Estive assistindo a alguns vídeos sobre a grande novidade do momento, o Metaverso (ou seria a Metaverso? Sei lá...). E se você pensa que isso vai demorar para chegar até aqui, é porque com certeza ainda não reparou que, todas as vezes em que você abre seu Instagram, Facebook ou Whatsapp, ele está lá: um ícone em formato de lemniscata, um símbolo da geometria sagrada que representa o infinito.
Em um dos vídeos que assisti, a protagonista decidiu passar 24 horas utilizando os aplicativos do Metaverso. Ela foi a festas virtuais, participou de reuniões de negócios, seguiu um programa fitness, jogou video games... e até tomou o café da manhã no alto de uma montanha acompanhada por um lhama, que pastava calmamente ao seu lado. Bem, não se pode parar o progresso. E como não desejo ser uma daquelas velhas chatas que não sabem sequer lidar com um celular, vou me atualizando.
Adoro tecnologia, e acho que ela veio para melhorar a vida das pessoas em muitos aspectos, desde saúde e entretenimento até qualidade de trabalho. Porém, nós, os humanos, temos os dedos podres que transformam coisas maravilhosas em grandes porcarias com um simples estalar de dedos. E o grande perigo do Metaverso, na minha leiga opinião, é que as lhamas virtuais e as montanhas de bites substituirão as reais. Pessoas de brinquedo substituirão pessoas de carne e osso. Passaremos horas e horas com aqueles enormes e desconfortáveis headsets (que, acredito, logo serão tão pequenos quanto qualquer par de óculos) na cara, vivendo uma realidade que não existe. Mas... quem pode definir o real do irreal? Uma coisa não se torna real a partir do momento em que foi criada?
Ainda temos muito chão pela frente até que possamos definir as vantagens e desvantagens da vida virtual. Eu por enquanto prefiro o cheiro das montanhas reais, e o toque da grama real nas pontas dos dedos. Gosto de sentir o sol real na minha pele, e andar sob a chuva de água real. Amo conviver com pássaros reais, flores reais, lua e estrelas reais. Nada como sentar lá fora à noitinha e escutar grilos reais, e ver vagalumes reais.
Quem sabe, em breve alguns de nós estejamos protestando em ruas virtuais pela volta da vida real?
Que tema interessante, Ana! Confesso que estou "por fora", bem desatualizada desse tal de Mataverso... E , uma coisa é certa, mesmo sendo bicho do mato e circulando apenas nas rodas de familiares, deixando de lado todos outros compromissos "sociais", prefiro muito mais a liberdade de sentir o sol no rosto, a chuvinha real caindo e molhando o solo... Talvez eu mude,mas....Acho não tenho mais tempo,rs...beijos, lindo fds! chica
ResponderExcluirQuerida amiga Ana, bom sábado de paz!
ResponderExcluirPrefiro mesmo o real, já tive oportunidade de comprovar.
Escolho a quem seguir e ser seguido... quem de fato merece. Multidão não me agrada nem um pouco.
Prefiro seu desfecho ao post, exatamente assim, sem tirar nem pôr. Escrever me lê.
Aqui com barulhinho de chuva na varanda e fininha. Fazia tempo que ela não vinha o o sol do Estado estava com incêndios.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos
Querida amiga Ana, amei ler aqui, mesmo que seja assim e que nem todos possam entender e sentir esse mundo virtual, mesmo assim acho que a vida segue e se pudermos, temos sim que conhecer e saber disso tudo.
ResponderExcluirTambém sinto que a vida real, a chuva real, o sol real, a natureza real com todos os seus encantos e cheiros, eis que assim será minha vida sempre,
embora ainda sinta que o ser humano tem capacidades infindas, até brinco quando penso no que diz a biblia,mais ou menos assim, " até as pedras falarão " quem sabe seja isso o Metaverso?!
Abraços apertados!
O mundo virtual voa de jato Ana e nós pobres mortais ficamos a correr atrás, para não nos tornarmos um destes chatos. Mas assino contigo a emoção do sentir o cheiro da terra molhada no inicio de uma chuva, o cantar de um passarinho numa arvore real, ouvir o som romântico da goteira sobre uma lata esquecida sob o telhado.
ResponderExcluirMas o virtual avança e não podemos negar.
Carinhoso abraço amiga.
Ana,
ResponderExcluirestou aqui igual aquele emoji boquiaberto. Nem desconfiava que isto já estivesse acontecendo, Credo, tô muito devagar, mesmo.
Agora, a partir de tua rica informação vou buscar me atualizar, porém sem jamais deixar de estar no mundo real, com pessoas reais, e tudo o mais que vc bem elencou no penúltimo parágrafo. O real nos constitui.
Boa semaninha.
Bjos,
Calu
É um assunto a se refletir. O mundo está cada vez mais tecnológico, mas cada vez mais frio e sem amor. Eu prezo pelos meus relacionamentos reais.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Uma das coisas que mais aterrorizam a massa humana é, justamente, a evolução material. Acusamos nossos jovens de se tornarem preguiçosos, ociosos mentalmente, e isso pelo uso cada vez mais constante de máquinas de todos os tipos. Faz pouco tempo, uma enormidade de pessoas dormia e acordava dentro das redes sociais, e isso começou a preocupar. Os games vieram na mesma viés. Mas o que esquecemos é que também fomos jovens, e nossos pais falavam a mesma coisa com relação a televisão e outras "modernidades" da época. Então, levando em consideração que o Metaverso é inevitável, vamos esperar e ver o que acontece.
ResponderExcluirAcredito que teremos mudanças radicais em todos os cantos, até na forma de trabalhar (que hoje já é on line), de se relacionar (inclusive sexualmente), de cultuar a fé, e tantas outras coisas.
Mas, e isso também acredito que aconteça, seremos muitos que ainda preferirão a garoa na face, o toque da pele, as sabiás cantando durante a primavera enquanto procriam, o sabor dos alimentos diretamente na língua, o cansaço físico depois de alguma atividade, a água do banho, quentinha, caíndo diretamente na pele... Enfim, creio que aqueles que souberem agir com prudência, ou que resistirem ao Metaverso, se encontrarão, e saberão viver de forma bem mais salutar.
Uma questão a ser muito discutida, Ana. No mais, só o tempo (que no Metaverso é bem diferente) vai dizer. Grande abraço.
Marcio.