witch lady

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cancro




Eu acho
Que o nosso cancro
Vem da vida vazia
Que vamos levando,
Da mágoa calada
No peito guardada,
Qual faca afiada
Que vai nos cortando,
Daquela  palavra
Que nós não dizemos,
Da raiva aumentada
Que vai sufocando.

O nosso cancro
Vem do desencanto
De amores frustrados
Que vamos vivendo,
Das escuras ruas
Da mente e da alma
Por onde, no ontem,
Vamos nos perdendo,
Da casa fechada,
Da falta de vento,
Da dor costurada
Que nós escondemos,
Da falsa alegria
Que vamos vendendo.

Eu acho
Que o nosso cancro
Vem daquelas contas
Que nós não devemos
E vamos pagando,
Vem da gratidão
Que nós não sentimos,
Vem dos olhos cegos
Com os quais enxergamos,
Dos ouvidos surdos
Que nós educamos,
Da falta de amor
Que por nós sentimos,
De espaços vazios
Que, com qualquer coisa,
Nós vamos enchendo.

Eu acho
Que o nosso cancro
Vem das despedidas 
Que não aceitamos,
Da indiferença
Que sempre fingimos
Que não percebemos,
Da injúria gritada
Sobre a nossa face,
Da maledicência
Que nós só fingimos
Que já perdoamos,
Da fome de vida
Que na nossa lida
Só vai nos matando.

O nosso cancro
É uma resposta
A todo desgosto
Que vamos fingindo
Que vamos levando,
Ao ódio e ao medo
Que nós cultivamos,
À inveja sentida
De nós, e por nós
Qual pedras agudas
No meio da estrada
Nas quais tropeçamos.

O nosso cancro
É aquele momento
No qual estancamos
E vemos que a vida
Que estamos levando
É a boca da morte
Que está salivando,
É o vento do nada
Que está nos soprando,
É aquela palavra
Que nunca dissemos,
Aquela vontade
Que não permitimos,
E aquele sonho
Que nós nem tentamos.


E vamos fingindo,
E vamos levando,
Vamos reprimindo,
Vamos disfarçando,
Vamos nos fechando,
Vamos nos calando,
Vamos só mentindo,
Vamos aceitando,
Vamos adiando,
E nem percebemos
Que somos a vida
Que estamos matando...

*

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

GUIZOS







Penduras guizos
Aos teus sorrisos:
Profundos silêncios...

Desfolham-se as rosas
E os narcisos.

A lágrima bruta
Tal qual diamante
Não lapidado,
Teu olhar
Dilapidado
Em teu rosto cansado...

Penduras guizos
Nos cantos dos lábios,
Os lentos passos
Que não chegaram
E nem chegarão
Àqueles paços!

Te entregas ao abismo
Fugindo, sempre,
Dos meus abraços!

Caem os guizos:
Soam tristonhos
Dentro da curva
  Num chão sem passos.

Energia Psíquica - Parte II



Trechos do Livro Energia Psíquica, de Torkom Saraydarian


Na presença de uma pessoa que esteja carregada com energia psíquica, vários fenômenos acontecem; por exemplo:

- as pessoas esquecem as coisas;
-não conseguem conversar normalmente;
-tremem;
-desmaiam;
-sentem-se afogueadas ou geladas;
-sentem certas partes do corpo movimentarem-se automaticamente;
-respiram diferentemente;
-tem pulsações rápidas ou lentas;
-ficam com a vista embaçada;
-sentem medo.

Por outro lado, algumas pessoas experimentarão um crescente bem estar. Por exemplo, sentir-se-hão:

-mais livres;
-iluminadas;
-integradas;
-despertas;
-felizes;
-alegres;
-revigoradas.



