witch lady

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Advertência (Warning) - Um Poema Traduzido






Warning - by Jenny Joseph



When I am an old woman I shall wear purple
With a red hat that desn't go and doesn't suit me
And I shall spend my pension on brandy and summer gloves
And satin sandals and say we've no money for butter.
I shall sit down on the pavement when I'm tired
And gobble up samples in shops and press alarm bells
And run my stick along the public raillings
And make up for the sobriety of my youth.
I shall go out in my slippers in the rain
And pick the flowers on other people's gardens
And learn to spit


You can wear terrible shirts and grow more fat
And eat three pounds of sausages at a go
Or only bread and pickle for a week
And hoard pens and pencils and beermats and things in boxes

But now we must have clothes that keep us dry
And pay our rent and not swear in the streets
And set a good example for the children.
We must have friends to dinner and read the papers.

But maybe I ought to practicce a little now?
So people who know me are not too shocked and surprised
When suddenly I am old and start to wear purple.





Tradução


Advertência - poema de Jenny Joseph

Quando eu for uma mulher velha, usarei roxo
Com um chapéu que não combina e não fica bem em mim.
E eu gastarei a minha pensão com brandy e luvas de verão
E sandálias de cetim e dizer que não temos dinheiro para manteiga.
Eu me sentarei na calçada quando estiver cansada,
E engolirei amostras grátis nas lojas e farei soar alarmes
E passarei minha bengala pelas grades das vias públicas
E compensarei pela sobriedade da minha juventude.
Sairei de chinelos na chuva
E colherei flores nos jardins alheios
E aprenderei a cuspir.



Você pode usar camisas horríveis e engordar
E comer três libras de salsichas de uma só vez
Ou apenas pão e picles por uma semana
E acumular canetas e lápis e porta-copos de cerveja e coisas em caixas.

Mas agora devemos ter roupas que nos mantenham secos
E pagar nosso aluguel e não praguejar nas ruas
E dar um bom exemplo às crianças.
Devemos ter amigos e ler os jornais.

Mas talvez eu devesse praticar um pouquinho agora?
Então as pessoas que me conhecem não ficarão tão chocadas e surpresas
Quando, de repente, eu for velha e começar a usar roxo.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Trovas - natureza






Folha de palmeira
Tiras navalhadas
Projetando sombras
De esguias fadas.






Estrelas azuis
Num céu de veludo
São olhos de um santo
De alcance profundo...







Água farfalhante
Jorrando na fonte
Juntando-se às gotas
De uma chuva errante







Nuvens de silêncio
Passando no céu
Deixam brancas marcas
Como um longo véu.







Pétala escarlate
De rosa, que cai
Qual um arremate
Da vida que se esvai...







Quadrado de grama
Entre muros de hera
Cenário da trama
De uma longa espera.







Nos teus olhos verdes
Traços de beleza
Que matam minha sede
E a minha tristeza.




                                                       

Lenitivo





Nos olhos, pupilas de pedra,
na boca, um gosto de vento..
No peito, um antídoto certo
Para todos os tormentos.

Basta esse céu sobre mim, 
E as cores aquareladas
De uma tarde, após a chuva,
Basta-me o dom da palavra...

Num canto, um canto de passaro
Enfeita a esquina da vida
Como um doce lenitivo
Para cada coisa perdida

E a poesia se espalha
Pelo fio da navalha
Que corta a corda que aperta
Soltando a voz que me falha.


Quando os Cães Envelhecem


Aleph (em primeiro plano) e Latifa, ainda jovens e vigorosos




Bem cedo na manhã de domingo, desperto com um uivo profundo e melancólico. 

