A minha poesia
Está sentada sozinha,
Debaixo de uma escadaria,
Sofre de gastura e astasia.
Pacientemente, ela aguarda,
Às vezes, olha para fora,
Pela vidraça...
Esmaga entre os dedos uma traça,
Suspira fundo, e não acha mais graça
Na paisagem amarelada.
A minha poesia
Anda sofrendo de azia,
Suspira profundamente,
Aguarda o brilho da estrela empoeirada
E entrementes,
Olha os próprios dentes, num espelho,
E quando lhe sobe o calor do tédio,
Faz estalar um artelho,
Mas não procura um remédio.
A minha poesia
Anda transformada em outra coisa,
Para que a minha alegria
Não morra enterrada, debaixo de outra coisa
Que quer enterrar aquilo que eu mais prezo:
A minha liberdade de grito.
E enquanto essa liberdade
Se sentir ameaçada e insegura,
Anda hei de sucumbir a essa loucura.
No corredor, passo por ela, a poesia,
Nos entreolhamos... ah, essa abulia!
Enquanto ela me aguarda... até um dia!
Boa noite, querida amiga Ana!
ResponderExcluirinteressante como, ao desenterrar a poesia, a liberdade de expressão e a vida plena vem à tona com efusividade.
Deus a abençoe muito!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem
Poesia, a máquina de guerra do pensamento. Muito bacana.
ResponderExcluirOla Ana
ResponderExcluirA poesia sempre tras alegria.
terna e intensa o sentimento de liberdade se expressa
pelos labirintos da poeta.
Lindo
Beijos, feliz dia
A sua poesia tem de fato uma beleza extremamente poética.
ResponderExcluirUm abraço,´
Élys.
Parabéns pelo brilhante poema:))
ResponderExcluirDo nosso amigo Gil António, com: Amor em frio embaraço
Bjos
Votos de um óptimo fim de tarde
Olá Ana querida
ResponderExcluirA sua poesia continua linda e perfeita como sempre.
Beijos
Ani
A poesia é o lugar que o poeta escolhe para ser livre…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.