witch lady

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Jamais Peço Perdão!






Jamais peço perdão

Se não estou errada,

Não embarco por escolha

Em canoa furada,

Não calo a minha voz,

Não entro em contra-mão,

Não deixo o eu por nós,

Eu não peço perdão!




Não costumo voltar

Pra onde não me querem,

Não choro por aquilo

Que já não mais me serve...

Meu viver é tranquilo,

Eu não me aborreço

Mas eu sou toda ouvidos

Para perdoar seu erro!




Só não venha pedir-me

Para que eu me desculpe,

Pois nada fiz de mal

Para que alguém me culpe!

Jamais peço perdão

Se eu não estou errada,

E nem sou de chorar 

Por água derramada!




Existem sempre aquele

Que aponte e que me julgue,

Sem tentar compreender

Os meus reais motivos..

Existe uma coisinha

Que muito me atrapalha:

Acima da saudade

Coloco a dignidade!




Não, eu não peço perdão

A alguém que me destrata,

Me pisa, me escurraça,

Depois, diz que me ama...

Mentira eu não aprovo,

Não quero fazer drama,

Qual cobra, eu me renovo

Me solto dessa trama!




Não sou de me arrastar

Por onde não me querem,

Andar por entre sombras

Ter a boca tapada!

Eu não peço perdão,

E se depender disso

É o fim da nossa história,

E vai ficar por isso...






Sinais do Outono







Hoje foi um lindo dia, de céu completamente azul e brisa fresca soprando. Chegou mais um outono, e parece que o calor abafado foi-se embora de vez... agora, a preparação para os dias curtos e as noites longas de inverno, os agasalhos sendo postos ao sol para estarem prontos novamente na hora de serem usados... as janelas da casa sendo fechadas mais cedo... coisas sendo guardadas...


Uma preparação espiritual para mais um inverno, que para mim, é a estação da reflexão. As cores do verão serão guardadas em uma caixa, substituidas pelas do outono , que estão entre tons de bege, dourado e marrom. Acordar pela manhã e ao sair da cama, sentir aquele leve arrepio de frio, descer pela casa ainda na penumbra do dia com preguiça de amanhecer e constatar que no outono, as coisas levam mais tempo para acordar.


Sentar-se ao sol sem o incômodo de suar. Deixar-se ser aquecido por um calor gostoso, que não incomoda, mas apenas aconchega. Andar pela rua com mais desenvoltura, sentindo-se mais leve e mais ligeiro, mas mesmo assim, desejando ir mais devagar a fim de apreciar as cores mais vivas do céu.


Neste momento, o sol se põe aqui em meu jardim, e os bem-te-vis, voltando de sua viagem de veraneio, recomeçam a cantar. Também estão voltando as saíras coloridas, e os sabiás, colibris e saguis. No alto verão, eles se protegem do calor permanecendo mais tempo dentro do coração da mata, mas no outono, eles vem brincar nas árvores o dia todo.


Eu adoro o outono!



Vivo, Apenas Vivo...






VIVO, APENAS VIVO


Vivo intensamente, e em silêncio
Procuro por aquilo que preciso,
Dentro em mim, na paz e no sorriso...

Vivo simplesmente, sem perguntas
Que não podem ter respostas sempre exatas...
Prefiro aceitar o que não entendo

Aceitar, mesmo que sofrendo...
Pois sei que gritar nada adianta, 
Lutar contra o que nos traz o vento

Daquilo que não compreendemos,
O vento cuja origem não nos cabe,
O vento que soprou-nos em nós mesmos.

Vivo intensamente, e não preciso
De longas, distantes viagens;
Encontro-me em minhas próprias paragens!


O DÉSPOTA








O Déspota



Sei das tempestades que carregam as nuvens,
Sei dos vendavais que voam com os ventos,
Sei de maremotos que dormem sob as ondas,
Sei de muitos sonhos que se tornam tormentos.

Sei de mil lágrimas para cada sorriso,
Sei dos abismos sob cada horizonte,
Sei de ervas daninhas nos melhores jardins,
Sei de muita sede para poucas fontes.

