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terça-feira, 2 de abril de 2013

Conhecimento Tolteca




Trechos do livro "Além do medo", - ensinamentos do xamã Miguel Ruiz, por Mary Carol Nelson




"Cada humano tem alguma frequência de luz, que é sempre existente no sol. Essa frequência está sempre ligada, como um raio, à Terra. Enquanto o sol e a Terra existirem, esse rio é permanente. Se modificarmos o nosso ponto de vista em termos de tempo e espaço, é possível vermos aquele rio de luz como algo sólido, da mesma maneira que, no nosso tempo e espaço, vemos uma mão humana como algo sólido. Nós já sabemos que, se modificarmos o nosso ponto de vista para um tempo e um espaço menores e mais velozes, não vemos mais a mão humana como sólida. Em vez disso, podemos ver todos os átomos, todos os elétrons como um campo de energia que está em movimento e que não é sólido. O rio de luz, como qualquer outro rio, mantém a sua forma, mas nunca é o mesmo."



"O inferno é uma doença na mente da humanidade. O mundo inteiro é um hospital.
O céu é exatamente o oposto do inferno. É um lugar de alegria, amor, paz, comunicação e compreensão, sem nenhum juiz ou vítima. No céu há clareza. Você sabe quem é. Não culpa mais nem a si mesmo nem às outras pessoas."


"Os Toltecas não são contemplativos. Tem um grande respeito pelo mundo material. Nesse sistema, não há necessidade de ser pobre nem de ser ambicioso. Você usa o mundo material, mas sabe que ele não lhe pertence. A maioria dos acordos representa apegos. Dizemos que este é o meu corpo, a minha casa, a minha família, a minha vida... mas isto não é verdade. Se você ficar com medo de perder as suas aquisições materiais ou emocionais, aquilo é o inferno."


"Quando o corpo morrer, continuaremos a perceber com instrumentos diferentes. A mente morre e nós ainda iremos perceber, mesmo sem instrumentos, porque somos luz. Foi isso que Jesus quis dizer quando disse: "Eu sou a luz. Eu sou o que dá a vida porque sou eterno."

Essa é também a mensagem Tolteca. Só existe uma única mensagem, porque existe apenas a Unidade, em todas as realidades, em todos os universos. Se entendemos isso, podemos entender todas as coisas."


"Miguel nos lembra que, na Bíblia, Jesus nos disse "Eu morro diariamente", o que está de acordo com o conceito Tolteca de que só existe transformação."


Xamãs




Consumiram nas chamas os xamãs,
E as suas palavras
Jazeram, quebradas
Aos pés das cruzes flamejantes,
De onde escorria sangue.

Suas bocas coladas
Caladas,
Os olhos perfurados,
As línguas arrancadas...
Suas visões, 
Consideradas heresias
De almas possuídas pelo Mal.

E ao descerem das cruzes
(Calados)
Foram canonizados,
Ganharam auréolas como coroas
De um triste reinado...

E até hoje, 
As leis são pregadas
Vindas de um saber congelado
E adulterado.

Dói, ser santo...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Desejar o Mal





Mensagem encontrada no blog "Seja Feliz - escolhi Ser feliz e Quero Partilhar as Lições que Descobri" por Beco

Não se regojize com a desgraça alheia. Não deseje o mal dos outros, não alimente este prazer mórbido.

O que te satisfaz mais: as suas conquistas ou as desgraças dos outros?



Pode parecer um comentário espantoso, mas acontece com mais frequência do que se imagina: "Bem feito, quem manda ser arrogante?" "Sabia que ele ia fracassar! Aliás, com tanta empáfia!"

As pessoas que justificam os seus fracassos pelo sucesso dos outros, são assim. Não conseguem se dissociar dos outros. 

"Eu me dei mal porque ele se deu bem."

Quem deseja o mal para os outros, acaba colhendo o mal. Colhemos o que plantamos.



Se nos pegamos sofrendo toda vez que vemos o sucesso alheio, é bom refletir sobre isso. Podemos estar incorrendo nesse comportamento tóxico.

Algumas recomendações que podem funcionar, embora não tenhamos esse defeito de caráter:

-Se regozije com o sucesso alheio. Sinta a alegria e a felicidade pela realização de outrem.
-Abandone a inveja, pois ela alimenta esse comportamento.
-A indiferença com a realização dos outros também é um sintoma associado. Se ligue no sucesso do outro. Procure saber, e se alegre ao saber.
-Abrace uma atitude boa, generosa, simpática e compassiva.
-Se coloque no lugar do outro e sinta você mesmo a alegria do outro.
-Uma regra que funciona é não fazer com o outro o que não gostaria que fizessem contigo.
-Imagine que outros estivessem te desejando o mal, e torcendo pelo seu fracasso. Como isto bate no seu coração?


