Alguns poemas de Emily Dickinson:
Ter Medo? De quem terei?
Não da Morte – quem é ela?
O Porteiro de meu Pai
Igualmente me atropela.
Da Vida? Seria cómico
Temer coisa que me inclui
Em uma ou mais existências –
Conforme Deus estatui.
De ressuscitar? O Oriente
Tem medo do Madrugar
Com sua fronte subtil?
Mais me valera abdicar!
A uma luz evanescente
Vemos mais agudamente
Que à da candeia que fica.
Algo há na fuga silente
Que aclara a vista da gente
E aos raios afia.
Morri pela Beleza – mas mal eu
Na tumba me acomodara,
Um que pela Verdade então morrera
A meu lado se deitava.
De manso perguntou por quem tombara…
– Pela Beleza – disse eu.
– A mim foi a Verdade. É a mesma Coisa.
Somos Irmãos – respondeu.
E quais na Noite os que se encontram falam –
De Quarto a Quarto a gente conversou –
Até que o Musgo veio aos nossos lábios –
E os nossos nomes – tapou.
Escondo-me na minha flor,
Para que, murchando em teu Vaso,
tu, insciente, me procures –
Quase uma solidão.
Me ata – canto mesmo assim
Proíbe – meu bandolim –
Toca dentro, de mim –
Me mata – e a Alma flutua
Cantando ao Paraíso –
Sou Tua –
Boa tarde Ana.
ResponderExcluirConheço poucos poemas de Emily Dickinson, o primeiro é meu preferido já a algum tempinho, pretendo ler mais...
Uma linda postagem, parabéns!
Amei a postagem dos belos poemas de Emily, que eu admiro demais. Parabéns! Tenho um livro com uma seleção de poemas dela e sempre estou relendo. Bjsss
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