witch lady

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Haikais











Sino de vento
Corta a brisa e o momento
Tilinta de dor.

*
Três nuvens no céu
Levadas pelo vento
Sumindo no azul.

*

Triste sabiá
Que sem cauda e sem canto
Vem me visitar...
***

Lixando a Grade





Há quanto tempo escuto o ruído do rapaz que lixa a grade na casa vizinha? Mais de duas semanas, eu acho... e nem é uma grade muito grande... fica na porta da cozinha, e deve ter mais ou menos um metro de comprimento. Barrinhas de ferro paralelas e espaçadas. E ele lixa, lixa, lixa... arranca toda a tinta antiga, com paciência e eficiência, mas sem nenhuma ciência. Acho que ele medita. Não tem pressa de acabar.

Eu mesma, já não consigo controlar a ansiedade de ver a grade pintadinha de novo. Mas o homem apenas lixa, lixa, lixa. 

Antes, era o ruído de uma faquinha que ele usava para arrancar a camada mais grossa da tinta envelhecida. Aliás, várias camadas, todas sobrepostas, por anos e anos de pintura inadequadamente feita. Porque os pintores anteriores não lixaram a tinta velha antes de passarem a nova. E a faquinha batia no ferro, compassadamente, quebrando o silêncio da manhã, entrecortada pelos passarinhos. 

Uma visita me perguntou que barulhinho era aquele, e eu mostrei a ela o homem que raspava (agora, o homem que lixa). 

Penso: "Por que ele não usa logo um maçarico e acaba com isso? Quem, afinal, se importará se uma gradinha de nada como aquela foi totalmente lixada, a tinta velha totalmente removida? E se fosse uma grade extensa, medindo quilômetros, como a do meu outro vizinho?" Mas ele, alheio às minhas especulações, concentra-se em seu trabalho de lixar.
O homem que lixa está se lixando para o mundo...

domingo, 26 de agosto de 2012

Matéria dos Sonhos








O capim não cresce à toa
Por onde os sonhos pastam.
Há que se cultivar bem
O solo, plantando as sementes
Cuidando para que não as levem
No bico, os pássaros.

Há que se cultivar com cuidado
O alimento do sonho
Para que não mingue,
Para que não morra  
De fome.

Alimentado e crescido,
O sonho, para ser real,
Às vezes  precisa aprender
A ignorar as profecias
Do Mal.

E, se sobreviver,
Antes de tornar-se real,
Deve o sonho ser aquecido
Bem junto ao coração que pulsa,
E que lhe dê coragem
De ganhar espaço.

Ás vezes, é preciso cortar laços.

Mas um sonho perdido em um campo vazio,
Sem que ninguém o alimente,
É apenas um sonho morto.
Reanimá-lo? Nem tente!

Viver é Sentir








Enquanto escrevo,
O sol me aquece as costas,
Raios entrando pela janela
Deitando sobre o teclado...

Sinto o seu calor,
Ouço os sons lá de fora:
Passarinhos, carros, pessoas,
Vejo uma borboletinha
Que voa.

Viver é sentir,
E eu sinto
Exatamente agora
O momento que vivo.

sábado, 25 de agosto de 2012

Muito Obrigada!








