witch lady

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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

TRISTE VERDADE

 



 

 

Sejamos realistas: algumas batalhas são ganhas e outras perdidas. Ora desse povo acampado em frente aos quartéis voltarem para casa. Não existe nada lá para a Direita brasileira. As pessoas estão perdendo seu tempo alimentando falsas esperanças – muitas vezes, fomentadas por canais do YouTube sensacionalistas em busca de ‘likes’ e seguidores.

No caso de Bolsonaro e das urnas eletrônicas inauditáveis, ele confiou no respaldo das Forças Armadas. Entretanto, já não se fazem mais Forças Armadas como antigamente, e esses generais deveriam trocar suas fardas por pijamas de bolinhas cor-de-rosa. Mas continua o povo iludido nas ruas, acampados em frente aos quartéis clamando por um deus que não existe e achando que esse deus os ouvirá, quando os únicos que poderiam ajudar, se acovardaram.

Não acho que as eleições devessem ser anuladas. Se Lula está lá, é porque o povo merece exatamente isso, e quem sabe, esses quatro anos de PT sejam necessários para que aqueles que ainda acreditam neles se desiludam de vez. Não acredito no acaso.

Porém, existem algumas pessoas que se acham donas do poder, representadas por um ditador que se denominou o proprietário do país, e estas pessoas deveriam ser presas, e as chaves, jogadas no lixo. Para isso – e apenas para isso – eu acho que as Forças Armadas deveriam ter feito uma intervenção, já que o senado não passa de um bando de covardes com rabos presos.

Muitos dirão que isso seria inconstitucional; mas a nossa constituição já está sendo utilizada como papel higiênico há muito tempo. Ela foi reinterpretada, rasurada, amassada, e finalmente, rasgada e queimada.

Não vejo nenhuma solução. Acho que o povo deveria recolher sua esperança e voltar para casa a fim de aproveitarem seus últimos dias de liberdade, pois ao amanhecer de 2023 poderemos nos surpreender com as Forças Armadas rebaixadas à guarda nacional particular do PT e batendo continência ao Lula. Sinto muita pena de nós. Lamento profundamente por um país riquíssimo, que sempre teve tudo para se tornar o melhor do mundo e que nunca conseguiu devido à corrupção e ao egoísmo de alguns.

Concordo com quem diz que é uma luta do bem contra o mal, mas não é como nos filmes, quando o bem sempre vence. Aqui é a vida real. Já vimos o mal vencer e se alastrar inúmeras vezes. Basta ligar a TV ou o YouTube e vemos notícias sobre guerras, corrupção, assassinatos. O Mal venceu, como acontece na maioria das vezes. E isso vai continuar acontecendo enquanto a maioria das pessoas se alinharem com o Mal.

Admitimos que um criminoso corrupto fosse novamente erguido à posição de presidente  desta nação, e agora nada mais há a ser feito. E nem adianta rezar; Deus também se cansa dos imbecis.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

UM DIA INTEIRO

 


 

 

Não consigo dormir até mais tarde, e à medida que envelheço, tenho a impressão de que meus dias estão começando cada vez mais cedo. Hoje, feriado de 15 de novembro, abri os olhos à 4:45 da manhã e não consegui mais dormir.

 

Os sons dos passarinhos na árvore à janela do quarto me atraem feito um ímã. Logo, a luz avermelhada do sol começou a entrar através das cortinas. Peguei meu Kindle e fui sentar-me na varanda para ver o sol nascer – e ele nasceu lindo, entre nuvens pesadas  cinzentas e arredondadas, caprichosamente formatadas pelo vento. Olho para as copas das árvores e vejo que as criaturas da natureza despertaram bem mais cedo do que eu – sabiás na lida, maritacas voando em bandos pelo céu, meu casal de tucanos, que fez ninho em um tronco de árvore morta, se esforçando para alimentar o filhote. Bem-te-vis cantam, trocando mensagens à distância. As cambaxirras andam pelo muro com seu filhotinho, que bate as asinhas pedindo comida.