Mas não sei dos motivos em cada coração
Para lutar contra o vento, remar contra as ondas,
Alimentar sonhos, nutrir esperanças
E cair nos abismos do vazio e do vão.

Talvez seja a ira que rege o Universo
Na hipocrisia destes fariseus
Em criarem um déspota cruel e perverso
E de o chamarem, humildemente, Deus.



Face





Diga-me, onde está a tua face?

Quem sabe , perdida na poeira da vida,

Talvez, ultrajada, n'algum canto esquecida?



E diz-se tão linda...



Por onde caminhas, qual é o teu trilho?

Que bandeira agitas, qual é o teu nome?

Tu cantas vitória, mas morres de fome...


A fome da alma...


Diga-me, onde está a tua face?

O corpo que dizes, existe de fato?

Existe a pessoa por trás do perfil

Ou é tão somente fruto de um ardil

Que tu perpetrastes?...


Se sabes quem és, por que te escondes

Usando artifícios, usando outros nomes?

A imagem que crias é frágil, e poeira

Ao vento desfaz-se, ao vento se espalha!


Diga-me, onde está a tua face,

A verdadeira?



terça-feira, 20 de março de 2012

FOTOGRAFIAS



Adoro fotografar! Não entendo nada de fotografias. Não conheço os jargões usados pelos fotógrafos, e os que conheço, não sei o que significam. Mas li uma coisa em um anúncio que vendia uma câmera ,com o qual eu concordo: a fotografia não depende apenas do tipo de câmera que se usa. Com um simples celular, eu acabo conseguindo alguns efeitos interessantes...



Esta foto do arco-íris foi feita em minha casa. Eu estava varrendo o quintal, quando, ao colocar a pá de lixo para apanhar algumas folhas secas, notei que a luz do sol entrava por entre as folhas de uma árvore, causando este efeito.


Esta foto foi batida em Búzios, na Praia de Geribá. Tentei aproveitar as cores dos guarda-sóis e a alegria das pessoas, a fim de registrar um dia na praia. Editei a foto no Picassa.


Eu quis captar as várias nuances do mar. Coloquei mais contraste para ressaltar as cores. Ao mesmo tempo, suavizei a imagem para dar a impressão de algo pacífico.



Adoro fotografar flores. Principalmente as hortênsias, que sempre ficam lindas, até mesmo quando secas. Estas estavam bem frescas, e avivei as cores escurecendo o fundo.


Quis dar um ar tristonho à paisagem, mas ao mesmo tempo, dramaticidade. Escureci os barcos e adicionei brilho fosco.


Um pouquinho de neon verde para dar um ar surreal...


Arranjo de mesa em uma festa de casamento. Aproveitei as cores das flores e a iluminação artificial por cima.


Destaque à beleza desta rosa... no fundo do meu quintal.


Tentei dar um ar 'antigo' à teia da aranha...


Sépia no laguinho de peixes da casa de minha irmã.


Nem respirei, para que a formiga saísse perfeita! Consegui...


Uma imagem curiosa na Praia de Canoa Quebrada. Quis captar a doçura do burrinho.

Enfim, qualquer um pode fotografar. Basta olhar tudo atentamente...
















A COBRA







Alguma coisa me fez sair da cozinha, onde eu preparava o jantar, e ir até a varanda, na frente da casa. Não havia motivo algum para que eu largasse minhas panelas e fosse até lá, mas apenas senti a urgência de fazê-lo, e fui. Minha cadela Latifa dormia sobre o capacho da porta. A alguns centímetros de suas patas traseiras, estava esta cobra.

Não sei se é venenosa ou não. Nada entendo de cobras. Mas com muita calma, chamei Latifa para vir comigo até a cozinha, a fim de que ela não visse o animal, temendo que tentasse mordê-la e ela acabasse sendo picada. Depois, pedi ao meu marido que fosse lá fora para ver o que faria com ela.

Aqui em casa, nós não matamos cobras. Cuidadosamente, nós a levamos para um local onde ela não poderá picar pessoas, e onde as pessoas não poderão fazer-lhe mal algum. 

Meu marido conseguiu colocá-la em um saco plástico, e saiu com ela portão afora, colocando-a em um local seguro. 