-Quando vocalizar algumas frases típicas, faça-o de coração:

-Bom dia pra você!

-Boa sorte na entrevista de emprego!

-Boa sorte nas provas!

-Tenha um bom final de semana!

-Faça uma boa viagem!

-Seja Feliz! 




MUSA






Musa


Vida,
Única musa dos meus poemas,
Pego tua alegria,
Teu riso,
Tua lágrima,
Tua dor e tua pena,
E transformo em guizos
A enfeitar as minhas cenas...

Vida,
Mãe-natureza que rebrilha
Em cada flor, em cada trilha
Nos negros cúmulos, que chovem
Fazendo brotar cada esperança...

Ah, vida,
Minhas letras nascem das tuas,
E se eu me ponho, assim, tão nua,
Tão sem pudor e sem medidas,
É apenas por ti,
Em tua homenagem,
Oh, vida!

Vida,
Irmã da morte,
Mãe dos desejos e dos sonhos,
Atravessemos seus caminhos
Alegres ou tristonhos
Com a certeza preferida
De que até mesmo os tropeços,
São chances para recomeços,
São partes desta mesma vida!




domingo, 31 de março de 2013

A Chave Mestra






Trechos de "A Chave Mestra - 24 Lições Para Atrair Sucesso e Prosperidade" - por Charles F. Haanel




"O excesso de trabalho, de diversão ou de atividade física de qualquer tipo produz condições de apatia mental e de estagnação., tornando impossível fazer o trabalho mais importante que resulta em percepção do poder consciente. Portanto, devemos com frequência procurar o silêncio. O poder vem do repouso; no silêncio, podemos estar quietos; nessa condição poemos pensar, e o pensamento é o segredo de toda conquista."





"Segundo nos revela a moderna psicologia, quando iniciamos algo e não completamos ou quando tomamos uma decisão e deixamos de mantê-la, estamos formando o hábito do fracasso; fracasso absoluto, ignominioso. Se você não tiver a intenção de fazer algo, não comece. Se começar, vá até o fim, nem que o céu desabe. Se decidir fazer alguma coisa, faça-a; não admita interferência e nada nem de ninguém. Se o 'eu' dentro de você determinou algo, aquilo está decidido. O dado foi lançado - não há mais discussão."





"O homem que olha para dentro, em vez de olhar para fora, não pode deixar de fazer uso de forças poderosas. Essas acabarão por lhe determinar o curso na vida, fazendo-o vibrar com tudo o que há de melhor, mais forte e mais desejável."





"Encontramos exatamente a mesma lei em vigor no mundo espiritual; falamos de mente e matéria como duas entidades separadas, porém uma percepção mais clara torna evidente que só existe um princípio operativo: a mente."





"Dificuldades, desarmonias e obstáculos mostram que estamos nos recusando a abrir mão daquilo que já não precisamos, ou estamos nos recusando a aceitar aquilo que solicitamos.
O crescimento se dá por meio da troca do velho pelo novo, do bom pelo melhor. É uma ação condicional ou recíproca, pois cada um de nós é uma entidade pensante completa, e essa inteireza nos faz receber somente na medida em que tivermos dado.
Se nos apegarmos obstinadamente ao que temos, não poderemos obter o que nos falta."





"O preço do sucesso é a eterna vigilância."



Memória






A memória chora
Pelo que ficou...
Antes,
Tivesse ido.

No silêncio,
Os risos...
Ecos
E fantasmas
Do que não está.

Cacos de vidro,
Sementes secas
Poeira seca,
Retratos
Amarelecidos..

Páginas abertas
De um negro livro
Que aprisionou
A luz
E o riso
Daquilo que não foi
Nem será, jamais,
Esquecido.


Relâmpago









De repente, a luz,
Mas a que não salva;
A luz menos alva,
Que nos traz
A tempestade.

Prenúncio,
Presságio,
Revela a cruz
Sombra de nuvem,
Trovão.

E eu me encolho,
Crispando as mãos;
Recolho-te dentro
Do meu coração.





O Corso





Passou o corso, trazendo alegria,
Deixando, no meio da rua,
Os ecos de sua folia
Pedaços coloridos
De doce ilusão.

Passou o corso, aliviando as mágoas,
Esmagando as dores,
A ilusão caía,
Em chuva de prata,
Acenos na carreata.