Tal diferença de reação ou resposta é o resultado do quanto cada um possui de energia psíquica.
Se houver mais resposta, haverá mais alegria, compreensão, liberdade e mais energia psíquica.
A energia psíquica de uma pessoa às vezes provoca memórias negativas em pessoas que lhe sejam antagônicas; essas pessoas se sentirão pouco à vontade diante de quem esteja carregado com a energia psíquica. Frequentemente, evitam a presença da pessoa ou arquitetam vários atos de traição contra ela, pensando que isso ajudará a curar sua irritação ou desconforto.
A energia psíquica de uma pessoa Às vezes ataca o subconsciente de uma pessoa negativa e drena todo o pus, de tal forma que a pessoa se dá conta da sua verdadeira natureza.
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Algumas emanações enfraquecerão sua energia psíquica; outras lhe darão alegria e até trarão certas iluminações em sua mente. Algumas delas libertarão certos fatos e reminiscências esquecidos. Algumas delas o farão ponderar; outras o farão agir prontamente. Algumas delas o deprimirão; outras, o incentivarão.
Observar tais experiências fará você cooperar com a energia psíquica e o avisará para ser cauteloso a respeito dos elementos psíquicos dos objetos que você próprio energiza.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PAR





Dulcíssima dupla,
Nascida em união
Metafórica e lúdica. 
Encontro de almas 
Num céu-tobogã 
De altos e baixos, 
Perdidos estavam 
Nos muitos caminhos 
Do buraco da maçã. 

Um par, que tão ímpar
Surgiu de uma bruma 
Soprada entre os dentes 
De um Deus de lunetas 
No solo tão fértil 
Da imaginação,
Mente e coração 
Frutos sem caroços, 
Sem centro, sem chão... 

Como é abominável
Toda perfeição! 
O sonho mais lindo 
E mais cintilante
Não resiste à força 
Da palma da mão, 
E morre esmagado, 
Por fim, revelado,
Trazido ao real 
É desmascarado. 

Um par tão perfeito,
E tão adorado! 
Como viverá 
Se for separado? 
As máscaras caem, 
Derretem na chuva 
Mandada do céu 
Pelo mesmo deus 
Que os havia criado... 

Não é um triste fado?

*

Cuidar da Casa e da Alma





 De vez em quando, como todos sabem, é preciso limpar a casa onde moramos. Para isso, existem vassouras, detergentes, paninhos, aspiradores, sabão e água. E se fizermos esta limpeza regularmente, ela não será tão difícil; mas quando deixamos a sujeira acumular por muito tempo, a limpeza durará muitas horas - ou dias! Vejo na TV os programas sobre os 'acumuladores de objetos,' cujas casas estão abarrotadas de coisas - as mais inúteis - até o teto, de forma que torna-se impossível limpá-las ou circular por elas. É claro, estas pessoas sofrem de problemas emocionais e psicológicos profundos, e precisam de ajuda.

Eu gostaria que houvesse um programa que mostrasse o que acontece um ano ou dois após a limpeza das casas daquelas pessoas... será que elas continuarão a manter tudo limpo e organizado, ou voltarão a acumular coisas, deixando a desordem e a sujeira se instalarem? Bem, eu acho que a maioria delas voltará ao ponto de partida, pois a sujeira e o acúmulo que elas expressam do lado de fora, em suas residências, está dentro delas. Se estas pessoas  não se tratarem, não se livrarão dela.

Assim é com as nossas almas: acumulamos sentimentos ruins, tristezas, medos, sofrimentos. Depois, ficamos tão carregados com estas coisas, que torna-se trabalhoso nos livramos delas! Daí, procuramos ajuda psicológica, terapeutas, religião, orações, aconselhamentos de amigos e familiares. Tudo isso adianta; mas se não mantivermos uma rotina diária de analisarmos nossos sentimentos e compreendermos o porquê de eles estarem ali (e não simplesmente jogá-los sob o tapete e fingir que não existem), em breve estaremos novamente deprimidos, negativos e sem vontade de viver.

Cuidar da casa e da alma: um exercício, um hábito que deveríamos cultivar sempre, e não simplesmente apenas quando a casa e a alma estiverem 'sujas.'



TRAMA








Os meus poemas
Não usam gravatas,
Polainas ou ternos,



Surgem da lama,
Eternos dilemas
Da alma insana
Que versos derrama
E até mesmo,
Às vezes,
Ama.



Os meus poemas
São de outro universo,
Avesso da trama
De um rico tecido:
Não brilham, não vencem,
Mas traçam os desenhos
E as estampas.



