AS PALAVRAS DERRETEM NA SALIVA
SUFOCADAS, NÃO EXPRESSAS.
TORNAM-SE PORTAS FECHADAS
NUM PEITO ALUCINADO.
AS PALAVRAS QUE FALAM DO PASSADO.
AS PALAVRAS ESCORREM DAS NUVENS
CAEM DAS ASAS DOS PÁSSAROS
E CHEGAM ÀS ROSEIRAS,
SE ENTRELAÇAM NOS ESPINHOS,
SANGRAM SOBRE A TERRA.
AS PALAVRAS QUE FALAM DAS GUERRAS.
AS PALAVRAS ESCORREM DAS MONTANHAS
BROTAM DO ORVALHO E PINGAM
DA CUMEEIRA DO TELHADO
QUAIS LÁGRIMAS DE DOR.
AS PALAVRAS QUE FALAM DE AMOR.
AS PALAVRAS NÃO SABEM O QUE DIZEM,
ROLAM SOB O ESPELHO
DE UM RIO CONGELADO,
CAEM EM UMA CORREDEIRA SEM FIM.
AS PALAVRAS QUE FALAM DE MIM.
Boa tarde de paz, querida amiga Ana!
ResponderExcluirNão tem palavras mais lindas do que as saídas do próprio coração.
Saem personalizadas, sem barreiras, escorregam doce e livremente.
Tenha um ótimo final de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Poetisa / Escritora, ANA BAILUNE !
ResponderExcluirAs palavras tem efeitos polivalentes.
Depois que abandonam os lábios, não
voltam mais.
Acima de tudo, este belo poema traz,
nas suas entrelinhas, esta sutil
recomendação.
Parabéns, um ótimo final de semana
e um fraternal abraço.
Sinval.
Ana, mais um poema encantador. Ambas abordamos as palavras, mas com sentidos diversos. As que falam de nós são mais confusas e merecem uma atenção especial. Bjs.
ResponderExcluirAs palavras pesam, denunciam os sentimentos, exaltam a Natureza, falam da dor das pequenas coisas. Tão cúmplices, as palavras. Um belo poema, Ana.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.