Mas não sem antes ficarmos algum tempo admirando a beleza do animal. Ela parecia assustada com a nossa presença, e permaneceu imóvel. Parecia que tinha muito medo de nós. O que mais nos espantou, foi este formato de coração que o corpo dela sugeria.

Se até mesmo uma cobra pode sugerir amor, por que não os humanos?



BARCOS








Barcos




Os barcos dormem sobre a calmaria,

As leves ondas embalando os cascos...

No céu, as nuvens os cobrem de branco

E de azul, enquanto os barcos dormem...




Barcos vazios, esquecidos barcos,

Que navegaram tantos outros mares!

Atravessaram tantas tempestades,

E hoje merecem o cais que os acolhe...




Talvez um dia eles sintam saudades

De navegar, singrando as ondas altas,

Pois afinal, são barcos, são do mar,

E o naufrágio não provoca medos...







Para Encerrar um Assunto que Muito me magoa




Gostaria de agradecer imensamente a todos os que se manifestaram no site a meu favor. Muito obrigada, eu jamais poderia imaginar que tantas pessoas gostassem de mim, sendo eu uma pessoa tão franca e difícil... hehehehehe... reconheço meus muitos defeitos, sei que eu às vezes carrego um pouco nas cores quando se trata de defender as coisas nas quais eu acredito. Mas existe um motivo para tudo o que eu faço.



Sempre disse que jamais deixo que as pessoas determinem onde é o meu lugar, pois eu prefiro fazê-lo eu mesma. Antigamente, aqui fora, perdi muitas coisas porque eu deixava que outros determinassem onde eu deveria ficar. Sempre disse que só sairia do site no dia em que eu fosse convidada a retirar-me, e que eu não me importava com quem não gostasse de mim, e é a mais pura verdade! Se eu não volto, existe um bom motivo.


Tentarei lembrar-me de todas as pessoas que se manifestaram a meu favor, através de textos no site ou através de emails. Com a cabeça 'avoada' que eu tenho, eu certamente me esquecerei de alguém, mas saibam que eventualmente acabarei me lembrando, e colocarei aqui na lista:


-Yamanu


-Marcelo Braga


-Olguinha Costa 


-Cassia da Rovare


-Neusi Sardá


-Silvia Regina


-Ciro Fonseca


-Maurício Azevedo


-Nana Okida


-Ana Flor do Lácio


-E. Silva


- Zélia Freire


- Jo do Recanto


-Diário de um Louco (a gente brigou, mas a gente 'desbrigou')


-Helio Rocca


-Flor Enigmática


-Anita D Cambuim


-Helena Terrível


-Jacó Filho


-Marília Paixão


-Ana Stoppa


-Ana Ferreira


-HLuna


-Verita


Enfim, a lista vai crescer... se você não quiser ver seu nome nela, basta me escrever. Mas muito obrigada, assim mesmo.





quinta-feira, 15 de março de 2012

O PAPEL DE QUEM ESCREVE



O papel de quem escreve - eu não diria aqui 'escritor,' já que me incluo entre os que escrevem, embora não me considere uma escritora - é muito importante. A palavra tem mais força do que as armas, pois é ela quem define se as armas serão ou não usadas. Portanto, quem tem o dom da escrita, foi abençoado com o dever de entreter, divertir, encantar, ensinar, emocionar, defender e também denunciar aquilo que está errado.


Aquele que tem o dom da escrita, pode falar por quem não o possui. Tem o poder de representar aqueles cuja voz não é ouvida. 


Quem foi que nunca viu uma frase ou idéia em um livro, em algum momento importante da vida, em que precisava de consolo ou orientação, e exclamou: "Mas é isso mesmo que eu precisava ouvir!" Porque alguém teve o dom de colocá-la no papel, e pode acreditar, aquela frase, aquele parágrafo, aquele livro, foram escritos para você! Não importa que poucas pessoas o tenham lido, desde que as pessoas certas possam tê-lo encontrado.



Marcou-me muito, uma ocasião na qual alguém escreveu-me uma mensagem a respeito de um poema que eu tinha publicado, dizendo: "Gosto de vir aqui para lê-la, pois você consegue expressar aquilo que está dentro de mim e eu não sei como por para fora."


