Morrer é como ir ali,
Sair para comprar cigarros,
Ou para pagar uma conta,
E não voltar nunca mais.
É dar uma simples olhada
Do outro lado da lua,
E depois de tal vislumbre,
Mudar-se, de vez, para lá.
Morrer não tem que ser dor,
Não é preciso ter medo
Do caminho inevitável,
Que todos iremos cruzar.
É afundar a cabeça
Num lago azul profundo
E sem ter uma outra escolha,
Dormir; deixar-se afogar.
Morrer é voo de pássaro
Que se joga num abismo
Sem ter a menor ideia
De onde ele irá pousar.
Talvez não pouse jamais,
E passe a morte a voar
Por sobre o que foi na vida,
Até que uma nova vida
O venha de novo levar.
A morte é palavra forte,
Sentença definitiva
E ninguém escapará
Da sorte que está prevista
No Livro da Morte - a vida.
Intenso, profundo, como a morte o é! Tá tudo lindo aqui! bjs, chica
ResponderExcluirNossa, que lindo poema, nos faz repensar, sem medo da morte, pois tem muito de romântico, pois o que não se pode saber a gente romanceia!
ResponderExcluirAmo poder crer que nada muda, só penso que é como chegar em um lugar, bem do jeito quando viajamos e chegamos olhando tudo, querendo explorar!
Pode ser também como um sonho, quando sonhamos com pessoas que nunca nos lembramos delas quando acordamos, pois nos parece que não fazem parte dessa vida!
Quando eu sonho, literalmente falando, nunca vejo pessoas conhecidas, incrível isso, não sonho com ninguém dessa vida, acho que só com as de outras vidas!
Divagando pegando a deixa do seu texto, amei ler!
Abraços querida amiga poetisa sensível!