witch lady

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sábado, 20 de abril de 2013

Uma Pergunta Para Deus





Estava escutando "What if God Was One of Us" (E se Deus Fosse um de Nós). A canção  diz coisas como: "Se Deus tivesse um nome, qual seria, e você o diria diante de Sua face se estivesse cara a cara com ele? E o que você perguntaria, se tivesse apenas uma pergunta?"

Tenho certeza de que, pelo menos uma vez na vida, todo mundo já imaginou isso.

Daí, fiquei pensando nas possíveis perguntas que eu faria a Deus, como por exemplo, "Existe vida após a morte?" Bem, acho que Ele ia rir desta, já que se o próprio Cristo prometeu-nos a Vida Eterna, esta é uma pergunta bastante idiota. Bem, eu poderia perguntar por que estamos aqui, mas ah, já vejo Deus dando um longo suspiro e me olhando com aquela sua antiga cara cansada, como se fosse começar a ensinar equações de segundo grau a uma criança que, até hoje, aprendeu a contar de um à cem. Então, eu achei que poderia perguntar quem somos, de onde viemos e para onde vamos; mas imaginei a cena de Deus tentando ensinar um camelo a andar ereto, nas patas traseiras.

Querem saber? Se eu pudesse fazer uma pergunta a Deus, não faria pergunta nenhuma, pois acho que eu não ia entender a resposta, mesmo... então, se eu tivesse mesmo que perguntar alguma coisa, acho que seria algo para cuja resposta eu estivesse emocionalmente preparada; algo assim como:

"Aceita um café?"




SIMPLICIDADE





Simplicidade





"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade depois de muito trabalho!" _Clarice Lispector






"A simplicidade é o último degrau da sabedoria." - Gibran






"A simplicidade é uma força que vence todas as astúcias" - Stendhal






"Há mais simplicidade no homem que come caviar por impulso do que naquele que come nozes por princípios." - Chesterton





"Simplicidade, simplicidade, simplicidade! Tenha dois ou três afazeres, e não cem ou mil; em vez de um milhão, conte meia-dúzia... no meio desse mar agitado da vida civilizada, há tantas nuvens, tempestades, areias movediças e mil e um items a considerar, que o ser humano tem que se orientar - se ele não afundar e definitivamente acabar não fazendo sua parte - por uma técnica simples de previsão, além de ser um grande calculista para ter sucesso. Simplifique, simplifique!" - Henry Thoreau






"Simplicidade é a realização máxima." - Chopin









sexta-feira, 19 de abril de 2013

Eu Gostaria...





Eu gostaria
Que teu riso fosse assim, sempre tão frouxo 
E constante,
Gostaria de ver, mais vezes,
As rugas do teu rosto adormecidas,
Quase sumidas...

Queria sentir-me assim, sempre tão protegida,
Quando caminho ao teu lado,
Seja sob sol ou chuva,
A qualquer hora do dia.

Queria ver, mais vezes,
A cor da tua alegria,
Sentir o calor da tua mão sobre  a minha
E saber que vai durar,
Desta vez.

Eu gostaria
Que os céus te concedessem, a cada dia,
A coragem de olhar a vida
Sempre de cabeça erguida, 
Confiando que, ali na esquina,
É só virar, e tudo vai dar certo.

Te quero sempre perto,
Sempre certo,
Mesmo diante dos erros que possas cometer,
Que tu jamais os tema,
Mas que teime, sempre,
Insistindo na vontade de viver.


*

Sobre a Vitória






Pensamentos Sobre a Vitória





"O único meio de alcançar a vitória é expressar-se completamente a serviço da humanidade " - Aristóteles






"Lutar contra si mesmo é difícil; mas o homem de bom senso consegue a vitória." - Demócrito - filósofo grego (470-380 a.C.).



"Para alcançar a vitória, você deve colocar seu talento no trabalho e seu gênio na sua vida." - Oscar Wilde




Dezessete princípios do sucesso - Napoleon Hill

1- Uma atitude mental positiva.
2-Definição de um propósito.
3-Dando um passo extra.
4-Pensamento preciso.
5-Autodisciplina
6-O Espírito Dominador.
7-Fé aplicada.
8-Uma personalidade agradável.
9-Iniciativa pessoal.
10-Entusiasmo.
11-Atenção controlada.
12-Trabalho em equipe.
13-Aprender com o fracasso.
14-Visão criadora.
15-Equilíbrio de tempo e dinheiro.
16-manutenção da saúde física e mental.
17-Emprego da força cósmica do hábito. (lei universal)



"A primeira melhor vitória é conquistar a si mesmo." - Platão




quinta-feira, 18 de abril de 2013

Conduta







A santidade não faz bem
Nem a mim, 
Nem a ti
Nem a ninguém.

Planto rosas,
Partilho o perfume
Assumo os espinhos.




Não Tem Importância...