Eu nunca tinha escutado a Latifa- minha cadela Rottweiler que completará 9 anos em abril - uivar daquele jeito. Desci as escadas correndo, e fui ver o que estava acontecendo com ela. Parecia calma e serena, arfando alegremente em seu colchãozinho, deitada à porta da sala, na varanda. Só queria atenção, e assim que me aproximei, ficou de barriga para cima, a fim de ganhar massagens. Ela agora não quer mais ficar no canil, e ultimamente, nem mesmo na adega, cuja porta deixamos sempre aberta para que ela entre e saia quando quiser. Deseja ficar onde se sente mais perto de nós.
Latifa hoje

Lembro-me da cadela hiper-ativa, cheia de marra e de vida, que me fez perder a cabeça várias vezes há alguns anos, quando arrancava e devorava, sem a menor cerimônia e sem importar-se com os espinhos, todas as minhas nove mudas de roseiras que eu plantara com as minhas próprias mãos. Cavava buracos imensos no jardim, arrancava a grama com o focinho, roía os pés dos móveis, vinha correndo e nos dava encontrões que quase nos derrubavam. Era energia demais!

Agora, está uma senhora quase idosa, lenta, e quando me olha, vejo dentro dos olhos dela uma paciência e sabedoria que eu não via antes; parece complacente. Quando tento brincar com ela usando os brinquedos, ela se agarra a eles, rosnando, mas logo os solta - ela, que nunca perdia uma 'boa briga' de cabo-de-guerra. Os passeios noturnos tem que ser curtos, pois se os prolongamos, ela acorda de manhã com dores nas juntas das patas. É a idade chegando.


Latifa há um ano



Às vezes, quando estou dando aulas, olho para fora e a vejo deitada sob a janela da sala de aula, e quando me vê, parece sorrir por alguns instantes. Quer ficar sempre o mais perto de mim que puder!  Alguns dias, quando é 'dia de princesa ' (véspera de faxina na casa) eu a deixo circular pela casa, indo aonde quiser. Ela geralmente escolhe um cantinho, deita-se e dorme a tarde toda.

Latifa só come se tiver alguém sentado ao lado dela; caso contrário, mesmo que haja na comida os seus petiscos preferidos - carne moída, salsicha picadinha, biscoitos de cachorro- ela não come. Se deixamos a comida quando vamos sair, ao voltarmos, o recipiente encontra-se intocado. Nos sentamos perto dela, e ela começa a comer com apetite, parando para nos olhar de vez em quando.

Anda chorosa e saudosa. Dia desses, coloquei-a na cozinha comigo e liguei o CD. Enquanto cozinhava e cantarolava, ela ficava no cantinho da porta me olhando. Distraí-me, e quando dei por mim... cadê a Latifa? Fui encontrá-la na área de serviço, cabeça apoiada na cerca de madeira, olhar distante e tristonho. Será que pensava no Aleph, nosso cão que morreu há dois anos? Será que os cães tem essa memória, essa saudade? Sentei-me perto dela: "O que foi, Titifa?" Ela me olhou, soltando alguns grunhidos. E por mais que eu insistisse para que ela voltasse para dentro comigo, ela ficou lá, na mesma posição e atitude.

Latifa há dois anos
Os cães, quando jovens, tem a energia de um furacão. Correm pela casa, destruindo tudo o que lhes cai entre as patas e a boca, latem, brincam, fazem a maior bagunça. Parecem máquinas de brincar! Os cães mais velhos são os companheiros ideais: calmos, doces, atenciosos, pacientes, compreensivos. E é justamente quando eles ficam mais velhos, que notamos o quanto eles foram criando, através dos anos, traços marcantes de personalidade. 

Pena que isto só acontece quando já está quase na hora de eles nos deixarem.


Olhar de Vidro





Descansa em paz
Meu coração ainda quente
Na aspereza da tua palma,
Onde os sentimentos não brotam - nem brotarão...

Um solo estéril,
Aonde morrem até as almas,
No qual pisei,
 Em um momento
De insensatez.

Ah, a frescura da tua tez!...
Sedutora teia
Da mais vil aranha!

Teu olhar de vidro,
Que não enxerga os sentidos,
Vertente da indiferença
De uma quase-emoção tacanha!



