O vento passou pelos sinos,
Sacudindo-os em nervosos tilintares.
Trouxe cheiros de flores, de florestas e de mares,
Levou pensamentos cinzentos.
Assoviou entre as folhas das árvores,
Derrubando algumas que estavam distraídas,
E que não se agarraram suficientemente
À vida.
O vento, quando passa, modifica tudo:
As plantas, as nuvens, as borboletas,
Que giram no ar como em pobres roletas
Que a vida assopra e dissipa pelo mundo.
Pelo corredor da minha casa, flores de outros quintais
Jazem à sua sorte e esperam por uma morte
Que há poucos minutos, sequer lhes ocorria.
Assim somos nós, quando o vento nos beija:
Cerejas derrubadas dos ramos,
Panos secando nos varais da vida,
Borboletas girando sem direção,
Folhas arrancadas de árvores sofridas...
Ana Bailune escrevendo ou noutra situação qualquer, é sempre nosso dever, mesmo com os ventos a contrariarem, em qualquer circunstância, devemos conta aplanar a vida.
ResponderExcluirBeijos
Ouço passar o vento...
ResponderExcluirVento forte que tudo leva, mas deixa todo tipo de saudade neste peito enrijecido pelo sofrer. Bate a porta do meu coração e arrastas maus pensamentos para cima do mar.É vento forte Ana que inspira esta bela poesia inspiradora neste movimento de palavras esvoaçantes, que nos arrebatam aos braços da poesia.
Linda inspiração e que os bons ventos estejam sempre a seu favor como diz numa canção celta.
Meu carinho no abraço amiga cavaleira do Apocalipse.
Beijo amiga.