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sexta-feira, 19 de julho de 2013

DIAS DE VENTO







Libra é um signo do ar. Eu sou de libra, portanto, amo o vento. Gosto de sentar-me no jardim em dias de vento e conversar com ele, que me responde através dos sons de meus sinos de vento.
Ontem - terça feira - foi meu dia de faxina. Enquanto varria, aspirava, tirava o pó e esfregava, abri todas as janelas e portas da casa e pedi ao vento que me ajudasse. Eu limpava a sujeira física, e ele percorria os cantos, sacudindo as cortinas e banindo energias negativas acumuladas, ocasionais espíritos das trevas e maus pensamentos. 
Pus cobertores, almofadas, edredons e travesseiros ao sol, na varanda, e o vento sacudiu-lhes a poeira e os prováveis ácaros.
Ele passava assoviando, levando consigo para bem longe todas as impurezas. Eu cantava, e ele respondia. Ficamos nessa pareceria por toda a tarde. 
Quando finalmente terminamos, acendi alguns incensos pela casa e pelo jardim, e ele soprou o cheiro pelos quatro cantos, ajudando a perfumar tudo e acalmar as energias. 
Agradeci ao vento pela grande ajuda, enquanto ia fechando as portas e janelas, cerrando algumas cortinas e chamando São Jorge e meu Anjo Guardião para que Eles reenergizassem a casa toda.
O sol já ia se despedindo, e dentro da casa limpa e refrescada, paz e silêncio. Tomei uma chuveirada bem quente, coloquei uma roupa limpa e agradeci a todos os meus ajudantes.
Em resposta, o vento assoviou de leve pela greta da janela.



AVENTURAS EM PORTUGAL






Texto inspirado nas dificuldades e diferenças linguísticas entre o português falado no Brasil e o português falado em Portugal.




Entramos naquele restaurante maravilhoso – eu e meu amigo português. Uma garçonete mal-humorada aproximou-se de nossa mesa, estendendo-me o cardápio. Dentre tantas variedades de pratos, achei melhor que ela sugerisse alguma coisa. Franzindo o cenho, ela respondeu:
- Sugiro a punheta.
Olhei-a, sem acreditar no que acabara de ouvir! Meu amigo permanecia impassível, olhando o cardápio. Tentando não criar um caso, decidi:
-Vou comer uma bacalhoada.
Enquanto isso, meu amigo decidiu:
- De entrada, traga-nos cacetes amanteigados. Para beber, um sumo de laranja. Eu vou ficar com a punheta.
Aos berros, a garçonete faz o pedido:
-Dois cacetes amanteigados e sumo de laranja para a mesa oito! Uma bacalhoada e uma punheta!
Senti-me corar. Meu amigo percebeu, e achando que eu estava chocada pela maneira escandalosa da garçonete, ele comentou, rindo:
-Não te preocupes! Ela deve estar com histórias... com licença, vou ali cumprimentar meu amigo banheiro um minutinho e já volto.
Enquanto eu esperava a refeição, o celular do homem na mesa à esquerda tocou, e ao atendê-lo, ele disse: “Está lá?”
Naquele momento, entra no restaurante um grupo de crianças barulhentas, acompanhadas dos avós, supus, e o homem ao telefone diz:
-Como? O que disseste? Fala mais alto, pois acaba de adentrar uns canalhas barulhentos!
Fiquei escandalizada pela maneira como ele se referiu às crianças. Meu amigo voltou, e não querendo ser indiscreta, não comentei o assunto. Fizemos nossa refeição, que estava deliciosa, e chamando a garçonete, meu amigo pediu duas bicas. Também perguntou-lhe se ela sabia aonde ficava a paragem de autocarro mais próxima, o que ela nos informou entre grunhidos.
Deixamos o restaurante. Meu amigo perguntou-me se eu não gostaria de olhar as montras, e sem graça, eu respondi que não (não tinha a menor ideia sobre o que ele estava sugerindo que eu olhasse). Então, ele pediu-me licença, dizendo que precisava ir comprar fita-cola para sua esposa, e eu sorri, pois sabia exatamente o que aquilo significava. Orgulhosa pela minha inteligência, afirmei, caprichando no sotaque de Portugal:
-Entendi! Vais comprar durex!
Meu amigo me olhou como se eu fosse de outro planeta, corando muito, e respondeu-me:
-Não! Já disse, vou comprar fita-cola! Enquanto isso, fique lá naquela bicha a guardar nosso lugar!
Olhei para o lugar que ele estava apontando, e vi um homem afeminado parado em um ponto de ônibus. Pensei no quanto seria preconceituoso referir-se a um gay daquela maneira no Brasil! Indignada, perguntei:
-Onde queres que eu fique?
E meu amigo, já impaciente:
-Ali, naquela bicha, junto ao paneleiro!
Olhei, mas não vi panela alguma... mesmo assim, fui até o lugar que ele me indicou, e dez minutos depois, meu amigo estava de volta. Estendeu-me uma caixa de goma de mascar, oferecendo:
-Queres uma pastilha elástica?
Por via das dúvidas, agradeci e recusei. Naquele momento, nosso ônibus chegou. Acho que devido à longa viagem e a tudo o que havia ingerido no restaurante, comecei a sentir-me um pouco enjoada. Meu amigo sugeriu que fôssemos a uma farmácia para que eu tomasse uma pica digestiva.
Agradeci novamente, e disse que já me sentia bem melhor.
Ele comentou:
-Antes tivesses comido a punheta!
Concordei com ele, só para não perder o amigo.