Muito Obrigada!
Meu blog atingiu 20 mil acessos em menos de cinco meses. Para alguns, este número pode não parecer nada, mas para mim, é o resultado do carinho e do reconhecimento das pessoas que me acessaram. A elas, meu mais sincero obrigada! 
Quando comecei meus blogs, não tinha nenhuma expectativa... confesso que até temia um pouco ser totalmente ignorada, como aconteceu em 2008, quando tive minha primeira experiência com um blog, que abandonei e restaurei há pouco tempo, o "Lado do Avesso," que não é meu blog favorito, e sim, meu lugarzinho de catarse.
O Liberdade de Expressão foi construído em ocasião de minha saída do Recanto das Letras - para onde acabei voltando, mas gostei tanto do formato dos blogs (que antes eu detestava) e da liberdade que eles nos proporcionam, que decidi ficar, e considero o blog meu principal espaço na internet - acima do Recanto e do Facebook. É aqui que eu me sinto mais à vontade. 
Adoro ler outros blogueiros, pois sinto que a mesma liberdade que eu tenho, eles também tem. Postamos nossas fotos, textos, pensamentos... indicamos as pessoas que mais gostamos, em  perfeita interação. 
Temos a opção de desligar-nos daqueles com quem não nos identificamos. Eles continuam seus caminhos, e nós, os nossos. 
Podemos postar nossos vídeos favoritos, links para outros sites, enfim, temos toda a liberdade de fazermos aquilo que bem entendermos! E o melhor: de graça. Não precisamos pagar assinatura ou mensalidade.
Ou seja: é bom demais!
Obrigada a vocês que me visitam, muito obrigada!



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cuidado com o que Você Pede...






Cuidado com o que você pede...


Tem gente que acha que não devemos pedir nada ao orarmos, pois Deus sabe de antemão e muito melhor do que nós mesmos, daquilo que precisamos. Tá bom; concordo até certo ponto. Mas não foi Cristo quem disse que tudo aquilo que fosse pedido em Seu nome, seria atendido?

Bem, eu acho que Ele falou sério. Por isso, sempre peço, tanto por mim quanto pela saúde de meus entes queridos (e nem-tão queridos assim...). E acreditem ou não, quando peço por mim mesma, quase sempre sou atendida. Talvez isso nem sempre aconteça quando peço por alguém, porque a pessoa pode não querer para si a mesma coisa que eu. Eu costumava pedir coisas para os outros, e os resultados eram quase sempre desastrosos, pois eu pedia coisas sem levar em consideração a vontade alheia; então, parei com isso. Hoje, peço apenas saúde e paz e prosperidade para todo mundo. 

Mas como eu ia dizendo, eu quase sempre tenho sido atendida em minhas orações. Ou melhor, até hoje. Nem sempre no momento em que desejo, ou da maneira que desejo, mas quando olho para trás, seja o resultado bom ou desastroso, sempre chego à conclusão de que obtive exatamente aquilo que pedi. 

Isso seria muito bom, se eu fosse esperta o suficiente para, algumas vezes, não pedir coisas estúpidas. 

Por exemplo: um dia, cansada de fazer minha faxina, comentei com meu marido: "Há quanto tempo ninguém faz nada para mim... gostaria que alguém servisse meu jantar, lavasse minhas roupas..." Meses depois, caí doente, e tive que contar com a ajuda de outras pessoas para servir-me o jantar, lavar minhas roupas... 

Numa outra ocasião, eu queria tanto uma determinada coisa, que esqueci de pensar se aquilo seria bom para mim. Lutei, bati o pé, e apesar de tudo estar me conduzindo a um outro caminho, não sosseguei enquanto não consegui o que queria. Foi o maior desastre de minha vida! Perdi tempo, dinheiro, paz de espírito e não obtive nada em troca, a não ser uma grande dose de frustração e aborrecimentos! 

Mas sempre é diferente quando eu peço com fervor e deixo que a vida me guie até aonde eu quero. Nessas ocasiões, pode levar tempo, anos até, e nem sempre acontece exatamente da forma que eu queria, mas quase sempre acontece, e de forma bem melhor... 

Acredito que o pensamento tem força, e mexe com as energias à nossa volta. Quando desejamos algo ardentemente, e fazemos um movimento para obter o que queremos (desde que isso não vá ferir ou prejudicar outra pessoa), o universo se mobiliza para nos trazer aquilo que queremos. Não é muito fácil alinhar nossos desejos de acordo com aquilo que merecemos, mas quando conseguimos fazer isso, parece que os caminhos se abrem. De nada adianta pedir para ser alguma coisa que não tem nada a ver com meu caminho aqui nesta terra. Isso seria estúpido e pretensioso. Tenho que conhecer bem a mim mesma, alinhando meus desejos com o que o universo espera de mim. Não é como ter talento para música e querer ser artesão. Posso até conseguir, mas serei um artesão medíocre. 