Sobre a Admiração





"Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro."  - Theophile gautier





"Quem necessita de admiradores não tem suficiente admiração por si mesmo." -  Valter da Rosa Borges





"O inferno é perder a capacidade de amar." - Desconhecido






"Sucede frequentes vezes admirarmos de longe o que de perto, desprezamos." - Marquês de Maricá







IDEAL






Ideal


A serenidade é um estado de espírito difícil de se alcançar, pois ela pode ser abalada a qualquer momento, quando não é acompanhada pelo equilíbrio. O que não falta no caminho, são as pedras. O que não falta, em qualquer contexto onde se viva e que haja gente, são pessoas infelizes, que se comprazem ao ver a queda do outro, e até aplaudem quando alguém está triste.


Triste, não é perder; é não ter senso de humor para amparar-lhe nas horas difíceis.


Triste, não é errar; é não ter coragem de admitir seu erro, e aprender através dele.


Triste, não é chorar; é rir quando o contexto não se apresenta adequado.


Deus me livre de ser maléfica. Deus me livre de ter um riso amarelo de escárnio toda vez que alguém cair perto de mim. Deus me livre daqueles que cismam em livrar-se de suas frustrações, devido ao seu pseudo-sucesso, através da diminuição sistemática e obesessiva daquilo que o outro cria.


Deus me livre de enxergar-me tão pouco, a ponto de construir à minha volta um mundo fantasioso onde eu sou o centro, o sol, enquanto as demais pessoas giram em volta de mim, como satélites. Que meu ego jamais seja maior que meu senso de ridículo, e que a minha necessidade de autoafirmação nunca passe longe do bom senso.


Principalmente, se um dia o sucesso chegar até mim, que ele seja verdadeiro e merecido, e não apenas a parca resposta obtida por uma alma mendicante de atenção e notoriedade.



Sobre o Dia do Blogueiro





De repente, a gente abre um bloguinho. Assim, sem nenhuma pretensão. Usamos as configurações básicas, temerosos de causarmos alguma 'pane blogástica' e perdermos todas as publicações - pelo menos, esse medo foi o que aconteceu comigo. Mais tarde, percebemos que é seguro; podemos nos atrever um pouquinho mais: mudar a roupa e a cara do blog, colocar as nossas próprias fotos, se assim desejarmos, enfim, podemos brincar tranquilos pelo quintal desta nova casa.

Começamos com dois, três seguidores. Depois, vamos visitando outros espaços com os quais nos identificamos, e nos inscrevemos neles. Daí, as pessoas pensam: "Hum... quem será esta pessoa?" E vem nos visitar. Gostam (ou não) do que escrevemos, e também se inscrevem (ou não) no nosso espaço. Quando olhamos, estamos seguindo uma porção de gente, e tem uma porção de gente nos seguindo. Isto, sem mencionar os seguidores do Google+ que não tem blogs.

De repente, percebemos que aquele bloguinho ficou pequeno demais para tudo o que queremos dizer; que tal, se criássemos mais um? Afinal, seria legal ter um blog que desse espaço, não apenas às nossas próprias criações, mas também às criações daqueles a quem admiramos, cujos pensamentos gostaríamos de ver partilhados entre mais pessoas... por que não?

E ficamos felizes, prosseguimos com o nosso trabalho - que na verdade, é pura diversão. Mas.... sentimos um apertozinho. Precisamos de mais um espaço... existe alguma coisa faltando, e começamos a pensar sobre o que seria essa coisa. Pensamos, pensamos... e descobrimos! Abrimos mais um bloguinho. Começamos tudo de novo... juramos: "Este é o último!" Mas... será mesmo?

Ontem me disseram em um comentário que era Dia do Blogueiro. Achei estranho. Logo em seguida, descobri-me blogueira. Eu sou uma blogueira! Parabéns para mim!

Parabéns e felicidades a todos os blogueiros que eu sigo, e que me seguem! Parabéns e felicidades também a todos os blogueiros que eu não sigo, e que não me seguem! Neste imenso universo que é a internet, aqui dentro do Planeta Google, quem sabe, um dia iremos nos encontrar?



quarta-feira, 20 de março de 2013

Ventos





Ventos abastados
Voam, de passagem,
Por sobre os telhados.
Ventos arruaceiros,
Arrastando latas
Por ruas silenciosas
Na noite que se tranca
Sob os olhos fechados...