Glossário


punheta: bacalhau cru desfiado
cacetes: paezinhos
estra com histórias: ficar menstruada
banheiro - salva-vidas
Está lá? - alô?
canalhas - grupo de crianças
bica - cafezinho
paragem de autocarro - ponto de ônibus
montra - vitrine
fita-cola - durex
durex - camisinha
bicha - fila
paneleiro - gay
pastilha elástica - goma de mascar
pica - injeção

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sobre Passar Roupas




Sobre Passar Roupas


Quando não gostamos de fazer alguma coisa, existem técnicas neurolinguísticas avançadas, nacionais e importadas, para nos ajudar a fazer com que elas tornem-se suportáveis - ou quem sabe, agradáveis. Uma vez, li em um livro zen que todo mundo deveria fazer, todos os dias, alguma coisa da qual não gosta, como disciplina de espírito. 

Bem, depende da coisa! Imaginem só, se um heterossexual convicto decide disciplinar o espírito cedendo aos domínios da carne como se fosse um homossexual, ou vice-versa? Não daria certo... Ou se a sogra decide fazer faxina na casa da nora todo final de semana, apenas pela disciplina espiritual? As delegacias andariam ainda mais cheias!

Bem, mas vamos voltar a falar das coisas simples, pois nem toda frase de efeito é necessariamente prática. Quais são, afinal, as vantagens de se passar roupas?

1) A roupa fica passada, e a gente não fica andando por aí feito um maltrapilha.

2) Podemos exercitar o braço direito. É bom trocar de vez em quando, para exercitar o braço esquerdo também.

3) Podemos aproveitar para ouvir um pouco de música; basta pegar o CD portátil e tentar relaxar... de repente, podemos cantar junto! E bem alto! Quem canta, seus males espanta, e quem sabe, alguém escuta e se oferece para passar a roupa no nosso lugar, contanto que paremos de cantar?

4) Quando a gente termina e põe tudo arrumadinho no armário, fica tudo bonitinho e cheiroso, e por algum tempo, se houver visitas intrometidas na casa, elas elogiarão a sua organização.

5) A gente tem tempo para pensar nas coisas. Bem, nem sempre isso será positivo... se você estiver meio-brigada com o cara-metade, pode sentir-se tentada a queimar aquela camisa caríssima, favorita dele... OK, só um pouquinho, ali nas costas. Ele vai vestir e nem vai perceber (só os outros).

Pensando bem, passar roupa até que é bom... não é não?


Punhal





PUNHAL





Havia um punhal na bainha,
Acomodado à cintura,
Um punhal bem afiado,
Brilhando na noite escura...

Havia um punhal, e eu o via,
Mas não soube, ninguém disse
Se ele ali estava, em riste,
Para cortar os nós da corda
Ou da concórdia, os laços...

Mas sei que senti sua presença
No meio daquele abraço...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Batendo um Bolo





BATENDO UM BOLO

Hoje acordei com vontade de comer bolo. Não aqueles bolos maravilhosos que compramos na padaria, embalados em saquinhos plásticos e cheirando a pecado. Não; queria um bolo simples. Um bolo-família, como os da Tia Rosa.