As pessoas gostam de usar a palavra "luta" para definir a vida. Tenho até calafrios quando escuto uma coisa dessas, pois se eu acredito que vim aqui para lutar e sofrer, minha vida será exatamente assim. Prefiro associar à vida a palavra "fluir". A vida é um fluxo, quando não entupimos o caminho com nossas idéias absurdas. 

Também de nada adianta pedir as coisas em oração e achar, ao mesmo tempo, que não as merecemos, ou que o Reino dos Céus só pertence aos pobres. Dessa maneira, estarei fazendo dois pedidos controversos, e as forças opostas da minha oração anularão a si mesmas. Por exemplo; conversando com uma pessoa que sofre dores horríveis devido a uma doença crônica, mas que é portadora de grande fé em Deus, perguntei-lhe se ela pedia, em suas orações, para livrar-se da dor. Ela imediatamente respondeu-me que não, pois achando-se merecedora de suas dores, apenas era digna de pedir a Deus que a ajudasse a suportá-las. Ou seja, ela obtém exatamente aquilo que vem pedindo. 

Precisamos, sempre, prestar atenção, tanto às nossas palavras quanto aos nossos pensamentos. Um anjo mensageiro pode estar passando bem ali, naquela hora em que estamos pensando... 




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os Pássaros e o Bullying





Aqui em casa, as portas e janelas estão quase sempre escancaradas. Gosto do ar fresco circulando pela casa, e adoro a vista do jardim e das árvores e montanhas que há por aqui. Bem, mas de vez em quando, a natureza entra em casa sem ser convidada...

Há alguns dias, eu estava trabalhando quando ouvi um farfalhar de asas e o barulho de algo que se jogava contra o vidro da janela da sala de jantar. Corri para ver - já sabendo o que era, pois isto é muito comum aqui em casa - e deparei com um sabiá apavorado, tentando sair. Ele se agarrava na cortina, jogando-se contra o vidro da janela. Como sempre, aproximei-me devagar tentando pegar o pássaro, mas ele voou para longe, 'sujando' as paredes e tapetes da casa... deu um trabalho enorme para limpar tudo depois... bem, mas voltando à aventura aviária: finalmente, consegui pegar o sabiá - que passou a gritar e tentar bater as asas, como se eu fosse, não a sua salvadora, mas um gigante faminto e cruel que ia devorá-la a qualquer momento.

Para abrir a janela, tive que segurá-lo com apenas uma das mãos, mas com medo de feri-lo, acho que afrouxei demais a mão, e ele saiu voando pela fresta aberta da janela; até aí, tudo bem... se ele não tivesse deixado, em minha mão, todas as penas da sua cauda!

Lamentei demais o fato.

No dia seguinte, eu estava trabalhando em minha salinha de aula quando avistei um sabiá sem cauda pousado no muro, me olhando. Logo identifiquei minha pobre vítima. Ele me olhava insistentemente, e senti (ou foi impressão minha?) um certo ar de acusação em seus olhinhos de cabeça de prego.

No domingo passado, meu marido me chama para ver o pobre sabiá sem cauda sendo brutalmente surrado por dois outros sabiás. Toda vez que estes dois 'passam' por ele, caem de bicadas, talvez devido à sua aparência diferente  dos demais pássaros da espécie. 

Resultado: meu pobre amigo está hoje sem cauda, com um dos olhos semi-abertos (ferido) e algumas penas erguidas, como se estivessem espetadas no corpo. Vive das bananas e pedacinhos de pão que jogo para ele, e tem dificuldades em voar. Mas está vivo.

Pois é... às vezes, tentando ajudar, acabamos prejudicando. E é por isso que dizem que de boas intenções, o inferno está cheio.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Águas Turvas





Narciso não afogou-se,


A história é mentirosa... 


