witch lady

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Caminho Escarpado





Por favor, tome cuidado,
O caminho é escarpado!
Pise bem mais devagar
E olhe bem para os lados,
Os seixos no chão são soltos,
Podem fazê-la cair...
Machucar-lhe a confiança
Matar-lhe toda a esperança!

Por favor, tome cuidado,
O caminho é escarpado!
Logo, desce a escuridão
E não mais verás a estrada
Que, lá em baixo, te aguarda,
Tão reta, segura e tão certa!
Pense bem, ainda há tempo
De escolher outro caminho
Pois aquele que escolhestes
Está minado de espinhos!

Por favor, tome cuidado,
O caminho é escarpado!

BRUMA






O que se esconde 
Do nosso mundo
Mas se revela
Por entre a bruma?

Será um sonho,
Um outro mundo
Uma lembrança,
Uma pergunta?

Quem sabe, até
Uma resposta
À tal pergunta
Que não ousamos?

Ou talvez, nada,
Só a brancura
Apenas bruma,
Apenas bruma?...

Alma no Papel





Ponho a alma no papel,
Mas não há papel
Sendo interpretado.
Não sou personagem
Da minha própria vida.

Sou real,
Tenho cara, sentimentos,
Assino embaixo
De tudo o que digo
Com meu próprio nome.

Para mim, é assim
Que deve ser.
Não me importa o que seja
Para você.

Somos livres!

FIM


..E todos correram, assustados,
Na direção da porta aberta
E da única luz que brilhava!

Lá fora, tudo desmoronava,
Lá dentro, a esperança
De uma salvação que os resgatava!

Ouviam os gritos daqueles
Trancados do lado de fora,
Os que não tiveram acesso...

Pensavam que para eles,
Não haveria outro caminho,
A não ser, o retrocesso.

E quando o fim chegou,
Todos morreram, ao mesmo tempo:
Os do lado de fora
E os do lado de dentro.



Dona do Mundo



Dona de tudo, proprietária,
Por ela, e só por ela,
Passavam os que saíam
E os que entravam...

Porteira sagaz,
Tão seletiva,
Ia cortando a todos 
Que não tinham laços,
Cujos passos,
Não conseguia amarrar!

Mas lá no peito, uma amargura,
E uma vontade de morrer,
De chorar!
Matava a liberdade
Porque tinha medo de voar!


Liberdade



Mais vale um colibri voando
Que um na mão...

Ele entrou em minha casa, há alguns anos. A foto é antiga, e encontrei-a  ao vasculhar meus arquivos.

Fotografei e soltei, após vê-lo debatendo-se na minha vidraça.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De Repente



De repente, fechei os olhos e não te vi.
Apurei os ouvidos, mas não te ouvi,
Procurei-te nos sonhos, e não te achei...

De repente, olhei dentro de mim, 
E tu não estavas,
Compreendi que aquele a quem eu amava
E que eu tanto buscava, já não é...

De repente, compreendi que esquecer é mero acaso,
E que eu mergulhava em um rio raso,
E que o amor que eu te tinha, se afogou.

De repente, percebi que a dor era opção,
Que eu sofria e chorava sem razão,
De repente, curei meu coração!

Não Perca a Fé!




A força da tua fé
Vai te levar por uma outra estrada,
Onde a paisagem é mais feliz
E tua esperança,
Mais arejada.

Não perca a tua fé,
Pois ela é o que de mais
Importante te resta,
E ela te olha,
Através desta fresta...

Não perca a fé,
Pois mesmo dentro da noite
Mais negra, ela será
Tua luz,
Teu conforto,
Tua resposta.

Haicais - No Jardim



Voa colibri
Coleta o mel das flores
Leva na língua.

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A rabilonga
De olhos tão vermelhos
Pousa no muro.

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As maritacas
Passam voando em bandos
Pousam na mata.

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Pássaros brigam
Pelas frutas maduras
Do comedouro.

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A tarde é linda
Sob este céu de chumbo...
Sorri a vida!

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Grama se espalha
Por entre o vão das pedras
Faz labirintos.

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As tiriricas
Espalham-se na grama
Criam raízes.

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Catavento só
Catando a brisa fria
No fim da tarde.

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Um cão dormindo
E em seu doce sono
Sonhos tranquilos.

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Sinos de vento
Melancolia acorda
Parte-se em cacos.

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Pé-de-laranja,
Joaninhas passeiam
Nas folhas calmas.

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Roseiras nuas,
A feira das formigas
Foi muito farta!





MINIPOEMAS - Natureza





Grama cortada 


Cheiro de grama cortada 


Lá fora, uma paz concluída, 


Cá dentro, uma alma fechada... 


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Céu e Nuvens 


Quantas nuvens há no céu, 


Para onde vão todas elas? 


A resposta está no vento, 


Mas nem mesmo ele a conhece! 


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Passarinhos 



Final de tarde, aperta a fome, 


Passarinhos procuram por algo 


Que lhes alimente os sonhos 


Até a manhã seguinte... 


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Aranha 



Na teia, aterrorizante, 


O ícone dos meus medos!... 


Uma aranha está imóvel 


Com os olhos bem atentos! 


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Montanha 



Todo o esforço da subida 


A paisagem recompensa... 


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Hera 


O muro coberto de hera 


fantasia-se de verde... 


mas debaixo do verde, há um muro, 


Frio, liso, escuro e duro! 


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Estrelas 



As estrelas se derramam 


Por sobre o pano da noite... 


Cá embaixo, distraídos 


De tanta beleza, os homens! 


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Riacho 



O rio contou-me um segredo, 


Mas logo correu a passar... 


Levou consigo o sentido 


Para as profundezas do mar... 


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Cachorrinho 



Um cachorrinho latia 


Para os fantasmas da noite 


Só ele é quem percebia 


Da morte, a fria foice... 


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Vaga-lumes 


Pousados sobre o cipreste 


São como luzes natalinas! 


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A REALIDADE






A REALIDADE

A realidade, sem a fantasia,
É como uma lenda sem alegoria,
É um sonho torto numa noite insone
É sangue parado nas veias de um morto.

A realidade, pura e simplesmente,
É solo arenoso, estéril semente,
Viver doloroso, aquarela sem cor
Dor intermitente, vida sem sabor.

A realidade, sem a poesia,
É comida fria, sem tempero algum.
É um barco à deriva numa tempestade,
perfume sem cheiro, adeus sem saudade.

A realidade, sem imaginação,
É um vale sem eco, amor sem paixão,
Beco escuro e triste, estrada sem destino,
Presente sem futuro, bandeira sem hino.

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...