E de repente,
O fio arrebenta,
Cansa-se a roca
E a alma sangra.

*

A Inspiração Espiritual na Criação Artística




Trechos de "A Inspiração Espiritual na Criação Artística,"  livro de Cristina da Costa Pereira




Conceito de Inspiração no Processo da Criação Artística

Elton Medeiros - A inspiração vem, para o artista, através de uma influência mágica, muito especial, digamos uma influência espiritual. Nem todos os artistas creem nisto. Certa vez, num debate com músicos, compositores e letristas, se colocou esta questão e muitos deles descreem da realidade espiritual, o que não é o meu caso, que sou consciente desse processo.




Maurício Bentes - A inspiração é uma centelha, algo que surge. Todo mundo tem, mas a maioria não percebe. O artista, pela prática de seu trabalho, percebe quando a inspiração lhe chega.
A inspiração leva a uma harmonia com o cosmo. Ela não vem determinante, mas indicativa, sugerindo. O artista, então, exerce esse Deus que está dentro dele.
Comigo já aconteceu de eu estar fazendo uma escultura a partir de uma ideia, uma imagem que me vem à cabeça, e vou tentando chegar a ela, e vou jogando materiais fora, e nada de a escultura se realizar. Quando olho, a escultura está no chão e não na bancada do ateliê.
Nesse momento, é que questiono a academia. O aprendizado da técnica a priori pode atrapalhar a carreira de um artista. Na minha visão do processo de criação, quanto mais não-consciente, mais próximo você está da sua verdade artística. Esse processo de criação vem de um autoconhecimento, do conhecimento da 'sua' linguagem. Depois, é que o artista deve buscar a técnica. É um processo analítico. Você não aprende arte com professores, mas com mestres.
Aprendi isto com verdadeiros mestres e este processo analítico, de ajudar o discípulo a descobrir sua linguagem, a trabalhar sua linguagem, é o que faço no Museu do Ingá. Quando dou aula, sou muito inspirado, e às vezes, nem sei porque estou dizendo aquilo tudo, mas os alunos sabem por que estão ali ouvindo.




Fábio Augusto Cambório - A inspiração me vem mais forte no ato de escrever, que é o que me equilibra interiormente. Vem para mim com muito trabalho, não vem pronta. Vem-me uma ideia, confusa em princípio, e através do trabalho de escrever, reescrever e reescrever, é que as coisas vão se clareando. É algo doloroso, sofrido, energético. Mas quando o filho nasce, é uma alegria.




Itajara Dias - A inspiração é algo tão inerente a meu ser, que flui como uma cachoeira, basta haver uma forma de manifestação material: instrumento, voz.
Às vezes, até conversando a composição sai pronta, inteira. É como se minha alma saísse pelas mãos, nas conversas do dia a dia.
A minha arte não é criada a partir de exercícios. No meu caso, a inspiração não precisa de uma preparação. Mas, também, se eu estiver concentrado, ela chega.
Desde criança, estive sempre muito sintonizado com a faixa vibratória da música.






Perguntais por que moro na verde montanha,
Intimamente, sorrio, mas não posso responder.
As flores de pessegueiro são levadas pela água do rio...
Há outro céu e outra terra, para além do mundo dos homens. - Li Po ("Diálogo da Montanha" - in Poemas Chineses)



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ribalta




Não sei o que rola
Nas ribaltas
Desse grande teatro...
Meu lugar é o palco,
O picadeiro,
Pois sou palhaço!

Apupos, aplausos,
Risadas e 'Ohs..'
Aprumo meus passos,
Levanto minha voz
E pinto no rosto
Uma lágrima de tinta.

Mas não sei
O que rola nas ribaltas,
Não quero saber
Das notas dissonantes
Nessa pauta!
Mantenho apenas
No canto do rosto
Lágrimas retintas...

(E no canto da boca
Um riso escondido
Pelo que se move
Nos corredores cinzas
Desse imenso circo!)