Lembrei-me da época em que ela nos fazia suas visitas, trazendo sempre um saco de maçãs. Conversa vai, conversa vem... quatro horas da tarde. Boa hora para tomar um café. Café com bolo. Ela dizia:
"Ruth (minha mãe), pega os ingredientes que eu vou bater um bolo." E minha irmã e eu ficávamos sentadas à mesa da cozinha perto dela, enquanto nossa mãe untava a forma e batia as claras em neve à mão, pois não tínhamos batedeira. Tia Rosa colocava as gemas e o açúcar, misturava bem, formando uma farofa, depois acrescentava a manteiga, o leite, e finalmente, o trigo. Batia vigorosamente. Batia também nas nossas mãos ansiosas por enfiar o dedo na massa: "Assim desanda a massa", ela dizia, fingindo que estava zangada.

Enquanto isso, o sol de final de tarde entrava pela janela da cozinha.
Depois, ela acrescentava o fermento, as claras em neve e esquentava o forno. Derramava a massa na forma untada, picava maçãs por cima... e minha mãe preparava o café no coador de pano.

Se uma de nós abrisse a porta da cozinha, ela ralhava, dizendo: "Fecha a porta, ou o bolo embucha! Não se abre porta em cima de forno quente, menina!"

Os bolos da Tia Rosa tinham sempre uma fofura que até hoje, não consegui copiar. Hoje de manhã, tentei seguir os mesmos passos que ela, rigorosamente, mas cometi um pequeno erro, eu acho: usei a batedeira. Ao invés de maçãs, bananas. Esquentei o forno, derramei a massa na forma untada. Após dez minutos, o cheiro já começava a se espalhar pela casa. O tempo todo, parecia que ela estava de pé atrás de mim, dizendo: "As claras ainda não estão no ponto. Pique as bananas mais fininhas. Unte bem a forma."

Sempre há um pouco de ansiedade nos segundos que antecedem a retirada de uma forma de bolo do forno. Estará murcho? Graças a Deus, saiu uma cuca de bananas quase perfeita. Só seria perfeita se a Tia Rosa a tivesse feito. Coei o café (na cafeteira elétrica, filtro de papel) e comecei meu dia com uma grossa fatia de bolo.





Afazeres






AFAZERES


O dia nasce, impreterivelmente, desbancando o sono e o cansaço. Olho da janela e vejo que o quintal precisa ser varrido, e a grama, limpa. Os pássaros comeram todas as bananas, e a água dos colibris deve ser trocada.

Preparo o café, enquanto ligo o computador e checo meus e-mails. Logo depois, vou lá para fora, dar o lanchinho dos cães, o remédio, o bom dia. Carinho matinal. Tomo meu café, e nisso, chegam os pedreiros. 

Ligar para minha irmã, ver se ela está bem. Lavar a louça da preguiça noturna. Preparar o almoço, varrer a casa, fazer a cama. Roupas para passar... tudo de novo! Quanto mais as passo, mais a pilha cresce...

Bom dia ao vizinho; como ele está de saúde? Recupera-se? Sim, agora está tudo bem. Mais um dia. 

Devo limpar os armários da cozinha e espalhar neles alguns cravos, contra as formiguinhas. Não é que funciona mesmo? Coloquei dois no açucareiro, e os sucos e cafés ficam com um gostinho ao fundo... ainda bem que gosto de cravos. 

Muitos afazeres... toda uma semana deixada para trás, quando quase nada foi feito, limpo ou arrumado. Ainda preciso preparar a aula da noite. Encomendar a ração dos cães... Nossa, quanta poeira sobre a mesinha da sala! Vamos limpando!

Água. Sabão. Colocar os panos de limpeza de molho no alvejante. Sou - volto a ser - uma dona de casa. Meus tempos de heroína acabaram.



ENYA




Eithne Ní Bhraonáin, conhecida como Enya, (Gaoth Dobhair, 17 de maio de 1961) é uma catora, instrumentista e compositora irlandesa. Enya é uma transliteração aproximada de como Eithne é pronunciado na língua Irlandesa.


Começou sua carreira musical em 1980, e se juntou rapidamente à banda Clannad, de sua família, antes de sair para prosseguir com sua carreira solo. Através de seu álbum Watermark, que foi lançado em 1988, obteve reconhecimento internacional, e Enya ficou conhecida por seu som único, que foi caracterizado por camadas de voz, melodias folk, cenários sintetizados e reverberações etéreas.