Vento que desfaz
Muitas esperanças
Sem dó, navalhadas...
Penugens de almas
Que voam pelos ares
Quais flocos desabridos
De espíritos contritos,
Almas esfaceladas.

Ventos que não medem
E nem pedem licença...
Derrubam, sem pensar,
As portas fechadas.




Reflexões Sobre Uma Mesa




Um belo trecho do livro Sob o Sol da Toscana, de Frances Mayes

(...)
Estive refletindo sobre a minha mesa, seus ideais tanto quanto suas dimensões. Se eu fosse criança, ia querer levantar a toalha e engatinhar por baixo da mesa sem fim, no túnel de luz amarelada onde eu pudesse me agachar e prestar atenção à risadaria, aos tinidos e à conversa dos adultos; ouvir repetidamente "Salutte" e "Cin-cin" passeando pelas cadeiras, examinar joelhos, sapatos de caminhar e saias floridas levantadas para pegar a brisa; a mesa firme sob o peso da comida. Uma mesa dessas deveria aceitar as perambulações de um cachorro de grande porte. Na cabeceira, é preciso espaço para um vaso enorme com todas as flores da estação. A largura deveria ser suficiente para que as travessas passeiem de mão em mão pelo centro, parando onde quiser,m, e para que se acumulem ao longo de horas inúmeras garrafas de vinho e jarras de água. É preciso espaço para uma tigela de água gelada na qual  serão mergulhadas as uvas e as peras, um pequeno recipiente com tampa para proteger das moscas o gorgonzola (dolce em oposição ao tipo picante, que é para cozinhar) e o caciotta, um queijo mole da região. Ninguém se importa se os caroços de azeitona são atirados ao longe. O melhor vestuário para uma mesa dessas vai dos linhos claros aos quadriculados azuis e aos axadrezados de verde e rosa, nada de branco puro, que é muito ofuscante. Se a mesa for suficientemente longa, tudo poderá ser servido de uma vez só, e ninguém terá de correr o tempo todo até a cozinha. Nesse caso, a mesa é posta para o prazer básico: refeições prolongadas, à sombra de árvores ao meio-dia. O ar livre confere conforto, descontração e liberdade. Você passa a ser hóspede e si mesmo, que é como o verão deveria ser.
(...)


À sombra das tílias, ficamos protegidos do sol a pino. As cigarras zunem nas árvores, elas são o som essencial, o âmago do verão. Os tomates são tão fortes que nos calamos ao prová-los. (...)




Chamamos os carpinteiros tímidos e calados, Marco e Rudolfo. Eles parecem divertir-se com qualquer trabalho que façam aqui. A ideia de uma mesa pintada com tamanho para dez pessoas parece deixá-los desnorteados. estão acostumados a tingir a medeira de castanho. Nós temos certeza? Eu os vejo trocar um olhar de relance. Mas a pintura terá de ser refeita de dois em dois anos. Nada prático. Nós já fizemos um esboço do que queremos e temos uma amostra da tinta também: amarelo primário.




Eles voltam quatro dias depois com a mesa, emassada e pintada: um prazo de entrega milagroso em qualquer parte do mundo, mas em especial para artesãos ocupados como esses dois. Riem e dizem que a mesa vai brilhar no escuro. Sem dúvida, ela parece vibrar de tanta cor. Os dois a carregam para o local com a vista mais ampla para o vale. Na sombra espessa, o amarelo refulge, atraindo-nos a sair da casa com jarros, tigelas fumegantes, cestos de frutas e queijos frescos envoltos em folhas de parreira.


terça-feira, 19 de março de 2013

Autoajuda, por favor...





Chego na livraria, e vou passando os olhos pelos livros: romances, história, poesias, livros técnicos, didáticos, psicologia, esoterismo, manuais, culinária, guias de viagem, fotografias... a infinidade de assuntos e temas é tal, que fica difícil enumerá-los todos aqui.

