Aquele vaso à janela
Onde mora a flor
De pétalas perfumadas
E cintilantes,
As folhas erguidas ao céu
Como numa prece constante,
Aquela flor sempre igual
Que atrai teus olhos
Ao inclinar-se, feliz,
À brisa dançante...
E tu a regas, diariamente
Mostrando, contente, a tua flor
A todos os visitantes...
E um dia, de manhã,
Tu olhas na direção
Da janela onde ela fica
E vê que já não é bonita,
Até que, de repente,
Ela já não é...
E perplexo diante de um vaso
Vazio de qualquer beleza
Tu ficas, de olhos surpresos
Pensando na flor que se foi,
Guardando uma pétala caída
Dentro do livro
Da tua vida.
E assim, aprendes a viver
Da memória daquela flor,
Daquele efêmero ser
Que te tornou diletante,
O teu amor que se foi,
A tua flor inconstante...
Yes, it is sad when things of beauty come to an end, but that's all the more reason to appreciate them while they last.
ResponderExcluirQue lindo Ana!
ResponderExcluirOlha que até lembrei do Pequeno Príncipe.
Uma flor que nos cativa e por não ser perene, somos levados ao sentimentos de perda, de incompletude.
Um show amiga de poesia de elegância e beleza.
Bjs e bom fim de semana Ana.
Sabe Ana,
ResponderExcluiruma das muitas perguntas
que tenho me feito é:
para onde vai o amor
de quem deixa de sentir amor?...
Abraço imenso.
Aluísio Cavalcante Jr.
Amiga/Poetisa, Ana Bailune !
ResponderExcluirQue belo poema !
Certamente, filho de um momento iluminado
por um profundo sentimento...
Parabéns, querida, e uma feliz semana, com
o meu fraterno abraço.
Sinval.