*

Oração- Encontrada entre as páginas da Bíblia de minha mãe





Senhor,
No silêncio desta prece
Venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força.
Quero sempre olhar o mundo
Com os olhos cheios de amor,
Quero ser paciente, compreensivo, prudente.
Quero ver além das aparências:
Teus filhos, como Tu mesmo os vês.
E assim, Senhor,
Ver somente o bem em cada um deles.

Fecha meus ouvidos a todas as calúnias,
Guarda minha língua de todas as maldades,
Para que só de bênçãos se encha a minha alma.
Que eu seja tão bom, tão alegre,
Que todos aqueles que se aproximarem de mim
Sintam a Tua presença.

Reveste-me de Tua beleza, Senhor,
E que no decurso deste dia,
Eu Te revele a todos.

(Autor desconhecido)




Obs: virando e revirando as páginas dos livros de minha mãe e suas caixinhas, ando descobrindo aspectos de sua personalidade que eu não conhecia, e compreendendo-a muito mais.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Meus Desertos




Meus Desertos

Dias longos,
Grandes espaços marcados de passos
Áridos, quentes, abertos,
Noites frescas e ventosas,
Areias e rosas,
Sangue e esqueletos.
São assim, os desertos
Por onde me perco.

Há poucos oásis,
E no céu,
A lua tem cinco fases
(A última, sempre mais negra)
A saudade é uma nesga
De escuridão sob o sol.

Há cactus, espinhos e cobras
-Mas há as rosas,
Lembranças finas, vaporosas,
Que em tranças se estendem
Pelas dunas sinuosas.

São assim, os meus desertos,
Povoados de fantasmas,
Anjos decaídos
Demônios que me tentam,
E se encolhem, sofridos a um canto
Quando eu não os escuto...
E por pura piedade,
Eu às vezes olho para trás
E os ouço, por segundos.

São assim os meus desertos,
Luas, oásis, serpentes,
Anos desfeitos em segundos,
Uma sede remitente,
Sombras de cactus e versos
Bem no meio do mundo.


Arte





"Tudo no mundo é duplo; visível e invisível. O visível, de resto, interessa sempre muito menos."        - Cecília Meireles





"A arte tem essência divina, é uma manifestação do pensamento de Deus, uma radiação do cérebro e do coração de Deus, transmitida sob a forma artística."           - Léon Denis





"O sublime da arte é a poesia do ideal, que nos transporta para fora da esfera estreita da nossa atividade; o ideal, porém, existe positivamente nessa região extra-material, onde não se penetra senão pelo pensamento, o que a imaginação concebe, embora não a divisem os olhos do corpo. Que inspiração pode trazer ao espírito a ideia do nada?"            - Alan Kardec




"Esse talento que te faz tão altaneiro,
Não vem de ti; é um dom, como a beleza ou a graça,
Mais te orgulhes, se o tens, o teu cavalo de raça...
Pois foi comprado com o teu dinheiro."           - Cristina da Costa Pereira





"Estou sempre entre duas correntes de pensamento: primeiro, as dificuldades materiais, que me obrigam a andar de um lado ao outro para ganhar a vida; segundo, o estudo da cor."      -Vincent Van Gogh





"A todos os amantes da arte, suplico-lhes, respeitosamente, que não deixem morrer o imenso tesouro milenar que cobre a superfície espiritual da Terra."     - Federico García Lorca





"O processo da verticalidade:  
É a sua religação - terra/céu. Se você ficar só nele, você desaba, perde a sua tridimensionalidade ligada ao tempo.
O processo de horizontalidade: 
Se você está ligado somente ao processo cronológico da vida, da sobrevivência, da preocupação material, mesmo a cultural e artística, de status, de erudição, de projeção na mídia, você também não tem sustentação, pois não está ligado ao processo cósmico.
Quando há o cruzamento da horizontalidade com a verticalidade, o ponto de junção é o amor. Ele é que faz a religação cósmica e humana. Quando você trabalha com esses dados, você é um  ser planetário.
Esse é o momento desencadeador do processo de criação artística."   -   Fernando Federico Amadeus.









sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Yin e o Yang, O Equilíbio




do livro "Curar a Casa - Do Poltergeist ao Feng Shui, a Moradia Como um Organismo Vivo." 
Autora: Hilda Ikeda