Acredite-me, 


Não tem importância - pelo menos, 


Não tanto assim - 


Aquilo que eu penso ou digo, 


Sou apenas uma voz 


Clamando no próprio deserto, 


E decerto, 


As minhas areias 


Não vão sujar 


Tuas aldeias! 






Acredite, 


O vento sopra ao contrário, 


Meu cheiro e o teu 


Jamais hão de misturar-se, 


E as minhas pegadas 


Nessa areia amaldiçoada 


Hão de sumir nas tempestades. 






Portanto, não te incomodes, 


Pois cada estrada é solitária, 


Cada destino é só mais um, 


É tão leve, cada palavra, 


Mesmo aquela que sangra, 


Mesmo aquela que mata! 














De manhã Bem Cedo






De manhã bem cedo,
A paz,
A vida rebrotando,
Esperanças fresquinhas
Ainda sem as escaras
Do medo.
Aquele minuto
Antes dos olhos se abrirem,
Antes dos sonhos se desmancharem
A vida entre as pálpebras e cílios,
Sem nenhum martírio!...

Um raio de sol que penetra
Nas frestas da cortina,
O canto do primeiro pássaro,
O apagar da última estrela...

De manhã bem cedo,
Antes que passe o primeiro carro na rua,
Desfazendo os laços frágeis do sono,
Antes do grito berrante do despertador,
Antes que a gente se lembre,
Antes...






No Rosto










No Rosto


No rosto, rugas e rusgas
Da vida, as marcas
Rotas,
Arranhões do tempo,
Retratos de um coração
Despedaçado
Cujas partes ainda rolam
Por um chão sem pecados,

Pois como chamar de pecado
Aquilo que alguém escolhe,
Pensando que é o melhor?
As rotas da vida
Riscadas à ferro e fogo,
Pés queimados - pecados pagos.

Rugas e rusgas, retratos
Armazenados no peito,
Momentos guardados para sempre
Dissolvendo-se nas lágrimas
Que resvalam pelas rugas
Vagarosamente, antes de caírem.

Mas posso dizer sem medos:
Tua história é simples,
Não é melhor ou pior
Do que a minha.
Te olho nos olhos, e me vejo,
Pego a tua dor comprimida
E estendo-a em meus poemas,
Para te trazer, quem sabe,
Algum alívio.
















Se Fosse Hoje





Se fosse hoje, eu fecharia os olhos,
E talvez
Enrijecesse o corpo
E soltasse mais a alma.
Quem sabe, eu até pudesse
Manter a calma
E fazer, cinicamente,
Meu último pedido?...

Só não teria pena,
Não levaria, comigo,
Traços de arrependimento
Pelo que não foi dito
Ou vivido.

Trataria de esquecer 
Tudo o que não foi bom,
E num gesto de pura
Covardia,
Poderia até falar em perdão!...

Se fosse hoje, eu ergueria
A cabeça pesada  e cansada
Bem acima das nuvens,
Para ver o que me aguarda,
Talvez subisse bem alto,
Lá, na mais solitária, austera e augusta
Montanha,
Onde a bruma faz morada,
E ficasse ali, parada,
Esperando para ver o que surgiria.

Só esperaria
Que fosse frio, e bonito, e silencioso,
E que houvesse luzes coloridas piscando entre a bruma,
Jardins lindos, com pedras cobertas de musgo,
Lagos espelhados, misteriosos e profundos,
Cavernas imensas, de onde pingasse não só umidade,
Mas verdade,
Um nascer e um por de sol
A cada vinte minutos, 
E um céu crivado de estrelas, e cheio de luas,
Cada qual, com seu São Jorge 
E seu dragão.

Se fosse hoje, eu não olharia para trás,
Pois há muito tempo,
Já não me arrependo mais
Por aquilo que fiz ou deixei de fazer.
Entendi que crescer
É uma coisa que não tem fim, e nem motivos,
Cuja necessidade eu jamais vou entender,
Mas que é necessário
Mesmo assim,
E que de nada adianta brigar com a vida ou com a morte,
Pois elas apenas observam, pacientemente, as nossas birras,
Como mães que apenas riem
Da inocência dos seus filhos.

Se fosse hoje, eu talvez fosse
Gargalhando pelo caminho,
Ou chorando lágrimas amargas
Pelos que fossem ficar para mais tarde.
Deixaria nesse mundo,
Apenas uma pedrinha,
Pois é só este o peso que carrego
Agora, junto comigo.



Poemas de Olguinha Costa







Poemas de Olguinha Costa, do Recanto das Letras -   

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4246418




Recomeçar



Ao, eu vou recomeçar
Vou surgir
Olhar os rostos
E as certezas de qualquer futuro

Vou procurar a esperança
Olhando o passado,
Quando o futuro parar
E me olhar,
Vou me fazer espelho,
Lantejoulas,
Vou bordar palavras eternas 
Com linhas do tempo.

Ah, vou recomeçar
Me fundir, confundir,
Devorar as recordações 
Presas entre paredes,
Tirar as armas das mãos
E acarinhar o horizonte.