Risos passavam com ele,
As serpentinas jogadas
Entranhavam-se nas tristezas,
Arrancando-as
E elas voavam...

Passou o corso, entre risos de alcaçuz,
Mas como tudo na vida,
Ele se foi,
Cessou a escansão 
Deixando atrás 
Do seu rastro de luz
A escuridão.

sábado, 30 de março de 2013

Um Pouco de DNA - Para melhor entendermos as nossas origens









Trecho do livro "Sobrenatural - os mistérios que cercam a origem da religião e da arte" - por Graham Hancock



(...) Uma segunda linguagem química da mesma antiguidade pode ser vista nos ácidos nucleicos, DNA e RNA. Classificados entre aquela ampla categoria de compostos sintéticos conhecidos como polímeros, eles são cadeias de moléculas gigantes, cada uma das quais caracterizada por padrões repetitivos - "bases" - de apenas quatro elementos químicos. Para o RNA eles são adenina, citosina, guanina e uracil (representados pelas letras iniciais A, C, G e U). para o DNA, as primeiras três bases são as mesmas - ou seja, adenina, citosina e guanina, enquanto que a quarta é timina (T), parente tão próxima da Uracil que não cria nenhuma incompatibilidade nas constantes interações que aparecem ao nível celular entre filamentos de DNA e filamentos de RNA.

Esses dois polímetros (com o DNA geralmente 'no comando' e o RNA fazendo as funções subalternas de 'mensageiro') carregam toda a informação genética exigida para construir organismos vivos, e são os gabaritos fundamentais da hereditariedade. Além do mais, o DNA e o RNA, com suas quatro bases, permanecem exatamente os mesmos e preenchem exatamente as mesmas funções em todas as coisas vivas, quer sejam bactéria ou elefante, mosca ou cachorro, água-viva ou acácia, repolho ou borboleta, peixinhos ou baleia, verme ou homem, 4 bilhões de anos atrás ou hoje. Tudo que muda é a ordem das letras, A, C, G e T no código genético escrito no DNA de cada organismo e, é claro, na quantidade de DNA que cada organismo possui. Assim, a bactéria intestinal E. coli consiste de apenas uma única célula dentro da qual está enroscada uma cinta de meio milímetro de polímero DNA; em contraste, como vimos, cada uma das milhares de bilhões de células que formam o corpo humano contém 2 metros do mesmo DNA - obviamente carregada com muitos mais parágrafos de código genético do que as insignificantes E. coli tem ensejo ou necessitam. Ainda assim, grande quantidade de informação é exigida para codificar mesmo as mais simples formas de vida. Mycolasma genitalium é a menor bactéria conhecida pela ciência, mas, apesar disso, exige bastante DNA para realizar seu código genético de 580 mil letras. O mais extenso código genético que especifica um ser humano consiste de aproximadamente 3 bilhões de letras, seguindo cada uma daquelas fitas de DNA de 2 metros de comprimento enroscadas dentro de cada uma de nossas células.  (...)

.  .  .


Uma nota minha: assim sendo, se nosso código genético é formado da mesma matéria com a qual é formado o código genético de todas as criaturas vivas, sejam elas quais forem, até mesmo um coliforme fecal,onde podemos dizer que somos assim tão superiores / inferiores às outras criaturas, e uns aos outros?


Feliz Páscoa a todos.


Um Pouco de DNA/RNA Para Melhor Entendermos as Nossas Origens








Trecho do livro "Sobrenatural - os mistérios que cercam a origem da religião e da arte" - por Graham Hancock



(...) Uma segunda linguagem química da mesma antiguidade pode ser vista nos ácidos nucleicos, DNA e RNA. Classificados entre aquela ampla categoria de compostos sintéticos conhecidos como polímeros, eles são cadeias de moléculas gigantes, cada uma das quais caracterizada por padrões repetitivos - "bases" - de apenas quatro elementos químicos. Para o RNA eles são adenina, citosina, guanina e uracil (representados pelas letras iniciais A, C, G e U). para o DNA, as primeiras três bases são as mesmas - ou seja, adenina, citosina e guanina, enquanto que a quarta é timina (T), parente tão próxima da Uracil que não cria nenhuma incompatibilidade nas constantes interações que aparecem ao nível celular entre filamentos de DNA e filamentos de RNA.