Existem palavras que não desejamos ouvir, mas que são importantes, e estas, nos perseguem, até que as ouçamos e aprendamos o que elas precisam nos ensinar. E por mais que as afastemos de nós, por mais que as neguemos, um dia, elas serão ouvidas. Quando uma mensagem é importante, mesmo que ela pareça ter sido ignorada, chegará o dia em que ela será ouvida, pois quem a escreveu, apenas deitou no papel aquilo que uma Força Maior ditou-lhe. 


Escrever é uma missão.


Quando alguém tenta tolher a nossa escrita, sentimo-nos sufocados. Existe uma mensagem que precisa ser passada, e não querem que a propaguemos. Muitos escritores já foram perseguidos por causa do poder da palavra, mas o bom escritor não se calará; tentará passar a sua mensagem, se ele realmente acreditar que ela é importante. Não aceitará a censura. 


O único motivo pelo qual a censura da palavra deveria ser aceita, seria quando esta promovesse a discórdia, o ódio, o preconceito, a violência. Jamais quando ela estivesse revestida pela intenção de alertar, prevenir e denunciar abusos.


Muitos dizem: "Tomem cuidado com a palavra!" Mas eu acho que seria melhor se eles dissessem: "Tomem cuidado com quem tenta calar a palavra!"


As Últimas Façanhas da Fada Cacetinha






Este é o título de um livro de histórias que ganhei de minha professora da primeira série primária, em 1972. Seu nome era Tânia - ou Tia Tânia.

O livro conta as aventuras de uma fada, a Fada Cacetinha (nome recebido porque ela sempre aparecia montada em um bastão), que era sempre convidada às festas de casamento e batizado, para que abençoasse seus afilhados com presentes de fortuna e boa-sorte. Mas ela um dia percebeu que estava sendo usada, pois quando não mais precisavam de seus favores, seus afilhados a desprezavam e esqueciam-se de convidá-la para as festas nos castelos.

Enfurecida, ela passou a presenteá-los da seguinte forma: ao chegar aos batizados e casamentos, recitava os seguintes versos: "Olhai para o céu/olhai para ochão/com os sete poderes /da vara de condão/dou-te como presente/a falta de sorte".

Após fazer isso duas vezes, todos pararam de convidá-la para os batizados. Mesmo assim, ela ia, e presenteava a todos com a falta de sorte.

Bem, os presenteados cresciam, tinham seus filhos, e passavam as piores provações das quais se ouviu falar; mas tornavam-se pessoas de bem e de princípios, e tendo passado por tantas provações, compreendiam melhor as agruras de seu povo. Não tinham aquele elemento vaidoso e superficial de seus antepassados.

Todos gostamos de ouvir apenas coisas belas. Gostamos de ser elogiados. Sentimo-nos vaidosos quando alguém comenta um texto que escrevemos de forma gentil, e sempre comentamos de forma gentil um texto que se harmonize com aquilo que pensamos. Às vezes escrevo textos com o espírito da Fada Cacetinha, e percebo que, apesar de serem lidos, são pouco comentados. Mesmo assim, continuarei a escrevê-los. Porque se eu não o fizer, não estarei sendo eu mesma. A diferença é justamente esta: enquanto os afilhados da Fada Cacetinha não tinham escolha ao receberem seus 'presentes', os leitores tem. Podem não ler meus textos, ou continuar a lê-los sem comentá-los.

Mas o espírito da Fada Cacetinha continuará em mim.



A GAROTA DOS PÉS DE VIDRO








Resenha




“A Garota dos Pés de Vidro”
Autor: Ali Shaw
Editora Leya, ANO 2010 - 285 páginas



Bem vindos à ilha de Saint Hauda’s Land, onde nada é apenas comum. Tome muito cuidado ao caminhar pelos pântanos misteriosos, e jamais encare animais desconhecidos; você pode transformar-se em vidro!



Midas é um jovem e tímido fotógrafo, que vive assombrado pelas lembranças de seu pai, que suicidou-se ao descobrir um grave tumor próximo ao coração, e de sua mãe, que tivera um caso quando ele ainda era um garotinho, devido à incapacidade do pai de demonstrar-lhe afeto. 