Chego a uma prateleira que diz: autoajuda. Fica difícil, definir o termo autoajuda, pois todos os livros que abro, parecem ser de autoajuda! Se eu comprar um livro que me ensine alguma coisa - cozinhar, consertar uma máquina, administrar um negócio, cuidar da saúde, aprender história, ciências, geografia, língua estrangeira, enfim, eu não estaria me 'autoajudando?' Até mesmo em um romance eu posso encontrar a tal autoajuda, pois, ao ler um romance, por mais boboca e água com açúcar que seja, eu posso, no mínimo, divertir-me. Mas, se ele for realmente bom, através de sua leitura, poderei, além de simplesmente passar o tempo:

-aprender vocabulário e gramática;
-assimilar novas formas de pensar e refletir sobre coisas importantes;
-ficar sabendo como as coisas eram e como as pessoas viviam na época descrita no romance.
-etc, etc, etc...

Tem gente que ao ouvir o termo 'autoajuda,' sente calafrios percorrendo a espinha. Devem pensar: "Ah, mais um daqueles livros que vendem receitas para a felicidade!" E não é que vendem mesmo? Compra quem precisa. E eu, como leitora de livros de autoajuda (não tenho preconceitos quanto a categorias literárias, e leio desde aquilo que chamam 'Literatura' à aquilo que chamam 'Pura Porcaria, desde que a pura porcaria não finja ser literatura), confesso que aprendi muitas coisas através deste tipo de livro.

Bem, mas para não deixar as coisas suspensas, procurei na Wikipedia - minha página de autoajuda preferida na internet - a definição oficial para autoajuda. o que estiver sublinhado, foram trechos que achei interessante destacar:


O termo autoajuda pode ser referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar econômica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto.
Antes que um movimento social em qualquer grupo cultural atinja dimensões consideráveis, tradição, experiência e reconhecimento, ele se submete a fase de auto-ajuda do desenvolvimento como grupo. Quando qualquer grupo social alcança um certo número de adeptos (cerca de 80 membros), o padrão com humanos adultos parece ser o de haver o desenvolvimento de uma "facção" de auto-ajuda que pode, eventualmente, se desagregar (ou separar-se) do grupo original. Grandes grupos que competem freqüentemente, podem tentar repudiar ou minimizar o grupo que se separou, descrevendo-o como grupo de "auto ajuda" já que a sua experiência supostamente não é tão significante nem verdadeira como a do grupo mais antigo.
O conceito de auto-ajuda também encontrou um lugar em gêneros mais expansivos. Para muitas pessoas, a auto-ajuda passou a ser uma maneira de reduzir custos, especialmente em questões legais, com serviços de auto-ajuda disponíveis para auxílio nas causas rotineiras, desde processos domésticos até ações sobre direitos autorais. No mercado, as tendências relacionadas à auto-ajuda resultaram, nos últimos anos, nos sistemas de pagamentos automatizados. Bombas de gasolina de "auto-ajuda" (self-service ou auto-serviço, como é conhecido esse sistema no Brasil) substituíram as bombas que necessitavam de um funcionário nos EUA, durante os últimos anos do século XX.
Os diversos gêneros em que os conceitos de auto-ajuda são aplicados, são trazidos juntamente com a expansão de tecnologias que dão aos indivíduos condições de conduzir atividades tanto triviais quanto as mais profundas em complexidade. A publicação de livros de auto-ajuda surgiu da descentralização da ideologia, do crescimento da indústria editorial usando novas e melhores tecnologias de impressão e no auge do crescimento, com as novas ciências psicológicas sendo difundidas. Igualmente, serviços de auto-ajuda legal cresceram em torno da expansão do acesso às tecnologias de proteção de documentosA Internet, e a sempre-crescente seleção de serviços comerciais e de informação que ela oferece, é um exemplo do movimento em torno da auto-ajuda em grande escala. Essa integração produziu um novo tipo de instrumentos, como livros com um código único impresso em cada cópia para garantir que o leitor possa realizar um teste "on-line" que quantifique onde as suas habilidades se comparam nos conceitos ditados pelo livro.