Esses dois polímetros (com o DNA geralmente 'no comando' e o RNA fazendo as funções subalternas de 'mensageiro') carregam toda a informação genética exigida para construir organismos vivos, e são os gabaritos fundamentais da hereditariedade. Além do mais, o DNA e o RNA, com suas quatro bases, permanecem exatamente os mesmos e preenchem exatamente as mesmas funções em todas as coisas vivas, quer sejam bactéria ou elefante, mosca ou cachorro, água-viva ou acácia, repolho ou borboleta, peixinhos ou baleia, verme ou homem, 4 bilhões de anos atrás ou hoje. Tudo que muda é a ordem das letras, A, C, G e T no código genético escrito no DNA de cada organismo e, é claro, na quantidade de DNA que cada organismo possui. Assim, a bactéria intestinal E. coli consiste de apenas uma única célula dentro da qual está enroscada uma cinta de meio milímetro de polímero DNA; em contraste, como vimos, cada uma das milhares de bilhões de células que formam o corpo humano contém 2 metros do mesmo DNA - obviamente carregada com muitos mais parágrafos de código genético do que as insignificantes E. coli tem ensejo ou necessitam. Ainda assim, grande quantidade de informação é exigida para codificar mesmo as mais simples formas de vida. Mycolasma genitalium é a menor bactéria conhecida pela ciência, mas, apesar disso, exige bastante DNA para realizar seu código genético de 580 mil letras. O mais extenso código genético que especifica um ser humano consiste de aproximadamente 3 bilhões de letras, seguindo cada uma daquelas fitas de DNA de 2 metros de comprimento enroscadas dentro de cada uma de nossas células.  (...)

.  .  .


Uma nota minha: assim sendo, se nosso código genético é formado da mesma matéria com a qual é formado o código genético de todas as criaturas vivas, sejam elas quais forem, até mesmo um coliforme fecal,onde podemos dizer que somos assim tão superiores / inferiores às outras criaturas, e uns aos outros?


Feliz Páscoa a todos.



sexta-feira, 29 de março de 2013

Troca de Olhares










Um segundo os aproxima, 


Uma abertura no tempo... 


É mais que um simples momento, 


Muito mais que só rotina... 



De repente, duas almas 


Reconhecem-se nesta vida, 


Uma delas, como gente, 


E a outra, como cão. 



Vê-se logo, nas pupilas, 


Que ali dentro, mora um anjo... 


É um amor sem proporção, 


E se houver uma carícia, 


Selará uma amizade, 


Preenchendo um grande vão. 







Textos de Humor






Textos de Humor


Como muitos já sabem, há algum tempo faço parte da escrivaninha dos Cavaleiros do Apocalipse, e meu personagem, chama-se Anna Vagalume. Outras pessoas, além de mim, também já fizeram parte, mas por motivos pessoais, nos deixaram; atualmente, ficamos Marcelo Braga (ou Magrelo Praga) e eu.

O que é um texto de humor?

Desde os primórdios da comédia, os textos de humor tratam do cotidiano, das pessoas comuns, e antigamente, estes personagens eram retratados nos palcos de teatro em todo o mundo; lá estavam eles: o cobrador de impostos, a dama hipócrita, o vizinho, o plebeu  e até o Rei! Todos eles retratados de forma cômica, com suas piores 'qualidades' ricamente caricaturadas. E os teatros ficavam cheios, pois todo mundo gostava daqueles personagens - com os quais, muitas vezes, se identificavam.

Porque rir de si mesmo é uma das coisas mais relaxantes que existem. Apenas as pessoas realmente desprendidas são capazes de tal proeza. Nós mesmos, que fazemos parte da escrivaninha dos cavaleiros do Apocalipse, somos personagens ridículos de nossas tramas ridículas. Porque o ridículo faz rir.

Hoje em dia, é muito comum as pessoas considerarem bullying o que antigamente era chamado de 'brincadeira.' Hoje em dia, as pessoas chamam de preconceito, abuso, cretinice aquilo do qual elas mesmas riem (desde que se trate do político, do artista de TV, do personagem da novela). 

Programas como Casseta & Planeta, A Grande Família, Entre Tapas e Beijos, Zorra Total, A Praça é Nossa, CQC, Pânico na TV e muitos outros, sobrevivem fazendo troça do cotidiano. Isto chama-se comédia. A comédia da vida. Todos que os assistem dão gargalhadas ao identificarem, entre os personagens, o político, o vizinho, o professor, e até eles próprios! Nos tempos da censura, não se podia ridicularizar os políticos; mas graças a Deus, a censura acabou, terminou!

