Eu recolho entre meus braços
Todos os meus passarinhos,
Meus poemas, meus abraços,
Meus silêncios e cansaços.
Cubro-os de branco linho
Bem suave, de mansinho,
Para que eles adormeçam
No calor desse meu ninho.
Recolho minhas palavras,
Minhas facas e navalhas,
Do presente e do passado
Guardando-os em uma gaveta
Bem fechada, à cadeado.
Recolho o que me foi dado,
E também, o retirado...
Sob a egrégora do tempo,
Fica o que ficou perdido
E o que nunca foi amado.
Poema tão bonito:)
ResponderExcluirBjos
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