Eu deixo meus olhos livres
Na paisagem da montanha.
Foco no pôr do sol,
Presto atenção no vento
Que passa brincando entre as lâminas
Do gramado.
Guardo bem dentro de mim
Tudo o que me constrói,
Deixando do lado de fora
As opiniões, os conceitos
E as malfadadas setas.
Decidi que não sou alvo,
Mas sim a flecha certeira
Que mira nas nuvens, nas estrelas,
Nas gotas de chuva que formam alvos
Dentro dos plácidos lagos.
O meu pensamento volátil
Me salva dos robustos monstros,
Me eleva por cima das ruínas
Onde se mexem as criaturas
Que catam no lixo da vida
Seu alimento.
Não acho que eu seja melhor,
Apenas fiz minha escolha
Baseada em equidade:
Um caminho mais vazio, por fora das bolhas,
Bem longe daquilo que chamam
De vida em sociedade.
Não peço a ninguém que me entenda,
Muito menos, que me sigam;
O meu caminho é o mais difícil,
É só para quem não tem medo
De adormecer sozinho
No degredo.
Ah, criaturas que se mexem
Envoltas em suas ataduras!
Se ao menos olhassem as costas
Que me voltam, nas junturas,
Descobririam, estupefatas,
O nascer das próprias asas!
Ana, você é brilhante. Há um foco de grandeza na opção que cantou em seus versos. Aliás, terminou com maestria o poema. Bjs.
ResponderExcluirBoa noite, Ana
ResponderExcluirLinda postagem, um forte abraço.
Ana,
ResponderExcluirÉ uma grande alegria
vir aqui ler seus maravilhosos versos.
Simplesmente me encanto
e amo.
Bjins
CatiahoAlc.
Gostei do poema, onde ressalta muita emoção e uma vontade livre de viver.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.