Eram contas de um colar pesado,
Sem brilho, um tanto funesto
Que alguém usava em volta do pescoço
Como uma forma de protesto.
Elas traziam o peso dos anos
Insanos marcos de um viver profano;
Com nó de forca denso e sufocante,
Feria a própria pele qual um tirano.
Pagava as contas que já havia pago,
Cobrando outras já prescrevidas,
E um peso insano arrastava, assim,
Ao longo de toda a sua pobre vida.
As contas negras e acinzentadas
Ao fogo da injúria moldadas,
Não conferiam nenhuma beleza
A quem, com orgulho, as portava.
Enfeite tosco, de puro mau gosto,
Um arremedo de joia valiosa,
Imitação barata e sem valor
Arte jocosa, ao fogo destinada.
A vida hoje em dia e todos os seus atores permeiam muito este aspecto do tosco.
ResponderExcluirBejão
Eu respeito as jóias queridas de quem não pode pagar mais...
ResponderExcluirInspiram-me compaixão...
Ótima semana, Ana
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Gostei muito da postagem :))
ResponderExcluirBjos
A chave...numa insana desorientação.
Boa Segunda-Feira
Bem complexo seu poema,bem interessante!
ResponderExcluirAdorei o texto, reflexivo e poético, além de bastante interessante!
ResponderExcluirUm forte abraço.
Belo texto, sensível e reflexivo!
ResponderExcluirBeijos afetuosos!
Sutil analogia com critica às crendices e pensamentos malignos sobre pessoas.
ResponderExcluirPoesia com arte e com endereço. Entendo.
Abraços Ana.
um pouco denso e intrigante
ResponderExcluir:)