 

Olho lá para baixo e vejo Mootley, meu cachorrinho, caminhando pelo jardim. Faço silêncio, pois se ele descobrir que já estou acordada, fará um escândalo, e isso acordará minha outra cachorrinha, a Leona, e ambos passarão a latir e esmurrar a porta da cozinha até que eu vá até eles.

 

Gosto de acordar sempre cedo, pois na minha opinião, dormir até tarde é viver apenas a metade do dia, o que significa, no final das contas, viver pela metade. O dia será longo, e haverá muitas tarefas a serem feitas: preciso limpar a geladeira e passar a roupa. Preciso cuidar do almoço e também preparar as minhas aulas para amanhã. E quanto mais cedo eu começar, mais tempo livre eu terei no decorrer do dia.

 

Tive tempo até mesmo de escrever esta breve crônica.

 

Bom dia a todos.

 

 



quinta-feira, 10 de novembro de 2022

VAI, CARAMELO!!!

 


 

Só nos resta rir (enquanto podemos), nesse país onde tias do zap enroladas em bandeiras do Brasil e pessoas de meia-idade são tratadas como nazistas e facistas quando se manifestam, e as quadrilhas do MST que invadem propriedade privada e assassinam gado à pauladas, são a turma do "amor." 

 

Vamos rir, afinal, este é um país onde a Constituição virou papel higiênico e aqueles que deveriam defendê-la, seus usuários.

 

Na verdade, as tias do zap têm mais culhões do que aquele pessoal lá do senado, e também são mais resistentes do que muito cabra macho por aí. Voltem para casa, tias, porque daqui a algum tempo, aqueles que as xingam de nazistas e duvidam da sua capacidade cognitiva, estarão em suas portas, mendigando por comida.

 

Escondam o Caramelo.



segunda-feira, 7 de novembro de 2022

MEMÓRIAS

 



Um pano branco, ou simples névoa,

Um vento solto sobre a relva,

Nuvem passando e indo embora

Apaga os traços da memória.


A gente esquece pra viver,

Porque “Reter é perecer”

Na solidão das águas claras

Flutuam as palavras raras.


E elas brincam de esconder

Entre as montanhas, nuvens, flores,

Guardam consigo as sementes

Do que morreu das nossas dores,


Para que um dia, replantadas,

Na terra fértil que ladeia

As curvas dessa nossa estrada,

Sejam história a ser contada. 




segunda-feira, 31 de outubro de 2022

ERVA DANINHA





A erva daninha crescia, devagar,

Junto ao muro de pedra.

Todos os dias, alguém vinha,

Puxava a plantinha,


Arrancava, sem dó,

A erva daninha.

Mas o que esse alguém não sabia,

É que as raízes cresciam, felizes,


Por baixo do solo,

Se espalhando,

Sem ninguém notar,

Indo crescer em outro lugar.


 E é esta a história 

De nossas vidas.




 




 




sexta-feira, 28 de outubro de 2022

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

 

 


Em 23 de Agosto de 1973, o assaltante Jan-Erik “Janne” Olsson, munido de explosivos e uma metralhadora, entrou na filial do Kreditbanken, na praça de Norrmalmstorg, centro da capital sueca. Após seis dias de sequestro aos funcionários e clientes de um banco, estes começaram a se identificar com os ladrão e seus comparsas. No último dia do sequestro, a polícia conseguiu dominar os bandidos, que estavam sendo PROTEGIDOS pelos seus reféns. A despedida entre eles se deu com abraços. Desde esse episódio, a psicologia identificou a síndrome de Estocolmo, que é a cumplicidade entre vítimas e seus abusadores.

