Não é nada pessoal. Também gosto de vocês. Porém, nosso país chegou a um momento muito importante, e histórico. Ou avançamos daqui para algum lugar mais produtivo, ou permanecemos enfiados até o pescoço em uma lama podre de anos de corrupção, mentiras e segundas intenções.
Estamos na reta final, e se depois disso vocês nunca mais quiserem falar comigo, não terei nenhum arrependimento ou remorso, pois a minha luta está bem além do campo pessoal, do que eu gosto/não gosto.
Porque eu luto para que as coisas que eu – e que todos nós – conquistamos com o nosso trabalho, sejam mantidas e resguardadas, e não confiscadas e distribuídas entre os que nada fazem. Eu luto por um país onde eu e você possamos discordar livremente, e não um lugar onde as suas ou as minhas opiniões sejam sufocadas. A minha luta, é por ter o direito de acordar todos os dias e ter todas as refeições sobre a mesa, sem passar fome, sem ter que me preocupar com o que eu comerei hoje ou amanhã – ou se eu comerei alguma coisa.
A minha luta é para que todos tenhamos os mesmos direitos, e não pelos direitos de apenas uma minoria. Luto pela instituição mais forte e mais necessária, aquela, na qual eu e você fomos criados, e a quem devemos tudo por termos chegado até aqui: a família. E mesmo que você não tenha uma família, ou que tenha se desentendido com a sua, tanto eu quanto você sabemos que é para lá que todos correm quando a coisa fica difícil.
Eu luto para que eu possa caminhar pelas ruas sem o desconforto de um coração descompassado pelo medo de ser assaltado ou levar uma bala perdida. Luto para que tenhamos um pouco de paz, e não para que bandidos andem soltos por aí, armados até os dentes, enquanto nós não temos sequer a chance de nos defendermos: morremos como moscas.
Eu luto para que a sua casa continue sendo sua, e que você tenha o poder de deixar entrar nela apenas quem você quiser, sem ser obrigado a dividi-la com estranhos que jamais pagaram por um de seus tijolos. Luto para que você e eu possamos exercer as nossas profissões e sermos justamente pagos por ela, e não termos que entregar a maior parte do que ganhamos para sustentar um governo corrupto.
Não luto pela igualdade, pois igualdade é utopia; vivemos em um mundo onde todos são diferentes e têm diferentes sonhos e objetivos, problemas e questões. Não quero igualar ninguém por baixo, mas desejo que todo mundo tenha as mesmas oportunidades de se tornar quem quiserem ser.
Posso não concordar com tudo que meu candidato prega; posso até concordar com vocês sobre algumas críticas que andam tecendo a respeito dele; afinal, ninguém é perfeito, e eu não sou ingênua o bastante para pensar que qualquer político seja santo. Mas ele é a única pessoa, neste momento, que poderia impedir a implantação de um dos sistemas de governo mais cruéis e injustos do mundo: o comunismo.
Eu não quero passar fome. Não quero abrir mão de minhas conquistas ou de minha liberdade de expressão. Não quero continuar me escondendo em casa, porque ir ao Rio de Janeiro para assistir uma peça de teatro ou fazer compras no shopping significa arriscar a minha vida e a vida de quem está comigo. Não quero mais me preocupar sobre terei ou não trabalho, pois meus clientes estão fechando seus negócios e perdendo seus empregos.
Sinto muitíssimo que vocês não compreendam isso, mas mesmo assim, mesmo que vocês me excluam de sua lista de amigos (ou eu venha a excluir vocês), mesmo que nunca mais voltemos a nos falar, eu vou continuar lutando até o fim, na esperança de que um dia vocês percebam a besteira que iam fazer. E se a errada for eu, darei o braço a torcer, a mão à palmatória e com a mesma disposição, farei o caminho inverso.
Porque não estou aqui defendendo uma pessoa que mal conheço, um político, um ego: estou defendendo a mim mesma, a vocês e aos nossos interesses.
#FORAPT!