A noite foi longa e muito escura,
E os fantasmas passeavam,
Arrastando suas correntes longas e pesadas
Pela madrugada,
fazendo sangrarem as lembranças
Das feridas que eu já pensava
Cicatrizadas.
A noite foi tão dolorida,
A vida gritando entre as batidas
Das horas que, cruelmente,
A engolia...
Foi uma noite longa, longa,
Que deixou a alma cheia de sombras.
Mas no dia seguinte,
O sol surgiu, como sempre,
Os pássaros cantaram sobre os galhos,
A neblina dissipou-se com o avanço da manhã,
E os carros passaram,
Os trabalhadores começaram seu dia
Com sons de marteladas
E risos que soavam entre os serrotes
Que cortavam, em pedaços, a faina do dia.
A noite, de repente, pareceu-me distante...
O Dia seguinte sempre deixará o hoje no passado ...
ResponderExcluirEla fica, realmente, distante, quando o dia chama nosso olhar para outras coisas. Lindo, Ana!
ResponderExcluirBoa noite, Ana.
ResponderExcluirBem linda a poesia. Nada há de perdurar por muito tempo, tudo realmente passa, absolutamente!
Ainda bem que quando o dia amanhece podemos sorrir novamente após uma noite longa de aflição.
Tenha uma semana de paz!
Beijos na alma!
Ainda bem que a noite foi esquecida, Ana.
ResponderExcluirPor vezes, convém não apagar a luz...
Um beijo.
Todo dia é dia de recomeçar
ResponderExcluirbjokas =)
Olá Ana,
ResponderExcluirA luz da alvorada é lenitivo para noites assombradas. Nas madrugadas, os fantasmas costumam despertar memórias menos felizes ou aumentar a intensidade das dores da alma, o que alonga as noites, que parecem intermináveis. Contudo, o novo dia é sempre regenerador.
Lindo!!!
Beijo.
A nossa grande esperança é que, sempre há um novo alvorecer!
ResponderExcluirLindo, Ana!
Obrigada, abraços carinhosos
Maria Teresa
Belíssimo!
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