Anos depois, em 1975, Patricia Hearst, a neta de um rico magnata americano, foi sequestrada por um grupo terrorista e ficou dois meses sendo dominada por eles, ameaçada de morte, e muitas vezes, trancada em um armário. Porém, ela passou a desenvolver empatia por seus captores. Para surpresa de seus familiares, ela apareceu sendo filmada durante um assalto de banco junto com os terroristas, portando uma arma, e usando o codinome “Tania.” A polícia então passou a procurá-la, não como vítima, mas como cúmplice, e quando ela foi finalmente capturada, suas palavras foram: “Digam a eles que eu estou feliz. Digam a eles que eu estou sorrindo.” Sendo neta de um milionário, ela conseguiu o perdão do Presidente Jimmy Carter e hoje vive rica e feliz em sua mansão. Na época de sua prisão, a fim de escapar, ela alegou estar sofrendo de Síndrome de Estocolmo, e alegou ter sido forçada pelos terroristas a praticar o assalto.

Nos dias de hoje, eu tenho visto novamente as pessoas sofrendo desta Síndrome de Estocolmo aqui no Brasil. Apesar de terem pleno conhecimento de que o candidato da esquerda é um ladrão, tais pessoas continuam dando a ele suporte e afirmando que votarão nele, e algumas ainda alegam coisas como “Ele não vai roubar muito, pois estarão de olho nele” ou então justificam seu voto com frases vazias como “Bolsonaro fala palavrão,” “Bolsonaro é machista/fascista/nazista,” “Bolsonaro disse que não é coveiro.”

Mas Bolsonaro não é ladrão. Apesar do fato de que Bolsonaro, mesmo diante de tanta opressão e boicote aos seus projetos, ter sido capaz de nos fazer atravessar uma pandemia e uma guerra e sairmos do outro lado apresentando crescimento, deflação e queda nos níveis de desemprego, ele e seus feitos não são reconhecidos pelos que sofrem da Síndrome de Estocolmo.

 Mas mesmo assim, acho que o simples fato de que ele não é ladrão, deveria ser levado em conta pelas pessoas de bem. Enquanto isso, o outro candidato é tão ladrão, que rouba até mesmo as ondas do rádio.

Simples assim: não vote em Barrabás. Não lave suas mãos. Tome responsabilidade e faça uma escolha sensata, uma escolha que ajudará a você mesmo e ao seu país a não mergulhar na era negra do socialismo e da roubalheira.

sábado, 22 de outubro de 2022

QUEM CONTROLA VOCÊ?

 

Quem controla Você?

 

Existem algumas perguntas no ar ultimamente, e muitas vezes não sabemos como respondê-las. Não sabemos o que é verdade ou mentira, mas temos o direito e o DEVER de apurar antes de compartilhar qualquer coisa que seja. Mesmo assim, promover censura prévia (listinha de palavras ou termos que não podem ser usados) vai contra a Constituição:

 

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

 

Muitos chamam o Presidente da República de fascista, quando na verdade, nem sabem o significado desta palavra. Temem que ele vá implantar a ditadura, enquanto a ditadura está sendo implantada bem diante dos olhos deles usando o Presidente como fator de distração. 

 

Quer saber mesmo quem deseja implantar a ditadura? Então reflita sobre estas palavras:

 

"Se quiser saber quem controla você, é só observar quem você não pode criticar." (Autor desconhecido)

 

 

Descobriu quem manda em você?

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

CALE A BOCA!

 



Cale a boca, Jovem Pan! Vocês estão falando demais, mostrando verdades demais e isso não é recomendável!

Cale a boca, você, eleitor ingênuo, que acha que elegendo o Molusco estará assegurando a sua liberdade de expressão. Hoje, nós somos gentilmente “convidados” a calarmos as nossas bocas; amanhã, serão vocês. Amanhã, quando o caos se instaurar no país, quando não houver comida na sua mesa, quando sua filha de doze anos aparecer grávida, e seu filho adolescente morrer de overdose (pois estas são algumas das pautas Petistas: liberação de drogas, sexualização de crianças e legalização do aborto), você não terá voz para falar. Será calado, assim como estamos sendo agora!