Tentou colher uma rosa 


De sua adorada imagem 


Caiu n'água, mas nadou 


Conseguiu chegar à margem... 



Mas a água agitou-se 


Com suas braçadas fortes... 


E ao tentar rever a rosa, 


Pensou ver ecos da morte... 



Narciso apavorou-se, 


E quanto mais medo tinha, 


Mais ele agitava a água, 


Que mais turva se tornava! 



Assim, pensou ver fantasmas 


Que estavam em sua mente 


E empunhando uma espada, 


Lutou contra toda gente... 



E quanto mais ele lutava 


Mais turva a água ficava! 


Perdeu-se de sua imagem 


Pela qual se apaixonara... 



Estúpida criatura, 


Toda cheia de vaidade! 


Se ele se aquietasse, 


A lama se acalmaria... 


E a saudade que sentia 


De si mesmo e do futuro 


Talvez se apascentasse...


terça-feira, 21 de agosto de 2012

CAMINHO



Já passamos por este mesmo caminho diversas vezes. Tantas, que eu sei exatamente o que vamos encontrar após cada curva, e que não importa o quanto este caminho esteja escuro e amedrontante, acabaremos chegando do outro lado sãos e salvos, como das outras vezes. Então, por que temê-lo?

Também sei que podemos permanecer aqui por mais ou menos tempo, mas sempre encontramos a saída, e não estamos sozinhos. Nós temos um ao outro e temos os que nos amam.

O mais importante, é que saiamos deste caminho cada vez mais fortes, e que usemos a experiência para que um dia não mais precisemos passar por ele.

                                                                 *   *   *    *    *


O  Por-do-Sol 
Nunca é o mesmo,

Há novas cores,
Novas nuances,
Novos instantes...

Um novo alguém
Assiste, todas as tardes,
A  um novo por-de-sol...





segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CERTEZAS






Existe em mim uma certeza
Que jaz além da certeza,
E uma beleza que descansa
Além da própria beleza...


Há uma rainha que reina


por cima da realeza,
E uma alegria que chora
Por sobre a minha tristeza...

Existe um campo minado
Que explode a cada sorriso,
Existe um reino encantado
Além do peito ferido,

Existe um grito contido
Retido, pronto a nascer
E um choro preso, contrito,
Que ainda há de escorrer...

Para tudo, o seu momento,
E para o momento, o instante...
Nada vem muito depois,
Nada chega antes do antes...

A resposta é uma incógnita,
Mas uma alma avarenta,
Tenta sempre derramá-la
Em cima da minha mesa.

A prostituta certeza
Saiu, e não mais voltou...
Levou consigo uma parte
De tudo aquilo que eu sou.

Eu Vejo o Sol





Caminho a teu lado,
E o sol espalhado
Nas copas das árvores,
E sobre os telhados.

E tu nada vês,
Olhar embaçado,
E o azul  entristece
Teu peito rasgado...

Eu olho uma flor,
Te falo de amor,
Te mostro a beleza
Além da tristeza...

Mas tu não escutas,
Perdido em ti mesmo
Perdido de si,
Tão longe de mim...

Desisto, e enfim
Voltamos pra casa,
O dia está triste,
Tu ficas em ti

E eu fico em mim,
Querendo viver,
Estendo-te  a mão
Mas já não me enxergas...

Perdido nas trevas
Tão enregelado,
Olhar mareado,
Coração fechado.

sábado, 18 de agosto de 2012

Almas Atormentadas - Conto de terror







Era um velho manicômio, já desativado. O prédio de paredes que outrora foram brancas, encimava a colina com suas janelas banguelas de vidraças, e havia apenas um vigia noturno, que de vez em quando, fazia a ronda em volta do prédio (apenas para justificar seu salário de vigia), quando não tinha mais o que fazer. Mas mesmo ele, jamais tivera coragem de adentrar o prédio, pois havia muitas histórias horríveis sobre aquele local.
 
