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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O Vento







O vento passou pelos sinos,
Sacudindo-os em nervosos tilintares.
Trouxe cheiros de flores, de florestas e de mares,
Levou pensamentos cinzentos.

Assoviou entre as folhas das árvores,
Derrubando algumas que estavam distraídas,
E que não se agarraram suficientemente 
À vida.

O vento, quando passa, modifica tudo:
As plantas, as nuvens, as borboletas, 
Que giram no ar como em pobres roletas
Que a vida assopra e dissipa pelo mundo.

Pelo corredor da minha casa, flores de outros quintais
Jazem à sua sorte e esperam por uma morte
Que há poucos minutos, sequer lhes ocorria.

Assim somos nós, quando o vento nos beija:
Cerejas derrubadas dos ramos,
Panos secando nos varais da vida,
Borboletas girando sem direção,
Folhas arrancadas de árvores sofridas...





2 comentários:

  1. Ana Bailune escrevendo ou noutra situação qualquer, é sempre nosso dever, mesmo com os ventos a contrariarem, em qualquer circunstância, devemos conta aplanar a vida.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Ouço passar o vento...
    Vento forte que tudo leva, mas deixa todo tipo de saudade neste peito enrijecido pelo sofrer. Bate a porta do meu coração e arrastas maus pensamentos para cima do mar.É vento forte Ana que inspira esta bela poesia inspiradora neste movimento de palavras esvoaçantes, que nos arrebatam aos braços da poesia.
    Linda inspiração e que os bons ventos estejam sempre a seu favor como diz numa canção celta.
    Meu carinho no abraço amiga cavaleira do Apocalipse.
    Beijo amiga.

    ResponderExcluir

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