Um dia, ele conhece a jovem Ida, que viera à ilha a fim de buscar a cura para sua doença misteriosa: seus pés estão se transformando em vidro! Decidido a ajudá-la, acaba apaixonando-se por ela, embora tente fugir de seus sentimentos; como seu pai, tem dificuldades em demonstrá-los. 


Conforme a leitura progride, chegamos a conclusão de que quase todos os personagens masculinos, habitantes de Saint Hauda’s Land, sofrem do mesmo mal: total impotência ao demonstrar sentimentos, embora eles sejam profundos.


Ida percebe, através do rápido progresso de sua doença, que não terá muito tempo, e decide que deseja viver a vida que lhe resta de maneira intensa; mas seus interesses chocam-se contra a aparente frieza e distância emocional de Midas.


Saint Hauda’s Land é um lugar onde o inusitado pode surgir diante dos seus olhos a qualquer momento: libélulas gigantescas, um rebanho de gado voador do tamanho de borboletas, animais cujo olhar transforma, gradualmente, seus observadores em vidro. Mas também é um lugar bastante comum, onde as pessoas nascem, vivem seus conflitos, amam, perdem seus amores, apaixonam-se e casam-se, tem filhos e morrem. Um lugar onde a vida acontece bem devagar, mas de maneira muito intensa; tão intensa, que seus habitantes nem sempre conseguem suportá-la.

"A garota dos Pés de Vidro" nos convida a refletir sobre nossas próprias artificialidades, e sobre o quanto deixamos que sentimentos profundos afundem, diariamente, no pântano de nossa aparente indiferença. Aprendemos que, pior do que a morte, ou de ter nossos pés sendo transformados em vidro, é permitir que esta transformação aconteça aos nossos corações.

Um livro imperdível.



Viver é Estar Exposto!








Viver é Estar Exposto!


Muitas vezes, as pessoas em quem você depositou sua confiança irão decepcioná-lo. Pessoas que você se acostumou a ver como amigas poderão traí-lo e fazer coisas que você não esperava. A maneira mais rápida de decepcionar-se com alguém - e viver se decepcionando - é esperar atitudes das pessoas, porque elas estão prontas a serem apenas aquilo que é de sua essência. Se você esperou mais, é porque não soube ler nas entrelinhas.

Viver é difícil, quando se perde os detalhes...

Exatamente por isso, há muito tempo não espero nada de ninguém, e jamais me precipito a chamar alguém de 'amigo.' Meus amigos são escolhidos com muito cuidado. Talvez por causa disso, há muito tempo não me decepciono!

E, se por um acaso, alguém tenta me ferir, eu sempre penso no porquê de eu ter atraído aquela situação para minha vida, pois sei que somos todos responsáveis pelo que entra e sai de nossas vidas. Responsabilizar outras pessoas pelo mal ou pelo bem que nos acontece é irresponsabilidade. E, assim como eu atraio certas situações, posso também repelí-las, caso sinta-me infeliz com elas. Abrir e fechar portas são atividades corriqueiras da vida. Não sou de reclamar. Não cultivo autopiedade. Não acho que eu seja uma pobre vítima a quem alguém possa estar ferindo sem nenhuma razão, e nem me vejo como estando indefesa diante das situações que a vida apresenta.

Se alguém me desagrada, tenho algumas alternativas:

-Responder à altura. O que faço, quando acho que vale à pena. Principalmente se eu estiver indo em defesa de alguém que amo, e que foi, inadivertidamente, atingido pela sujeira que me jogaram.

-Ignorar. Isso eu faço quando nem vale a pena o aborrecimento. Ou então, dependerá de meu senso de humor no momento... 

-Conversar e tentar resolver a situação - quando a pessoa em questão for muito importante para mim.

Viver é estar exposto. É ser alvo. Viver não é para os frágeis. Todos nós, um belo dia, teremos que cruzar pântanos. É quase impossível passar por um sem ser respingado pela lama que lá está. Mesmo assim, prefiro cruzar meus pântanos a estagnar à beira da floresta, lamentando-me pela lama do caminho. Deixo esta tarefa para os fracos e os covardes.