Calem a boca, todos vocês – Jovem Pan, Bárbara Te Atualizei, Brasil Paralelo, Oswaldo Eustáquio, Paulo Figueiredo, Ana Paula Henkel, Augusto Nunes, Adrilles Jorge, Zoe Martinez! Vocês estão mexendo em uma casa de marimbondos de tamanho descomunal, e eles – os marimbondos – estão furiosos e atacando!

Quando um partido político manda calar as vozes contraditórias, isso não é democracia, nem liberdade de expressão. Um partido desses quer dominar você, baixar sua cabeça, calar a sua voz, tirar a sua dignidade através de mentiras e falácias. Um partido que apoia ditatores ao redor do mundo que estão matando de fome as pessoas em seus países, ditadores que estão mandando prender religiosos, não é um partido que prima pela democracia! Quando vocês vão acordar?

Mesmo que você odeie Bolsonaro, será que não enxerga que ele é a única alternativa a transformarmos esse país maravilhoso em uma republiqueta governada por ditadores? É preciso maturidade, é preciso enxergar além! Ninguém aqui está elegendo um amigo para a presidência de um clube esportivo, ou escolhendo marido! É sobre um país inteiro, é sobre mim, é sobre você! É sobre o futuro das crianças e daqueles que ainda nem nasceram!

Quem não levantar a sua voz agora para falar contra essa ditadura, não poderá fazer isso nunca mais! Quem não colocar questões pessoais mimizentas de lado e acordar para o que está acontecendo, em breve vai se arrepender, e será tarde demais. Pois vejam bem, o molusco ainda nem foi eleito, e já tenta fechar meios de comunicação que falam contra ele.

Lembrem-se que ele declarou várias vezes que vai regular a imprensa. Vai calar você.


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

EMPATIA

 



Empatia nos dias de hoje é uma palavra que se tornou antipática, pois tem sido usada para propósitos ideológicos. Desenvolvi uma enorme antipatia pela palavra empatia. 

Mas antigamente o significado psicológico desta palavra costumava ser colocar-se no lugar do outro e sentir o que ele sente, compreendendo-o melhor. Empatia nada tem a ver com ser doce (conheço pessoas que destilam açúcar pelos poros, mas têm o coração amargo), falar bonito (as maiores falácias saem das bocas de pessoas letradas, envoltas na maciez de palavras cuidadosamente selecionadas para disfarçar suas verdadeiras intenções), ou fazer aquilo que todos esperam que seja feito (mesmo que isso signifique cometer erros a fim de obter a aprovação alheia). 

Hoje, ter empatia significa pertencer ao grupinho “do bem”, que se senta confortavelmente nos restaurantes caros de países estrangeiros a decidir o futuro de um país ao qual eles nem mais pertencem. Empatia significa concordar com tudo o que alguém faz, mesmo que seja errado, mesmo que seja criminoso, mesmo que tudo seja mentira, pois admitir que passou anos acreditando em uma falácia é algo muito difícil de se fazer. Melhor tentar encontrar justificativas para continuar rezando ao santo do pau oco. Ter empatia é acreditar que alguém que passou ANOS predando um país na maior cara de pau, e que foi preso e condenado por isso (mesmo que tenha sido solto através de uma das brechas da nossa (in)justiça falha), possa, de repente, decidir que vai ter caráter daqui para frente.

Sinto muito, se isso é ter empatia, eu não tenho nenhuma.





segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A VITÓRIA DO MAL

 


Ao amanhecer do primeiro turno, acordo com um gosto metálico na boca, cansaço e uma sensação de desânimo. E não, não é covid. Olho em volta e percebo que as árvores estão no mesmo lugar, os passarinhos cantam do mesmo jeito e a minha montanha continua lá, onde sempre esteve, muito antes que eu e minha geração viéssemos a existir. E o céu ainda é essa imensidão misteriosa – hoje coberta por uma macia névoa branca.