"A ciência médica entende a doença como o desequilíbrio da saúde. O equilíbrio é a base da saúde, da beleza e da harmonia. Segundo a cultura chinesa, as batidas do coração, a respiração, o sono e a vigília, o dia e  a noite, as marés altas e as marés baixas, o homem e a mulher, tudo são manifestações do Yin e Yang, da eterna alternância e do equilíbrio dos opostos que torna a vida possível.
Desde a antiguidade, o Yin foi associado ao feminino, escuro, suave, úmido, posterior; geralmente, com a terra e com a lua. O Yang, ao contrário, representa o masculino, o luminoso, o forte, frontal, duro, seco, o céu e o sol, por exemplo. O ponto exato está em encontrar o equilíbrio entre ambos.
Muitas vezes a arquitetura moderna, em sua busca de originalidade e espetaculosidade, pode cair em falta de equilíbrio Yin e Yang que secreta e sub-repticiamente quebra a  harmonia que se procurava.
A sintética tabela a seguir permitirá estabelecer melhor as diferentes manifestações do Yin e do Yang na casa:






                                                                Yin                                                               Yang

                                                   Cores escuras e frias                                 Cores claras e mornas

                                                  Mobiliário de linhas curvas,                      Mobiliário de linhas retas e
                                                  sem ângulos marcados.                              ângulos marcados.
                                                 Iluminação indireta, tênue                          Iluminação direta, intensa.
                                                Assentos baixos (pufes)                               Assentos com respaldo alto
                                                Ambiente silencioso                                     Música, burburinho
                                                Revestimentos fofos (tapete)                       Revestimentos duros (mosaicos)
                                                Amplos espaços vazios                                 Excesso de ornamentação


                         



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

...E se de repente...





E se de repente, tudo o que você achou que estava dando errado em sua vida - e na vida dos que o cercam - se revelasse um estratagema da própria vida para conduzir as coisas ao caminho certo, rumo ao melhor desfecho? E se todas as suas tentativas frustradas de mudar o destino, ao invés de serem um castigo, fossem  para protegê-lo de você mesmo? 

E se de repente todo o sofrimento pelo qual você passou - e todo o seu julgamento de que Deus o tinha abandonado à própria sorte e não mais ouvia suas orações - fossem apenas armadilhas da sua própria mente, do seu orgulho, do seu medo, do seu desejo de controlar as coisas?

E, se de repente, após uma grande tempestade cheia de aparentes destruições, o sol brilhasse sobre um diamante que estava encravado sob a sujeira - e que só poderia ter vindo à tona após essa grande enxurrada?

E se de repente, você descobrisse que tudo o que aconteceu foi para o bem de todos, sem exceção? Você descobre que as pessoas envolvidas naquele acontecimento não estavam ali por acaso; que os obstáculos que você tanto abominou e repudiou, estavam ali para que você não se desviasse do caminho certo e chegasse exatamente aonde está agora: no destino que a vida preparou.

Se de repente isso acontecer em sua vida, é porque você estava sendo guiado e protegido o tempo todo, por uma força que nunca te abandonou, mesmo naquelas horas em que você a amaldiçoou. Uma força que sabe o quanto você pode ser um imbecil nas horas mais impróprias, uma força que sabe o quanto a sua fé pode ser pequena e mesquinha quando ela é testada.

Bem, se um dia isso acontecer com você, caia de joelhos e agradeça. Agradeça, apenas. Porque finalmente, você aprendeu que não tem mesmo controle sobre todas as coisas, porque se tivesse, sua vida seria uma bagunça ainda maior do que já é. Caia de joelhos, e agradeça, e aprenda a confiar mais na vida e nessa força que te rodeia e que te conhece muito mais do que você conhece a si mesmo. Submeta-se a esta força, e saiba, tenha certeza: você estará protegido.


*

Parceiros

O TUCANO

O Tucano O TUCANO   Domingo de manhã: chuva ritmada e temperatura amena. A casa silenciosa às seis e trinta da manhã. Nada melhor do que me ...