A COISA ANDA FEIA...








Nas voltas que dá o mundo
Não duvido de mais nada...
É gente matando gente,
Distribuição de murro...
E olha que desse jeito
Não age sequer um burro!
E a maior nação do mundo
Ainda governa no escuro...
Do jeito que está a estrada,
Mais difícil é a caminhada!

Matou um jovem que lia
Feliz, na papelaria
Com um taco de madeira...
Não existe maior besteira!
Num segundo de desvario,
Acabou com uma vida,
Destruiu uma família...
Eu fico é desiludida!
Do jeito que está a estrada,
Mais difícil é a caminhada!

Pegou a moça bonita,
Picou e deu para os cães
Ela era a mãe de seu filho,
Mas isso não fez diferença,
Pois quando a cabeça não pensa,
A vida se perde dos trilhos!
Ficou um filho sem mãe
Por causa da mal-querência!
Do jeito que está a estrada,
Mais difícil é a caminhada!

É bomba explodindo vidas,
É país sempre em conflito
Com outro país, e nada
De alguém ouvir tanto grito!
Morre gente que nem mosca,
E a gente acha normal
Pois se acontece lá longe,
Então, não nos faz tão mal!
Do jeito que está a estrada,
Mais difícil é a caminhada!

A gente abastece a casa
Com todo tipo de alarme,
Sobe o muro, bota cerca
E tem até quem se arme!
Tentando ter proteção,
A gente é quem acaba preso...
E tem sempre que abrir mão
De ser livre pra ter sossego!
Do jeito que está a estrada,
Mais difícil é a caminhada!








Proporção





Quantas vezes ocupamos nossas mentes com coisas absolutamente sem importância? Eu mesma consigo pensar em várias ocasiões nas quais fiz isto! Às vezes, nós perdemos a proporção das coisas, tão inseridos que estamos no materialismo, nas preocupações egoicas a respeito do que vão pensar de nós e nas coisas que , erroneamente, achamos imprescindíveis em nossas vidas.


Acho que os acontecimentos ruins, aqueles que chamamos de tragédias, nos advém justamente para nos devolver o nosso senso de proporção e nos ajudar a qualificar o que realmente tem importância na vida. Pena que muitas vezes, não percebemos isto, não aprendemos a lição, e logo após superarmos a fase ruim, continuamos dando murros em pontas de facas e nos machucando com coisas sem importância real.

Mas quando aprendemos com as tragédias da vida, temos uma visão mais ampla do que ela significa, do que é e do que não é importante. Eu aprendi algumas coisas, embora o aprender não esteja jamais concluído, e haja sempre recaídas, momentos nos quais nos esquecemos temporariamente das nossas lições. Mas a vida trata de nos refrescar a memória! Algumas das coisas que aprendi:


-O que realmente importa, não é apenas o reconhecimento daquilo que fazemos, mas sim o prazer que temos no momento em que nos entregamos a algo que adoramos fazer. O reconhecimento pode vir ou não; se ele chegar, será a coroação de nossos êxitos, mas se não chegar, importa o quanto sentimos prazer, nos divertimos e aprendemos.


-O ônibus atrasado, o carro que quebra, o motorista que nos ultrapassa, a nota baixa em um teste para o qual estudamos, o vizinho chato... o que eles realmente significam? Qual será o peso deles em nossas vidas daqui a, digamos, um ano, cinco anos? Então, por que nos aborrecemos tanto?

-A coisa mais importante para alguém que sofre, é ter uma mão para segurar. Não interessam as palavras, eles não querem ouvir alguém dizer que tudo vai melhorar, que Deus quis assim, ou que as coisas pelas quais passam são consequências de seus atos. Eles só precisam de uma mão para segurar, um abraço, um olhar.

-Somos capazes de passar por coisas terríveis! Pense na coisa que você acha mais terrível: a morte de alguém que você ama, a perda financeira, uma doença grave, o abandono, a traição, o desemprego, uma tragédia. Saiba que sempre que você vê alguém passar por algo assim e pensa: "Como ele é forte! Eu jamais poderia superar algo assim," é porque você subestima a sua força. Você é capaz de superar até mesmo coisas bem piores! Basta estar vivendo aquilo, passando por aquilo.


