Escrever e comunicar
Quando comecei a escrever, as palavras se entornavam de dentro de mim sem que eu pudesse contê-las. Havia uma enorme necessidade de colocar para fora tudo aquilo que eu mantivera escondido durante a maior parte da minha vida, o que nem sempre soava bonito. Eu pensava que aquilo era escrever: colocar no papel o que eu estava sentindo.
Também era importante a reação das pessoas a respeito do que eu lia - se eram contra ou a favor, o que pensavam.
Também era importante a reação das pessoas a respeito do que eu lia - se eram contra ou a favor, o que pensavam.
Hoje, acho que é bem mais do que isso; após o jorro sentimental catártico (muitas vezes inadequado e desinteressante para quem não o estava vivenciando), as palavras deixaram de jorrar espontaneamente. Minha escrita tem se tornado cada vez menos fluente, porém, antes de chegar à página, ela passa pelo crivo de períodos mais ou menos longos de total silêncio. Cheguei a pensar que estava deixando de escrever, mas na verdade, minha escrita estava apenas amadurecendo.
Hoje eu meço melhor aquilo que é ou não interessante colocar no papel, tanto para mim quanto para quem lê. A urgência em ser lida e comentada não é mais um dos meus objetivos quando escrevo. O único objetivo é comunicar o que sinto e penso – não apenas despejar sentimentos.
Ana, acho isso acontece com todo mundo! Te entendo bem! bjs, chica
ResponderExcluirVocê nunca foi de despejar sentimentos, simplesmente. A harmonia que costumo encontrar em seus textos e versos é gritante e de muita beleza. Concordo que mudamos porque, com o passar do tempo, estamos mais ricos em vivência e nos voltamos , primordialmente, para a essência. Bjs.
ResponderExcluirMuito por aí mesmo ... não ando nem um pouco preocupado se lêem o que escrevo ... feliz em saciar-me tão somente ...
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