Mas essa sensação terrível já me acompanha há algum tempo, é como se eu fosse continuamente seguida por alguém me dizendo o tempo todo: “Não adianta. Essa trégua é temporária.”

Assistindo ao primeiro episódio de O Senhor dos Anéis na Prime Video, muito me impactou a frase de um personagem, uma "elfa" guerreira:

A cena mostra que  ao redor dela havia apenas paz, beleza e cascatas brilhantes caindo em rios cristalinos. Os outros elfos zombavam dela porque, desde a última batalha contra os Orcs que aparentemente, tinham sido derrotados, ela jamais descansava: sempre atenta, sempre de olhos abertos e coração fechado, esperando por algo que todos consideravam exterminado.

Um de seus amigos elfos diz a ela que já estava na hora de relaxar, voltar à paz da Terra dos Elfos, afinal, o Mal tinha sido derrotado. E então ela responde: “Evil never ends. It hides.” (“O Mal não acaba nunca. Ele se esconde”).

Sinto que estamos vivendo exatamente a mesma coisa. Temos aí, iminente, o retorno do Mal. Acho que negligenciamos o poder dele, o tempo todo, achando que por termos vencido uma batalha, tínhamos vencido a guerra. Acreditamos que o poder vem de Deus, que não deixaria coisas ruins acontecerem, quando na verdade, a própria Bíblia nos manda orar e vigiar. Descansamos sobre os louros. Deixamos que o mal comesse pelas beiradas, achando que jogar “dentro das quatro linhas” com quem sempre rouba no jogo nos faria vencer. E estamos perdendo. E vamos perder.

Tínhamos que ter chutado o pau da barraca lá atrás, tínhamos que ter sido mais fortes. Menos falatório e ameaças, mais ação. Não adianta usar verde e amarelo achando que afirmações como “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” nos manteriam a salvo. Não dá para ser bonzinho no inferno, combatendo capetas.

E sabem o que vai acontecer? Bolsonaro vai perder e Lula voltará à cena do crime. Temos pouco tempo para continuar dando nossas opiniões, pois dentro em breve, tudo será censurado. Estamos vivendo o último mês de nossa pseudoliberdade de expressão, que daqui por diante será censurada, simples e diretamente.

Estamos nos aproximando cada vez mais de situações como as que vivem outros países – Argentina, Chile, Venezuela, Bolívia, Nicarágua. Você que ama seus cachorrinhos e gatinhos, esconda-os enquanto pode, pois logo poderão virar comida na sua mesa. Faça um grande estoque de comida e papel higiênico: vai precisar. Não se esqueça de comprar velas, fósforos e um fogareiro para cozinhar.

Acham que eu estou exagerando? Aguardem.

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

SOLTA



Eu deixo meus olhos livres

Na paisagem da montanha.

Foco no pôr do sol, 

Presto atenção no vento 

Que passa brincando entre as lâminas

Do gramado. 


Guardo bem dentro de mim 

Tudo o que me constrói,

Deixando do lado de fora

As opiniões, os conceitos 

E as malfadadas setas.


Decidi que não sou alvo,

Mas sim a flecha certeira

Que mira nas nuvens, nas estrelas,

Nas gotas de chuva que formam  alvos

Dentro dos plácidos lagos.


O meu pensamento volátil

Me salva dos robustos monstros,

Me eleva por cima das ruínas

Onde se mexem as criaturas

Que catam no lixo da vida

Seu alimento.


Não acho que eu seja melhor,

Apenas fiz minha escolha

Baseada em equidade:

Um caminho mais vazio, por fora das bolhas,

Bem longe daquilo que chamam

De  vida em sociedade.


Não peço a ninguém que me entenda,

Muito menos, que me sigam;

O meu caminho é o mais difícil,

É só para quem não tem medo

De adormecer sozinho

No degredo.


Ah, criaturas que se mexem

Envoltas em suas ataduras!

Se ao menos olhassem as costas

Que me voltam, nas junturas,

Descobririam, estupefatas,

O nascer das próprias asas!








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