O primeiro livro de "auto-ajuda" foi intitulado "Auto-Ajuda". Ele foi escrito por Samuel Smiles (1812-1904) e foi publicado 1859. Sua frase de abertura é: "O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima frequentemente citada no Poor Richard's Almanac de Benjamin Franklin.

Argumentações

Há um crescente número de evidências que terapias psicológicas para ansiedade, depressão e outros problemas mentais comuns podem ser efetivamente combatidos através do uso de livros, programas de computador e outros meios. [carece de fontes]
Pesquisas mostraram que pessoas que tentam frequentemente resolver sozinhas seus problemas, na maioria dos casos usam técnicas similares àquelas usadas por psicoterapeutas.[carece de fontes]
Outro contra-argumento é o de que alguns leitores de livros de auto-ajuda buscam "respostas fáceis", mas isso não significa que as respostas nos livros são de fácil aplicação. Um livro pode sugerir um método de agir (fácil ou não), mas apenas o leitor pode levá-lo adiante, e muitos leitores tem mais vontade de fazê-lo que outros. Os que fazem o esforço geralmente tem mais melhorias em suas vidas.

Críticas

Embora continuem populares, os livros e programas de auto-ajuda tem sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.   (nota minha: mas não é assim que acontece com qualquer tipo de livro?)
O livro God is My Broker ("Deus é meu Agente") afirma, "O único modo de se tornar rico com um livro de auto-ajuda é escrever um". Livros de auto-ajuda também são criticados por conter afirmações pseudo-científicas que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos" e citações de teorias de outros autores que não condizem com o livro.
Outra grande crítica a auto-ajuda é o oferecimento de coisas que podem não ser atingidas pelo leitor como riqueza ou saúde, bastando acreditar em si mesmo, porém quando o leitor não atinge a meta proposta pela auto-ajuda, este torna-se infeliz por ser incapaz de realizar seus desejos.
Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional ("Eu sou deficiente, você é deficiente"), critica o movimento da auto-ajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas. 

Enfim, autoajuda é um termo muito cheio de controvérsias; mas, como quem já leu e viveu a autoajuda, posso afirmar que funciona, o que não significa que faça milagres.




Almas nas Nuvens






Há almas que dançam nas nuvens que passam,
E o vento as transforma, soprando-as para longe...
Eu não as conheço, mas por elas choro... 


Enquanto elas passam, serenas e leves 
E olhando para baixo, elas riem de mim 
Pois estão felizes, e eu, estou triste... 






Voltaire






"A originalidade não é mais que uma imitação criteriosa."



"Haverá alguém tão esperto que aprenda pela experiência dos outros?"


"É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."


"Sufoca-se o espírito da criança com conhecimentos inúteis."


"Aquilo que chamamos acaso, não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido."



"Aproximo-me suavemente do momento em que os filósofos e os imbecis tem o mesmo destino."



"Se o homem fosse perfeito, seria Deus."



François Marie Aurouet (21/11/1694 - 30/05/1778) nasceu em Paris, e foi escritor, ensaísta, deísta e filósofo. Foi conhecido por defender a liberdade civil - inclusive, a liberdade religiosa e o livre comércio. Defendeu a reforma social, apesar das severas punições a quem quebrasse as leis de censura. Por dizer o que pensava, foi preso duas vezes, e a fim de escapar a novas prisões, refugiou-se na Inglaterra durante 3 anos. Acabou sendo exilado da França devido às suas ideias liberalistas, e mais tarde, em 1778, já velho e doente, foi chamado de volta à frança. Introduziu várias reformas na França, como a liberdade de imprensa, tolerância religiosa , tributação proporcional e redução dos privilégios da nobreza e do clero. 
Fonte: Wikipedia.

Busto de Voltaire, esculpido por Houdon

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