Somos bem maiores do que pensamos que somos, e ao mesmo tempo, somos bem menores do que pensamos que somos, tudo depende da ocasião. Mas uma coisa é certa: somos todos mais ou menos do mesmo tamanho. A variação de proporção que vemos entre as pessoas, está nas atitudes que elas escolhem tomar, e elas tomam certas atitudes porque não estão cientes do quanto elas poderiam ser melhores. Mas até isto vem com o tempo e com a vivência.




A Lua Ontem






Por volta das onze da noite, já bastante sonolenta, após passear com a Latifa, decidi ir dormir. Levanto-me do sofá e, ao olhar casualmente pela janela, me surpreendo com o brilho amarelado de alguma coisa por trás das folhas das árvores. Penso: "Será um OVNI?" 


Era a lua. Parecia uma boca sorridente e brilhante. Estava grande no céu, e um fiapo de nuvem dava a ela um tom caramelo. Coisa mais linda! A vida é tão linda, a natureza, o céu... zilhões de estrelinhas brilhando de tão limpinhas na atmosfera lavada pela chuva que acabara de cair.


Sonolenta, senti-me tão tranquila... há um motivo para cada coisa que nos acontece na vida, o acaso não existe. Talvez seja meu tempo de diminuir um pouco o rítimo e ficar em stand by. Ontem, ao olhar a lua que me sorria, tomei aquele sorriso lunar como se fosse uma mensagem, de que vai ficar tudo bem. A lua e suas fases... tempo de estar escura. Tempo de estar brilhante. Fases e ciclos.


A vida é um espetáculo maravilhoso, muitas vezes, sem aplausos e sem expectadores.




quarta-feira, 14 de março de 2012

Esquecidos








Chega um momento

Em que é preciso seguir em frente

E deixar para trás o que se perdeu,

E aqueles que se foram de nós.




E por mais que pensemos

Que jamais esqueceremos,

A vida vem, e tudo cobre

Com o cobertor do tempo...




Mas um dia... ah, um dia,

A lembrança vem e pousa

Tal qual uma borboleta

Cansada de voar...




E como pesa, essa borboleta!

Quando se vai, finalmente,

Fica no ombro uma dor

Do tempo em que ela pousou...




Mas dentro em breve, seremos

Todos, sem exceção,

Eternamente esquecidos

Na estrada da contra-mão!




E um dia, nós, borboletas

Pousaremos sobre os ombros

Daqueles que nos amaram

E que já nos esqueceram...

















Inversão Polar e Outras catástrofes

INVERSÃO POLAR E OUTRAS CATÁSTROFES

Com tantas catástrofes naturais acontecendo, existem alguns termos, como atividades solares e inversão polar, que ficamos confusos e inseguros. Algumas pessoas consideram estes fenômenos perfeitamente normais, e outras, até os ignoram, dizendo que eles sempre estiveram aí, e que a mídia é responsável por sua ampla divulgação, o que dá a impressão de que somente agora eles passaram a acontecer.

Como gosto de ficar sabendo do que está acontecendo á minha volta – principalmente quando também diz respeito a mim, resolvi pesquisar um pouquinho.


Não sou cientista e nem tenho conhecimentos sobre astronomia ou geologia, mas o que eu consegui entender no meio dessa parafernália de termos científicos, eu passo aqui.



Acho que existe uma forte conexão entre o planeta e seus habitantes, e ignorar os últimos acontecimentos é ignorar a própria história. Temos que prestar atenção, e mesmo que não possamos fazer mais nada para interferir – afinal, isso tudo nada tem a ver com poluição ou desmatamento, mas com atividades que são cíclicas – se a gente morrer, é melhor sabermos do que estaremos morrendo, não acham?



Eis o que aprendi sobre um possível cataclisma e suas possíveis causas:



-Atividades solares – As manchas solares podem interferir em várias coisas no nosso planeta, entre elas, na comunicação, navegação e abastecimento elétrico. Coincidentemente, nós estamos em uma época de atividade solar máxima. Se a coisa piorar ainda mais, estaremos propensos a doenças como o câncer, devido às radiações emitidas pelo sol. Uma radiação muito forte pode fazer enormes buracos na já prejudicada camada de ozônio, deixando-nos ainda mais vulneráveis. Redes elétricas inteiras poderiam derreter, deixando o mundo às escuras. Além disso, fios telefônicos, antenas e satélites também virariam purê.



