Pousado num galho bem alto,
Ele olha o mundo e se lembra
Dos tempos em que não tinha asas
E andava por aqui.
As coisas parecem distantes,
Agora que está tão longe...
Vê que as pessoas mudaram,
Envelheceram
E se afastaram.
Ele lança um longo pio
Que ecoa contra o sol
Que desponta no horizonte.
Daqui, alguém ergue os olhos
Sente uma estranha presença,
Olha para trás a procura
De alguma antiga surpresa.
Ele bate as suas asas
Pelos quartos, pelas salas,
Traz no bico algumas flores
Que derrama pelas casas.
Suas essências fantasmas
Causam alguns arrepios,
Um folego de saudade,
-Até mesmo um certo frio.
Ele mora tão distante,
Viajou por tanto tempo
Para chegar até aqui
E poder revisitar
Todos os que ele deixou.
Alguns sequer o percebem,
Outros, sentem, outros ouvem,
Outros, lembram – logo esquecem,
Pois o tempo é um trator
Que passa por cima de tudo.
O sol nasce sobre o mundo,
E seus raios atravessam
O peito do passarinho
Em feixes de arco-iris.
Ele sacode suas penas,
Prepara-se para ir embora
Em sua longa viagem.
Antes, alça mais um voo
Sobre o lugar onde um dia
Deixou-nos tantas saudades.
Que linda e inspirada em saudade!!! Adorei e certamente quem não0 mais aqui está, te olhará de onde quer esteja! bjs, chica
ResponderExcluirMaravilhosa homenagem a este sentimento que chamamos Saudade!
ResponderExcluirLindo ...
Linda homenagem, linda saudade.
ResponderExcluirLinda e sentida homenagem.
ResponderExcluirAs lembranças atenuam a dor da saudade.
Beijo, bom fim-de-semana.
(Ana, obrigada pela visitas ao meu Rol.)
Um poema singular! Lindo, lindo, lindo!
ResponderExcluirSalve, Salve Poesia! =D
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuerida Ana, todo dia é aniversário, um novo dia em nossas vidas. Adorável poema expressa isso muito bem.
ResponderExcluir