 Histórias que falavam de suicídios, choques elétricos, aprisionamentos em solitárias, serial killers em camisas de força que eram jogados para todo o sempre em celas não-acolchoadas, para que batessem suas cabeças contra a parede até que morressem com as mesmas arrebentadas. 
 
Até que a modernidade veio, questionando os métodos de ‘cura mental’ usados naquele manicômio, que acabou sendo desativado.
 
Todos se foram: loucos, médicos, enfermeiros. Mas havia uma única cela, na qual ninguém jamais entrava; a comida e a água eram empurradas para dentro através de uma abertura na base da porta de ferro. Se alguém olhasse para dentro, através da nesga de vidro, veria lá um homem solitário, de cabelos desgrenhados, unhas compridas e pontudas, olhos vermelhos e injetados. Cumpria sua pena como o louco que assassinara mais de vinte mulheres. Era um serial killer perigoso.
 
Seu nome? O mais comum e confiável possível: Justino. Mais conhecido como Justino, o Matador.
 
O último enfermeiro que tentara dar-lhe um banho, acabou perdendo o nariz, que ficou entre os dentes de Justino. Uma das enfermeiras, ao tentar dar-lhe uma injeção calmante, fora estrangulada. Ele conseguia soltar-se das camisas de força que o prendiam, tal a sua enorme agilidade e força física. Mesmo quando ele era alvejado, de longe, por tranqüilizantes, como se fosse um animal selvagem, o efeito dos mesmos era muito mais curto do que em pessoas normais. 
 
Por que não o deixavam morrer, como faziam com vários outros? Porque Justino era filho adotivo de um magnata do petróleo, que pagava caro para que ele fosse mantido vivo. Este magnata era tutor do rapaz, e enquanto ele permanecesse vivo, receberia uma imensa fortuna, que seria imediatamente doada à caridade em ocasião de seu passamento. 
 
Assim, a lenda de Justino, O Matador, corria pelos corredores do hospital. Ninguém se atrevia a chegar perto dele, e decidiram que fariam apenas o mínimo para que ele permanecesse vivo.
 
Mas um belo dia, o magnata, pai adotivo de Justino e seu tutor, faleceu de um ataque cardíaco. Assim, a fortuna de Justino foi doada para a caridade, como deveria ser. Isto ocorreu pouco antes da desativação do manicômio, e Justino, sem o seu ‘desinteressado protetor,’ ficou cada vez mais esquecido.
 
Às vezes, esqueciam-se até mesmo de alimentá-lo, e seus gritos de fome ecoavam pelo hospital. Quando, finalmente, as portas fecharam, acabaram esquecendo-se dele. Ou teria sido um esquecimento proposital? Teria sido uma vingança, perpetrada em nome de suas muitas vítimas inocentes?
 
Justino pereceu lentamente em sua cela, de fome, frio e sede. De nada adiantou-lhe gritar, pois não havia ninguém para ouvi-lo. O corpo , ou seja, o que restou dele, foi encontrado muitos anos depois, por um grupo de garotos que brincavam nas ruínas do hospital. Ninguém mais se lembrava dele, e seus ossos foram sepultados em uma cova coletiva. 
 
Mas o que ninguém sabia, é que sua alma doente e aprisionada ainda vagava por ali, presa para sempre entre as paredes em ruínas do manicômio. Como companhia, apenas as mesmas almas atormentadas que com ele conviveram.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

GELO







foto: minha - de uma imagem do computador da cervejaria Bohemia 




GELO



Quanto mais os dias passam 


Vai crescendo uma camada 


De gelo, sobre a paixão. 



Quanto mais de mim te afastas, 


Pra mais longe tu viajas 


Do centro do meu coração. 



Quanto mais foges da vida, 


Mais alastra-se a ferida, 


Decompõe-se a emoção... 



E o mais triste, é que não ligas 


Que ao meu corpo, vão ficando 


Estranhas, as tuas mãos! 


**** 



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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...