Quando chove,
As flores viram os rostos para o céu,
As folhas brilham, deixando ir as que estão soltas,
Os passarinhos trinam felizes sobre os galhos,
As correntezas correm em paz entre os cascalhos.
-Só nós nos escondemos.
Quando chove,
Os rios engordam as suas correntezas,
E levam com eles aquilo que sobra das suas águas
Para o mar revolto,
Que se expande em ondas espetaculares,
Tão belas quanto mortais.
-Só nós nos encolhemos.
Quando chove,
A natureza toda parece brilhar de alegria,
Os cães correm nos quintais, brincando de pegar,
As crianças riem, descalças sobre as correntezas,
Mas os poetas,
Nós pensamos nas nossas tristezas,
E enquanto tudo se entrega, se molha e se alegra,
Só nós lamentamos.
Boa tardinha de serenidade, querida amiga Ana!
ResponderExcluirQue lindo!
A poeta é conhecedora dos sentimentos humanos e da natureza que a rodeia, é uma visionária.
Muito bom passar por aqui agora!
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Boa noite Ana,
ResponderExcluirMenina o texto ficou maravilhoso, destaco>>>
"Quando chove,
Os rios engordam as suas correntezas,
E levam com eles aquilo que sobra das suas águas
Para o mar revolto,
Que se expande em ondas espetaculares,
Tão belas quanto mortais.
-Só nós nos encolhemos."
Sobejou inspiração e talento!
Bjss