E qual é o objetivo dos Cavaleiros do Apocalipse? Rir e fazer rir. Retratamos o ridículo, o lado engraçado  do cotidiano. Jamais citamos nomes de pessoas do Recanto das Letras, embora alguns possam estar lá. Até nós estamos! Eu mesma sou a personagem 'desconfiada' e 'brigona', enquanto Marcelo é o 'preguiçoso' e 'oportunista.' Se não fosse assim, não haveria humor.

Não temos como objetivo 'atacar' ou ferir ninguém. Se alguém pensa assim, está errado. Podemos usar o espaço, entretanto, para tentar refutar ataques a que somos submetidos, vindos de pessoas que clamam pela sua liberdade de expressão, e ao mesmo tempo, tentam controlar a liberdade alheia. E podem ter certeza que os personagens que criamos inspirados nestas pessoas, não são sequer dez por cento do que já tivemos que engolir vindo deles...

Poemas & Poetas






Poemas & Poetas



Ah, a arte de escrever poemas... é preciso antes passar pelo coração, e então, esticando o fio que nos une ao invisível - e que só é encontrado dentro do coração de cada um -, segui-lo, trazendo de lá (embora eu não saiba onde é 'lá) as linhas do poema. Mas todo poema deve, primeiro, passar pelo coração. Ou cairá natimorto na folha, seco, sem sentido, embora metricamente correto. 


Eu não tenho um estilo preferido de poema, quando leio. Jamais conto métricas, jamais procuro rimas. O que eu procuro, está além da beleza estética, embora esta seja importante. A beleza real de um poema, para mim, descansa na sua alma. Um poema, após escrito, adquire alma própria, e torna-se vivo. Não importa seu formato: pode ser um soneto, uma aldravia, um Haikai, um indriso... tanto faz! Pode até ser o que chamamos de 'livre.' A única condição, é que ele tenha alma, e sobreviva, após criado, sem a interferência do criador. 


Escrevo poemas, preferencialmente, livres. Raramente reviso o que escrevi, porque é assim que eu me sinto melhor. Não tenho, e nem nunca tive, absolutamente nada contra quem escreve diferente, e quem me conhece, sabe disso. Escrevo como gosto, e leio e comento todos os tipos de poemas, sem preconceitos. Não acho que as pessoas devam escrever desta ou daquela maneira. 


Algumas vezes aventuro-me pelos caminhos dos sonetos, aldravias e haikais. Gosto de experimentar também; mas na verdade, quando meus poemas nascem, eles apenas jorram, e sinto que é melhor deixá-los como estão. Mas não tenho absolutamente nada contra as formas mais rígidas de escrever poemas; se tivesse, simplesmente não os leria ou comentaria. Se não os escrevo com mais frequência, não é por não gostar ou sentir-me 'incompetente', e sim porque sinto-me mais à vontade nas formas livres. 


É sempre um imenso prazer ter um poema lido e apreciado, vê-lo comentado. Tenho certeza de que a maioria das pessoas há de concordar comigo. Mas não é este o meu principal objetivo ao escrever. Não quero concorrer com ninguém, não desejo provar nada a ninguém ou comparar-me com quem quer que escreva em qualquer estilo. Há espaço para todos! Acima de tudo, tenho plena consciência de que escrever poemas não vai tornar-me rica ou famosa. Não mesmo... se continuo escrevendo, é porque uma necessidade maior que eu toma conta de mim. 


Existem, no Recanto das Letras e na literatura mundial, poetas de todos os estilos, para todos os gostos. Para mim, a missão do poeta, é deixar o mundo mais bonito. Nem que seja apenas o mundo que o circunda. O poeta fala das coisas que ele vive, mostra a sua visão dos acontecimentos, expressa sua alegria e sua tristeza, sua indignação e sua dor, sua felicidade e seu medo. Mas acima de tudo, o poeta é um mensageiro além de si mesmo; não acredito que ele deve considerar-se origem, e sim, passagem. 


Confesso que às vezes soa-me estranha a minha própria voz, quando falo daquele 'meu' poema... como um pai ou mãe amorosos não criam filhos para si mesmos, o verdadeiro poeta não cria poemas para si mesmo; cria-os para o mundo, para os leitores! E mesmo que sejam demasiadamente introspectivos, depois que os escreve e publica, seja em livros ou blogs e sites na internet, o poeta não mais pode dizer que 'possui' o poema. 


Não faço aqui apologia ao desrespeito aos direitos autorais, que devem ser respeitados, e para isto, existem leis que os asseguram; mas se vejo um poema meu publicado em outros espaços, desde que haja menção à autora ( e autora não significa proprietária), eu fico feliz. Sinal de que as pessoas gostaram! Sinal de que fui útil a alguém. 



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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...