da canção!
ResponderExcluirMas estão muito bem colocados os versos rimados com inspiração, amei ler!
Abraços apertados!
Boa noite Ana.
ResponderExcluirMuito lindo e dolorido... (Talvez porque tenha falado intimamente comigo)
Algumas vezes se faz necessário.
Parabéns pelo labor, abraço.
O ritmo da poesia , não nos deixa ensombrar pela nostalgia do conteúdo porque a musicalidade emudece toda a tristeza
ResponderExcluirBeijinho
Bom dia, Ana!
ResponderExcluirMuitas vezes é necessário dizer, mas mesmo assim, a dor é intensa... Que belos versos!
Abraços esmagadores e lindo dia.
As vezes o adeus é dito de diversas formas.
ResponderExcluirbjokas=)
Pode haver sutileza no adeus, mas sempre será uma forma dura da cisão.
ResponderExcluirBonito trabalho Ana com toda sua arte.
Carinhoso abraço e boa semana amiga.