-Vulcões – Bem, acho que até os mais leigos, como eu, tem uma idéia do que é um vulcão, e do que acontece quando há uma erupção. Mas eu escolhi um vulcão em especial, um vulcãozinho de nada, para servir de exemplo: O Supervulcão de Yellowstone, nos Estados Unidos. Esta gracinha tem uma cratera que mede 90 kilômetros de extensão, e se ele entrar em erupção, a atividade poderia durar semanas. As conseqüências seriam planetárias, devido à extensão do vulcão, e os efeitos poderiam persistir por meses ou anos! Quais seriam os efeitos? Além da grande quantidade de lava, uma emissão de gases venenosos e cinzas, que encobririam a luz do sol, deixando o planeta às escuras e sufocando o que estivesse pela frente. A boa notícia é que isso só aconteceria se o vulcão de Yellowstone explodisse. A má notícia, é que ele já pode estar nos estágios iniciais de erupção, segundo vários artigos que li.



-Terremotos – Bem, acho que vou pular esta parte, pois todos já estão muito bem informados sobre suas consequências, como as tsunamis, mudanças no eixo da terra... e tem havido muitos terremotos de grandes proporções ultimamente.



- Inversão polar – Um grande terremoto, ou uma erupção vulcânica de grandes proporções, poderia causar uma inversão polar; as consequências seriam:



-Animais migratórios, como pássaros, peixes e baleias, tomariam o rumo errado, e espécies inteiras seriam dizimadas.

-Satélites seriam queimados pela radiação solar, pois o campo magnético da terra ficaria vulnerável e os buracos na camada de ozônio aumentariam consideravelmente.
-Haveria mais terremotos e mais tsunamis...
-Grande parte da população do planeta – pessoas, plantas e animais – seria destruída, e quem sobrevivesse, preferiria não ter sobrevivido.
-Com o enfraquecimento do campo magnético da terra, a radiação solar causaria câncer e destruiria colheitas: doença e fome!
E como aconteceria a inversão polar? Pelo que eu entendi, seria assim: A terra pararia de girar por dois ou três dias, o que os cientistas chamam de ponto zero. Depois, ela começaria a girar de novo, mas para o outro lado. O tempo se aceleraria em função da freqüência vibratória do planeta, e o dia passaria a ter 16 horas, ao invés das 24 que conhecemos. Isso poderia ser causado por alguma mega atividade vulcânica ou terremoto.

Todos sabemos que existem usinas nucleares espalhadas pelo mundo todo, e logicamente, haveria um imenso acidente nuclear se alguma destas coisas acontecessem. Sem falar em bactérias e vírus que são cultivados em laboratórios hoje em dia, e armas químicas, que ficariam passeando soltinhas por aí, na água e na comida que restassem e no ar.


Alguns acreditam que os efeitos desta iminente inversão já se fazem sentir, em forma de insônias, dores de cabeça, cansaço, dores e problemas ósseos e de coluna, pesadelos, gripes e depressão. Todo mundo sabe que o magnetismo do planeta afeta não somente as marés, mas todos os seus habitantes, já que grande parte de nosso organismo é composto de água.



Bem, sou leiga, como noventa e nove por cento de vocês, portanto, perdoem-me se falei alguma besteira. Mas todas estas ‘besteiras’ são frutos de pesquisa. Nem vou citar as minhas fontes, porque qualquer um que deseje saber mais, pode consultar a imensa literatura disponível sobre o assunto. Não inventei nada disso, é tudo um pequeno – ínfimo – trabalho de pesquisa. E olha que levou apenas uma hora e pouquinho!



Publicado em: 17/03/2011 18:55:49

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CINCO QUILOS

        No seu conceber, Cinco quilos me separam da esbelteza. Cinco passos, até que eu seja O 'eu' Que você deseja.   Cinco meses, ...