Enya continuou fazendo sucesso constante durante os anos 1990 e 2000. Seu álbum de 2000, A Day Without Rain, obteve vendas recordes (mais de 15 milhões) e foi o álbum mais vendido por uma artista feminina em 2001. Enya é a artista solo que mais vende e, do país, é oficialmente a segunda maior exportadora musical, depois da banda U2. Ao todo, Enya vendeu mais de 75 milhões de discos. Seu trabalho lhe rendeu, entre outras coisas, uma indicação ao Oscar. Ela é conhecida por ter cantado em 10 línguas diferentes durante sua carreira até agora. Enya é uma das artistas femininas que mais vendeu álbuns nos Estados Unidos, com mais de 26 milhões de cópias no país. Em 2005, lançou o bem recebido disco Amarantine, cantando algumas músicas na língua Loxian, desenvolvida pelo casal Ryan.





 Em 2008, lançou o disco And Winter Came, cujos temas principais são o Natal e o Inverno. Enya é uma das musicistas mais talentosas e originais da atualidade, preferindo o sucesso musical à mera fama. Disse em uma entrevista: "Eu tenho uma vida muito privada. É muito importante para a música, eu penso que a razão porque consigo ter uma vida privada, é porque a música é maior que eu. Alguns artistas são maiores que a música".



Enya ama gatos. Em uma entrevista publicada em 1988, quando indagada sobre animais de estimação, respondeu: "Eu tenho um gato. Amo gatos, houve uma época que possuía doze. São uma grande felicidade. Eles ficam deitados ao sol e quando vêem a mim sobem em meu pescoço."

O compositor de clássico favorito de Enya é Sergei Rachmaninoff.



Os hobbies de Enya incluem assistir a filmes de romance em preto e branco, colecionar artwork (ilustrações: desenhos e fotografias que são preparados para serem incluídos em um livro ou em propaganda), ler e pintar.







Fonte: Wikepedia



A tristeza Fecha as Janelas



A tristeza fecha as janelas,
Todas elas.

Deixa no ar um som de lamento,
Causa uma dor que olha para fora
Da escuridão que está
Do lado de  dentro.

A tristeza pode não dar nenhum momento de paz,
Nenhum  momento!...

Pinta de negro as cores de um dia,
Renega tentativas
De qualquer paz, qualquer alegria,
A tristeza não perdoa,
E quando dói, é dor fremente,
Doa a quem doer...

A tristeza recolhe-se em si mesma,
Planta gavinhas no coração,
Que se agarram cada vez mais.

A tristeza não perdoa:
Faz chorar qualquer sorriso...

Mas a tristeza, quando vem,
Traz sempre consigo uma mensagem,
Que se encontra no final
De uma estrada escura, e talvez, longa,
Mas somente quem a cruza,
Sem negação, vencendo o medo,
Poderá reencontrar 
Sua alegria, e a si mesmo.





terça-feira, 16 de julho de 2013

Colagem




Ponha ali, bem à esquerda, 
Um pedacinho de azul,
Mas que seja bem clarinho,
Como o céu num final de tarde.

Deixe que a chuva caia
E espalhe pelo dia
Um cheiro de terra molhada,
Formando poças de espelhos
Para refletir o céu.

Coloque do outro lado,
Roseiras e margaridas
Flores em rosa e lilás,
E uma poltrona macia
Para eu ver o por do sol.

Lá longe, ponha eucaliptos,
Pinheiros, cedros, ipês,
Fruteiras, um jacarandá
E um salgueiro chorão
Para ser meu companheiro.

Coloque no centro de tudo,
As lembranças mais bonitas,
Aquelas, que trazem-nos vozes,
E imagens coloridas.

Escolha uma trilha sonora
Para cada movimento,
Salpique estrelas de prata,
Deixe o luar branco e redondo
Bem no centro.

Cubra tudo com beijo de vento,
E perfume de café;
Emoldure com cuidado,
Pois esta,
É a minha vida,
É...


A Morte Não é Nada - Santo Agostinho




Santo Agostinho: A morte não é nada.





A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.

Me deem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.



Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.



A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?

Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Partidas Sem Chegadas





Partidas Sem Chegadas


Naquele braço de rio,
Um barco tão esperado
Que nunca, jamais chegou...
E o braço fica esticado,
Desenhando no horizonte
A esperança malograda.

Tarde esquecida, noite parda,
Sem luar e sem estrelas...
Nas águas do rio, mágoas,
Sono agitado na esteira.

Naquele braço de rio
Não houve barcos ou águas
Que trouxessem algum alento,
Que lavassem tantas mágoas!...

E a distância anunciada
Pelo silêncio total
Dos barcos que se perderam
Em mil portos diferentes
Que anunciam só partidas,
Mas partidas sem chegadas...

Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...