Toda estrela é mutante,
Todo recomeço é estrela,
Todo poder é compreensível,
Louco,
Há um fixar bem lá no alto do céu,
Um começo antigo
Sementes de segredos,
Corpos inteiros.

Vou recomeçar na luta
Na palavra
Em brasas 
Em coisas
Em silêncios selados
E quem sabe, a imensidão do infinito
Que comove
Quando o sol desponta na praia.

Um recomeço,
Absolvição do erro,
Ressurgir
Virar luz do dia...





Entre Nós


E se não for assim,
Não me interessa 
Continuar.

Precisa ter sol
Entre nós.








Canções Divinas

Minha alma é forte,
Sigo as canções divinas
O azul enternece meus olhos,
Me acordo de mim;
Existir é um prêmio,
Para viver, tem que ter coragem,
Eu tenho!





Humanidade


Que fiquem no caldeirão
Todos os males
Todas as fontes de egoísmo
Todos os invejosos
Todos os malfeitores
Uns dentes de alho
Algumas cebolas
Muita pimenta,
Mais pimenta
Um traço de gim
Com muito gengibre
Uma taça de licor de jabuticaba
Com sorvete de cereja,
Muitas folhas de louro
E sal (à grosso)
Para ver se o mal acaba,
Se adoça o fel de tanta gente.
A humanidade está impregnada 
De maldade,
Meu caldeirão está no fogo,
Meu livro de receita à mão:
Abraca-lata-pelo-de-pata,
HUMANIDADEEEEE!





Livre

Deixa tua alma livre
Entre as flores e os verdes
Entre os pedaços de céu
Entre as promessas de Deus.

Deixa teus passos soltos,
Teu sorriso leve,
Teus cabelos brisa
Teu corpo no universo.

Deixa, deixa, deixa
Que aconteça tua vida
Dentro da vida da vida
Das células perfeitas
Da natureza.

Deixa que teu tudo
Seja intenso
Não perca nenhum minuto
Do tempo.

Deixa que tua alma
Siga versando
Adentrando nuvens
Neblina, bruma.

Deixa que Deus te veja
Misturado nos braços das árvores
Deixa tua alma livre,
Tuas lágrima enxágua

A terra árida
Dos corações.

















quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nada Disso me Pertence






Elas vão brotando sob os fios espessos da grama Pelo de Urso que faz renda ao cedro. Quando eu dou por elas, já são árvores-bebês: pitangueiras, laranjeiras, pés de tangerina, ameixeiras, goiabeiras, amoreiras... os pássaros e morcegos, ao se alimentarem na árvore, deixam cair os caroços das frutas, ou então, depositam os mesmos no solo através de suas fezes.  Quando retiro as mudinhas, os caroços das frutas das quais elas nasceram ainda estão nas pontas das raízes.

Algumas eu consigo doar; mas o número de pessoas que eu conheço e que tem espaço para árvores no quintal, e que já receberam uma mudinha,  diminuiu bastante.

Já não tenho espaço para árvores em meu jardim. Ele é bem pequeno. Tenho o cedro, um pau-d'água, uma laranjeira, um xaxim, um ipê amarelo, um velho manacá da serra, e um ipê roxo que ainda não floriu, mas que já ultrapassa o telhado da casa, e por isso, cogitamos cortá-lo. Uma árvore assim, tão grande, e tão próxima à casa, nos dá um certo medo. Ganhamos de presente quando nos mudamos, e no entusiasmo de plantá-la, esquecemos de verificar o quanto uma árvore assim pode crescer. Por isso, pensamos em mandar cortá-lo.

Mas então eu olho para ele - como agora - e reparo no bem-te-vi pousado no galho, filosoficamente olhando a tarde que passa... ou o casal de rabilongas que vem quase todas as manhãs namorar neste ipê. Tenho o direito de cortá-lo? Ele não me pertence!

Ainda há pouco, eu retirava alguns 'matinhos' da grama e dos canteiros. De repente, me ocorreu: como eu me acho no direito de decidir o que é planta e o que é 'matinho', eliminando os da segunda categoria?





Uma vez, eu caí e machuquei a mão. Uma pessoa que estava aqui comigo, ao ver minha mão tornar-se uma bola em questão de segundos, saiu pelo jardim procurando: "Eu tenho certeza de que vi um pé de arnica por aqui..." E eu nem sabia que tinha arnica em casa! Bem, ela pegou as folhas que encontrou, macerou-as, fez um chá forte e esverdeado e colocou tudo em uma bacia, onde mergulhei a mão machucada. Após alguns minutos, o inchaço começou a melhorar. 

Lembrei-me de quantos 'matinhos' iguais àquele eu já tinha arrancado, sem saber que era arnica! 

E enquanto escrevo, o esquilinho sobe pelo tronco do xaxim. Um beija-flor descansa no ipê amarelo, um bem-te-vi me olha do ipê roxo e três jacus pousam pesadamente sobre o cedro.

Não... nada disso me pertence.


Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...